A Dama Das Orquídeas. Barbara Cartland
Читать онлайн книгу.primeira classe, que ficariam satisfeitas em empregar alguém com aparência de dama.
Minella sorriu.
«Tenho certeza de que papai nunca imaginou que essa minha qualidade poderia ser útil comercialmente».
Mas, por que não? Por que não?
Foi até o espelho olhar seu rosto, pensando no quanto Connie estava bonita quando os visitara há quase um ano.
Em seguida, olhou criticamente sua própria imagem. Seu rosto era como o de sua mãe, perfeitamente oval. Os olhos, grandes e expressivos, pareciam dominar o rosto inteiro, chamando atenção de imediato. Minella pensou que talvez eles fossem estranhos, porque eram acinzentados.
«Gostaria de ter olhos azuis como os de Connie», pensou.
Resolveu examinar o nariz pequeno e reto, e a curva dos lábios, concluindo que parecia jovem demais e que, talvez por isso, ninguém lhe desse uma posição de responsabilidade.
Tentou pensar no que faria para parecer mais velha e imaginou que poderia mudar o penteado simples que usava.
A moda era prender os cabelos no alto da cabela e deixá-los cair, ondulados e cacheados. Minella sabia que as garotas costumavam fazer os cachos artificialmente, se martirizando a noite inteira com papelotes.
Ela, entretanto, não precisava disso, pois seu cabelo era natu- ralmente ondulado e formava cachos nas pontas, que chegavam quase à cintura.
Quando estava atarefada ou cavalgando com seu pai, costumava ape- nas escovar os cabelos como sua mãe a ensinara. Depois, fazia um cdque na nuca, prendia-o com firmeza e esquecia dele o resto do dia.
Seus cabelos não eram de um loiro tão vivido quanto os de Connie. Ao contrário, eram pálidos, como os primeiros raios dê sol. Às vezes, pareciam prateados, como se tivessem sido tocàdos pela Lua.
«Posso parecer uma dama, mas muito sem jeito», pensou. «Duvido que alguém em Londres olhe duas vezes para um “rato do campo” como eu!»
Em seguida, como se não suportasse o peso do seu próprio veredito, Minella riu.
Sua risada ressoou pela sala vazia e seu rosto se transformou. Os olhos brilhavam e, embora não percebesse, parecia muito atraente.
Como em seu pai, havia algo de contagiante nela, tão etéreo quanto a névoa que encobre os sonhos, e o brilho longínquo das estrelas no céu.
Sempre tinha tido uma atração especial pelas estrelas porque, certa vez, sua mãe lhe contara como tinha nascido pouco depois da meia-noite de um ano novo.
Naquele momento, seu pai abrira a janela para escutar os sinos da Igreja repicando e pegara-a no colo, para que também os ouvisse.
—Lembro de você e seu pai, querida, recortados contra as estrelas que inundavam o céu e pensei que era muito feliz por ter duas pessoas tão maravilhosas comigo aqui na terra!— dissera lady Heywood, emocionada.
«Tenho que acreditar que nasci com uma estrela da sorte. E que um dia, eu a terei nas mãos, como sonhava em criança. Quando a gente quer de verdade alguma coisa, acaba conseguindo».
Sem refletir mais, tomou sua decisão. Era ousada e, em outras circunstâncias, nunca pensaria nisso. No entanto, sentia como se seu pai estivesse ao seu lado, dizendo:
—Quem não arrisca, não petisca!
—Vou para Londres!— disse-em voz alta—. Vou procurar Connie, e em nome de papai, pedir que me ajude.
Em seguida, sentiu o peso da decisão, sério e assustador. Porém, era um risco que valia a pena ser corrido, pois qual era a outra alternativa?
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