Mais do que uma dúvida. Sara Craven

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Mais do que uma dúvida - Sara Craven


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      Editado por Harlequin Ibérica.

      Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Núñez de Balboa, 56

      28001 Madrid

      © 2002 Sara Craven

      © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Mais do que uma dúvida, n.º 698 - setembro 2020

      Título original: His Convenient Marriage

      Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

      Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

      Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

      ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

      ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

      Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

      I.S.B.N.: 978-84-1348-799-1

      Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

      Sumário

       Créditos

       Capítulo 1

       Capítulo 2

       Capítulo 3

       Capítulo 4

       Capítulo 5

       Capítulo 6

       Capítulo 7

       Capítulo 8

       Capítulo 9

       Capítulo 10

       Capítulo 11

       Se gostou deste livro…

      Capítulo 1

      – Chessie… Oh, Chess, não vais acreditar no que ouvi nos correios.

      Francesca Lloyd franziu ligeiramente o nariz, mas não afastou os olhos do monitor do computador, quando a sua irmã mais nova entrou na sala.

      – Jen, já te disse um milhão de vezes que não deves vir para esta parte da casa, sobretudo quando estou a trabalhar.

      – Deixa-te de parvoíces – Jenny sentou-se num canto da mesa depois de afastar os papéis para se poder sentar. – Tinha que te ver e o ogro ainda vai demorar umas quantas horas antes de voltar de Londres – acrescentou. – Reparei que o carro dele não estava aqui.

      Chessie cerrou os lábios.

      – Por favor, não lhe chames isso. Não é justo.

      – Ele também não é justo – Jenny fez uma careta. – E talvez não seja preciso que continues a trabalhar para ele por muito mais tempo – excitada, respirou fundo. – Ouvi a senhora Cummings dizer que a administradora dos correios recebeu ordens para abrir novamente Wenmore Court, o que quer dizer que Alastair finalmente vai voltar.

      Chessie parou de escrever momentaneamente e o seu coração deu um salto.

      – A povoação vai receber a notícia com alegria – comentou Chessie, obrigando-se a manter uma voz neutral. – A casa tem estado fechada há demasiado tempo, mas seja como for, a nós não nos vai afectar.

      – Por favor, Chessie, não sejas tola – Jenny suspirou, impacientemente. – Claro que nos vai afectar, não te esqueças que Alastair e tu estiveram quase noivos.

      – Não – Chessie olhou para a sua irmã – não estivemos quase noivos. E não voltes a dizer isso.

      – Terias sido a noiva dele se o seu pai não o tivesse mandado para os Estados Unidos para estudar Economia – replicou Jenny. – Toda a gente sabia que vocês estavam apaixonados.

      – Éramos muito novos – Chessie voltou a escrever no teclado. – Aconteceram muitas coisas desde essa altura, tudo mudou.

      – A sério que achas que Alastair se vai importar com o que aconteceu? – inquiriu Jenny, num tom de desafio.

      – Sim, é isso que penso – ainda a magoava lembrar-se que as cartas, semanais no início, tinham-se tornado em mensais e, depois do primeiro ano, tinham parado completamente.

      Desde aquela altura, a única notícia que recebera dele fora uma breve mensagem para lhe dar as condolências pela morte do seu pai.

      E se Alastair soubera que Neville Lloyd tinha falecido, também deveria saber as circunstâncias da sua morte.

      – Às vezes, és insuportável – declarou Jenny, num tom acusador. – Pensei que irias ficar contente com a notícia. Vim a correr para te contar.

      – Jen, não deves ter ilusões – Chessie, fez um esforço para utilizar um tom de voz suave. – Já passaram três anos e eu e Alastair já não somos os mesmos – Chessie endireitou os ombros. – E agora tenho que continuar a trabalhar. Não quero que o senhor Hunter te encontre aqui outra vez.

      – Está bem – Jenny desceu da mesa. – Mas adoraria que Alastair te propusesse casamento, assim poderias mandar o ogro e o seu maldito trabalho à fava.

      Chessie conteve um suspiro.

      – Não é um trabalho maldito. É um bom emprego e o salário também é bom. Permite-nos sobreviver e continuar na nossa casa.

      – Como empregadas! – exclamou Jenny, com profunda amargura. – Mas que sorte!

      Jenny saiu da sala e bateu com a porta.

      Chessie ficou imóvel durante uns instantes. Preocupava-a que Jenny, apesar do tempo que correra, não se tivesse adaptado às novas circunstâncias.

      A sua irmã não conseguia compreender que Silvertrees já não lhes pertencia, nem que a única parte que podiam ocupar fosse o andar da antiga governanta.

      – E é isso que eu sou agora, a governanta – declarou Chessie, em voz alta.

      – Não quero, nem preciso de muito serviço – dissera Miles Hunter, naquela primeira entrevista. – Preciso de alguém que se encarregue da casa com eficiência e também preciso de trabalho de secretariado.

      – Que trabalho de secretariado, exactamente?


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