"Casamento de sociedade" Comprometida com um xeque - A Esposa Secreta. Kate Walker
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28001 Madrid
© 2002 Sharon Kendrick
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Casamento de sociedade, n.º 689 - agosto 2020
Título original: Promised to the Sheikh
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
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Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-544-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Comprometida com um xeque
SHARON KENDRICK
Capítulo 1
Por alguma razão chamavam «Leão do Deserto» ao homem cuja silhueta se apoiava na janela. A sua pele bronzeada era sinal de boa saúde e o seu cabelo preto era como uma crina de ébano. A magnificência do seu corpo musculoso deixara mais do que uma mulher a suspirar, enquanto ele se movimentava com a graça de um leão.
O xeque Rashid de Quador era um homem a quem era melhor não contrariar, costumava ser imperturbável, como um leão, e tinha a certeza de ser o rei de tudo o que havia à sua volta.
Mas naquele momento os seus olhos brilharam de desagrado.
– Repete o que disseste, Abdullah – ordenou, com uma voz profunda e controlada.
O seu criado engoliu em seco, nervosamente, e começou a dizer:
– Desculpe-me, Excelência…
– Repete o que disseste – voltou a dizer.
Abdullah tossiu e declarou:
– Correm boatos… Correm boatos pela cidade, xeque.
– Atreves-te a falar-me de boatos? – inquiriu, com impaciência.
– Quando se trata da sua Excelência, sim… Preciso de o fazer.
– E?
– O seu povo está inquieto, xeque.
O xeque franziu as sobrancelhas pretas e declarou:
– Há mais rebeliões? Insurreições que deva controlar?
– Não, não… Não é nada disso, xeque. O seu povo aceita ser governado com mão de ferro. O povo de Quador vive feliz. Tem comida suficiente e a certeza de que o nosso perfil no mundo moderno é brilhante…
– Deixa-te de elogios! – protestou Rashid. – Não preciso deles!
– Sim, xeque… – suspirou Abdullah. – O povo de Quador quer saber porque é que ainda não tem esposa – concluiu, com um sorriso fraco.
– Esposa? – Rashid ficou tenso. – O meu povo não tem o direito de se meter nesses assuntos! Terei esposa quando for o momento certo… E serei eu a decidir isso! – pensou nos olhos de Jenna e mudou o tom de voz para um tom mais suave e com um entoar de desconfiança. – No entanto, há mais qualquer coisa que não me estás a dizer, não é, Abdullah?
– Sim – replicou o empregado, engolindo em seco. – Apareceram alguns artigos de jornais estrangeiros através da Internet…
– Através da Internet! Essa Internet é obra do demónio! – exclamou Rashid. – Deveria ser proibida!
– Sim, mas é impossível impedir o progresso.
– E o que é que se diz exactamente na Internet? – quis saber Rashid.
– Humm… a sua relação com uma certa mulher de Paris está a causar certa inquietude.