Escândalo no quarto. Caitlin Crews
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2019 Caitlin Crews
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Escândalo no quarto, n.º 110 - fevereiro 2021
Título original: Untamed Billionaire’s Innocent Bride
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1375-252-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Quero agradecer a Jane Porter porque os seus livros me inspiraram e porque a sua amizade e tutela incondicionais me mudaram a vida de um milhão de formas incríveis.
Quero agradecer a Megan Haslam e Flo Nicoll, as minhas duas editoras maravilhosas, porque, simplesmente, não conseguiria fazer nada sem elas. O que seria destas histórias sem a sua orientação, o seu estímulo, a sua edição fantástica e a sua ajuda inesgotável? Sinto calafrios só de pensar nisso!
Também quero agradecer à admirável Jo Grant porque sempre foi um exemplo a seguir para o romance de qualidade e para quem o escrevo.
No entanto, sobretudo, quero agradecer-vos, aos meus leitores, por me deixarem contar-vos as minhas histórias. Brindo a outras cinquenta!
Capítulo 1
Lauren Isadora Clarke era uma londrina pura.
O campo britânico bucólico não a entusiasmava, parecia-lhe uma série de pradarias intermináveis com sebes por todos os lados que a impediam de chegar a algum lado. Preferia a cidade e a sua infinidade de meios de transporte ao alcance de todos. Além disso, se todos falhassem, podia ir a pé a bom passo de um lado para o outro. Lauren valorizava a pontualidade e não precisava desse calçado rígido e incómodo com solas como se fossem pneus.
Não era uma caminhante ou excursionista ou como quer que se chamam esses indivíduos corados com bengalas, casacos polares e sapatos práticos. Não gostava de subir encostas a soprar para depois ter de as descer, coberta da lama das colinas verdes de Inglaterra, graças à chuva. Não a atraía e nunca o fizera, o prazer duvidoso de andar de um lado para o outro para respirar ar fresco.
Gostava do betão, dos tijolos, do metro incomparável e dos estabelecimentos com comida para levar em todas as esquinas. Sentia urticária só de pensar em bosques frondosos e escuros.
No entanto, ali estava, a avançar pelo que o estalajadeiro chamara uma estrada e que, no melhor dos casos, não passava de um caminho de terra, no meio de um bosque espesso da Hungria.
Ainda não tinha urticária e devia estar a dar saltos de alegria, mas estava mais concentrada nas queixas.
Para começar e acima de tudo, os sapatos não eram, nem nunca tinham sido, práticos. Não acreditava no culto dos sapatos práticos. Era muito prática na sua vida. Geria minuciosamente as contas, pagava-as pontualmente e conseguia fazer com que o seu trabalho como secretária pessoal do diretor-executivo das Indústrias Combe, um homem imensamente rico e poderoso, alcançasse tal nível de excelência que chegava a pensar que era indispensável.
Os seus sapatos eram extravagantes e nada práticos, mas recordavam-lhe que era uma mulher, algo de que precisava quando o seu chefe a tratava como se fosse um eletrodoméstico que gostava que funcionasse sozinho, sem supervisão ou ajuda.
Há algumas semanas, Matteo Combe, o patrão, contara-lhe que a mãe se livrara de um filho antes de se casar com o seu pai.
Ela, como qualquer pessoa que tivesse visto a primeira página de uma revista sensacionalista durante os passados quarenta anos, sabia tudo sobre os pais do patrão. Bom, como passara quase toda a sua vida profissional a trabalhar para Matteo, sabia mais do que a maioria. Alexandrina San Giacomo, bonita, adorada, aristocrata e mimada, desafiara a sensatez e a sua linhagem veneziana altiva quando se casara com Eddie Combe, muito rico e muito pouco refinado, cujos antepassados tinham aberto caminho na indústria do norte de Inglaterra, muitas vezes, com as próprias mãos. A sua história de amor fora um escândalo, o seu casamento tumultuoso fora motivo de conjeturas e as suas mortes, com algumas semanas de diferença, tinham causado ainda mais agitação.
No entanto, nunca se insinuara nada sobre um filho ilegítimo.
Não era preciso dizerem a Lauren que, quando isso se soubesse, e essas coisas acabavam sempre por se saber, não teriam de se preocupar com as insinuações.
– Quero que o encontres – dissera Matteo, como se estivesse a pedir-lhe para lhe trazer um café. – Não consigo imaginar