Uma esposa para o príncipe. Maya Blake
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2019 Maya Blake
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Uma esposa para o príncipe, n.º 1847 - janeiro 2021
Título original: Crown Prince’s Bought Bride
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1375-247-1
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
Remirez Alexander Montegova, príncipe herdeiro de Montegova, parou à frente da imponente porta e levantou o punho, tão gelado quanto o resto do seu corpo.
Quem o conhecesse ficaria surpreendido com tão estranha hesitação. Desde a infância que era celebrado pela sua temeridade, pela sua valentia. Todos o viam como um líder que um dia conseguiria para o seu país muito mais do que qualquer um dos seus antepassados.
Mas ali estava ele, acobardado à frente de uma porta.
Obviamente, não era uma porta qualquer. Era o portal para o seu destino. Por mais pretensiosas que parecessem estas palavras, isso não as tornava menos verdadeiras.
Tinha temido aquele dia.
A verdade era que não queria entrar. Não queria enfrentar a mãe, a rainha, porque o instinto dizia-lhe que quando saísse de ali não seria a mesma pessoa.
Claro que nunca tinha sido dono de si mesmo. Ele pertencia à história de Montegova, ao destino forjado pelos guerreiros que tinham lutado em sangrentas batalhas para criarem aquele reino do Mediterrâneo Ocidental.
«Dever» e «destino». As duas palavras estavam gravadas a fogo na sua alma.
– Sua Alteza? – murmurou o empregado. – Sua Majestade está à sua espera.
Remi sabia-o. E o telefonema daquela manhã fora imperioso.
A sua mãe exigira a sua presença às nove em ponto e o antigo relógio de ouro num dos muitos corredores do palácio real de Montegova anunciou solenemente que estava quase atrasado.
Deixando escapar um suspiro de resignação, Remi bateu à imponente porta e esperou a ordem de entrar.
Esta chegou logo de seguida, enérgica e firme, mas envolta numa capa de inegável afeto.
A voz refletia fielmente a mulher que estava sentada na cadeira que parecia um trono, sob o escudo das armas da casa real de Montegova.
A rainha fez um gesto de aprovação quando ele inclinou respeitosamente a cabeça antes de se sentar à frente dela.
– Perguntava-me quanto tempo irias ficar à porta. Tens realmente assim tanto medo de mim? – perguntou-lhe, com um brilho de pesar nos olhos.
Remi observou a mãe para ver se, por uma vez, o seu instinto estava enganado. Mas o perfeito penteado, a impecável maquilhagem, o clássico fato Chanel e o broche de esmeraldas e diamantes com as cores da bandeira de Montegova deixavam claro que aquela reunião era exatamente o que tinha suspeitado que era.
O machado estava prestes a cair.
– Não tenho medo de ti, mas suspeito que esta reunião não me vai fazer saltar de alegria.
A mãe franziu os lábios antes de erguer-se. Era uma mulher alta, impressionante, que chamaria as atenções mesmo que não fosse a rainha de Montegova. Antes de tornar-se rainha tinha ganhado vários concursos de beleza e, quando se dignava a sorrir, o seu sorriso podia deixar qualquer homem sem fôlego. Remi sabia-o por experiência própria.
O seu cabelo, que se tinha tornado grisalho quase da noite para o dia dez anos antes, depois da morte do seu pai, fora outrora tão escuro quanto o dele, mas ela carregava esse sinal visível de dor com a mesma força com que tinha evitado que o reino caísse no caos após a repentina morte do rei e o escândalo que se seguiu. Aos vinte e três anos, Remi era demasiado jovem para subir ao trono, por isso a sua mãe tinha ocupado o cargo como regente. Ele devia ser coroado um dia depois de fazer trinta anos, mas tinham sofrido uma nova tragédia que obrigara a mudar o plano.
A mãe apoiou as mãos sobre a polida superfície da secretária e olhou-o nos olhos.
– Chegou a hora, Remirez.
Remi fez um esgar. A sua mãe não costumava tratá-lo pelo seu nome próprio completo. Em pequeno, isso nunca era bom sinal e continuava a não o ser.
Incapaz de permanecer sentado, levantou-se e andou de um lado para o outro frente à secretária.
– Quanto tempo tenho? Semanas,