A bela cativa. Michelle Conder
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2018 Michelle Conder
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A bela cativa, n.º 1846 - janeiro 2021
Título original: Bound to Her Desert Captor
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1375-246-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Lamento muito, majestade, mas não há mais informação sobre o paradeiro da sua irmã.
Jaeger al-Hadrid, rei de Santara, assentiu e virou as costas ao assistente, um homem idoso com o cabelo grisalho. Aproximou-se da janela do escritório do palácio e observou a cidade de Aran que se encontrava mais abaixo. Era cedo, amanhecia sobre o Golfo de Ma’an e o sol banhava a capital de Santara com um brilho dourado. O palácio cor-de-rosa pálido era no topo de uma colina com vista para o porto que, apesar de ter sido um porto industrial, fora convertido num centro de turismo: Hotéis, restaurantes, lojas de roupas… Tudo isso desenhado com gosto para combinar o antigo com o novo. Era mais uma das medidas bem-sucedidas de Jaeger para reativar a economia local e mostrar a mudança do seu reinado.
Naquele momento, não era capaz de pensar nisso, visto que a preocupação com o facto de a irmã ter desaparecido ocupava a sua mente.
Onde estaria? E o mais importante, estaria bem?
Há uma semana, quando regressara de Londres depois de uma viagem de negócios, encontrara um bilhete na secretária.
«Querido Jag,
Sei que não vais gostar disto, mas vou ausentar-me durante algumas semanas. Não vou dizer-te onde vou estar porque isto é importante para mim. Por isso, não vou levar o meu telemóvel.
Sei que, se o levasse, descobririas o meu paradeiro mesmo antes de chegar! Não te preocupes, vou ficar bem.
Adoro-te,
Milena xxx»
«Não te preocupes? Não te preocupes?» Depois do que acontecera há três anos, como podia não se preocupar?
Pegou no bilhete que tinham posto num saco de provas e teve de se esforçar para não o amarrotar. Até àquele momento, a única coisa que a equipa de segurança conseguira descobrir fora que a irmã apanhara um voo para Atenas e que desaparecera com um homem. Um homem que tinham identificado como Chad James. Nada mais nada menos do que um empregado com quem Jaeger permitira que a irmã trabalhasse durante os últimos seis meses.
Jag cerrou os dentes e respirou fundo. Chad James era um licenciado brilhante que, no ano anterior, fora selecionado para trabalhar na GeoTech Industries, a sua empresa preferida. A empresa só contratava homens e mulheres inteligentes que conseguiam criar tecnologias de ponta capazes de competir com qualquer coisa que saísse de Silicon Valley. Há uma semana, o jovem licenciado pedira um mês de férias sem salário.
Teria pressionado Milena para que se fosse embora com ele e tivessem uma aventura amorosa? Ou pior ainda, tê-la-ia raptado e deixado um bilhete, tencionando pedir um resgate mais adiante?
Jag blasfemou em silêncio. Desde que, há uma década, se tornara rei, fizera o possível para manter a segurança dos irmãos. Como pudera fracassar? Como pudera enganar-se tanto? Era culpa dele! Sem saber, pusera a irmã em perigo e era o responsável.
E não podia tê-lo feito em pior momento.
Durante a última década, trabalhara sem parar para tirar Santara da confusão política e económica que o pai criara sem querer e, exatamente quando Santara estava prestes a ser reconhecida a nível mundial como um centro nevrálgico de poder, a irmã desaparecera.
A preocupação estava a devorá-lo por dentro.
– Como é possível que, hoje em dia, ninguém consiga descobrir onde está? – perguntou, olhando para Tarik.
O homem idoso, que Jag conhecia desde que era uma criança, abanou a cabeça.
– Não há forma de a seguir, visto que não levou o telemóvel ou o computador – explicou Tarik. – Já vimos as gravações das câmaras de segurança dos portos de Piraeus, Rafina e Lavrio e também das estações de comboio locais, mas até ao momento, não encontrámos nada.
Bateram à porta quando Jag ia começar a falar. Era o assistente pessoal. Aproximou-se de Tarik para lhe murmurar alguma coisa, antes de olhar