Laços Que Unem. Amy Blankenship

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Laços Que Unem - Amy Blankenship


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      - Esquece isso, Tiff, ele está comprometido – disse Devin, com um tom de pena, depois piscou-lhe o olho – Parece que estás presa a mim, afinal – Ele rosnou quando reparou em Damien a tentar beijar Stacey. – Raios, Damien, não te consigo virar as costas por um minuto, pois não?

      Quando os gémeos tentaram inclinar-se para discutir um com o outro, Stacey ainda estava entre eles. Ela colocou uma mão delicada em cada um dos seus ombros e empurrou. – Parem com isso ou eu juro que volto para casa de novo – avisou ela.

      - Tiffany, apresento-te Ashton… o convidado de Angel para a semana – Tristian passou o Ashton de namorado a convidado de propósito. Se Tiffany quisesse tentar a sua sorte com Ashton quem era ele para a impedir? – A Tiffany é a prima mais nova e tem dois irmãos algures por aqui.

      - Eles estão na piscina com os amigos deles – Tiffany fez um beicinho sentindo-se tão amuada como Devin. Revirando os olhos, agarrou a mão de Devin e tirou-a da cadeira. – Anda… vamos molhar-nos.

      - Claro – Devin deu uma palmada no rabo de Stacey quando enquanto a seguia em direção à piscina.

      Ashton levantou a sobrancelha, mas mordeu a língua, recusando dizer alguma coisa em voz alta. Além disso, era provável que a família se juntasse toda contra ele se ele dissesse o que estava a passar pela sua mente.

      Tristian apontou na direção da rapariga de cabelo negro a trepar a escada da prancha. – Aquela é a Paris, a irmã mais velha de Tiffany. E o homem estranho que está a subir a escada com ela deve ser o seu novo brinquedo para durante a semana porque nunca o vi – ele virou-se na cadeira a olhar para a outra ponta da piscina. – E uma das duas pessoas aos beijos na secção infantil é Jason, o irmão dela.

      - O que é que há no vinho, por aqui? – perguntou Ashton, esperando que parecesse uma piada.

      - Porque é que achas que eu não o estou a beber? – Tristian sorriu, gostando cada vez mais de Ashton… às vezes, a vida não prestava. – A mãe deles deve aparecer em breve. Tia Carley – para que Damien não ouvisse, inclinou-se para Ashton e acrescentou, num sussurro. – Isto é… se ela não estiver demasiado bêbeda para andar.

      - Aposto que é aquela – Ashton acenou para a entrada, visto que a estava a examinar à procura de Angel. A senhora de meia idade parecia-se com as raparigas, mas com o cabelo mais curto e demasiada maquilhagem. Ela tinha um aspeto cansado… ou, espera um pouco… ela acabou de cambalear?

      - Sim… é ela, aposto que vai direita ao álcool – Tristian imitou o som de um sino de vitória quando Carley tirou a garrafa whisky de Crown Royal do bar e a levou para a cadeira do lounge, sem se preocupar sequer com um copo.

      - E quem é aquela? – perguntou Ashton, apontando para a entrada, vendo uma rapariga perto da idade de Angel com cabelo longo e castanho e uma pele clara.

      - Aquela é a nossa outra prima – Tristian saiu da sua cadeira e encontrou a rapariga a meio caminho. Sabendo que isto iria tirar Ashton do sério, ele baixou a cabeça, dando um longo e apaixonado beijo a Shae. Assim que achou ser suficiente para o espetáculo, respirou contra os lábios dela. – Não te chateies, mas acabei de dizer ao namorado da Angel que tu és uma das nossas primas. Ele já caiu do acento?

      Shae deu uma risada. – Não, mas ele é sempre assim tão pálido?

      Tristian olhou por cima do seu ombro e quase se engasgou com o riso, quando Ashton olhou, instantaneamente, noutra direção como se não tivesse estado a ver. – Ok, vamos acalmar o rapaz – Tristian guiou-a pela mão de volta para a mesa, reparando que Damien e Stacey tinham-se juntado a Devin na piscina.

      - Esta é a minha prima, Shae – ele agarrou as costelas quando Shae lhe deu uma cotovelada – Quero dizer, minha namorada, Shae – sorriu com ar culpado.

      Ashton cruzou os braços e levantou a cabeça estudando-os – Onde está a tal irmã que tu tens? Sinto uma vontade súbita de me esconder atrás de alguém.

      - O meu irmão está a dar-te problemas? – perguntou Angel diretamente atrás dele. Ela estava a sorrir para Shae, tendo ouvido o comentário sobre ela ser uma prima.

      - Graças a Deus – Ashton inclinou a cabeça para trás, enquanto Angel se chegou para lhe dar um beijo suave nos lábios. Ele ficou com ciúmes, de repente, porque não teve nem metade da paixão do simples beijo que a viu dar a Hunter. – Eu sei que só vou ter vinte e um anos daqui a umas horas, mas o teu irmão está, seriamente, a tentar levar-me a beber.

      Puxando-a para o seu lado, Ashton não consegui evitar olhar para trás dela para ver se o índio andava a cheirar-lhe o rasto. Vendo um homem a inclinar-se contra um dos postes grossos do bar, fez uma careta, pensando que era Hunter… depois percebeu que não era. Este homem era índio, mas algo nele fê-lo parecer mais perigoso do que o que ele já tinha conhecido.

      Ray não se deu ao trabalho de desviar o olhar, em vez disso trancou o olhar com o namorado de Angel. Com um olhar frio, começou a andar direito a ele… sem nunca romper o contacto visual. Vendo Angel a seguir o olhar do rapaz, Ray suavizou a sua expressão para olhar para ela, não querendo saber o que Ashton pensava dele.

      O olhar de Angel iluminou-se instantaneamente – Olha, é o Ray!

      Ela começou a afastar-se de Ashton para que pudesse ir ter com ele, mas Ashton só aumentou a força com que agarrava a mão dela e fez com que ela parasse. Ela mordeu o seu lábio inferior, com curiosidade, depois contentou-se com sorrir e esperar que Ray chegasse até ela.

      Tristian reparou na manobra de mão pesada e a sua expressão endureceu. Angel iria querer um abraço de Ray depois de tanto tempo sem o ver, então porque é que Ashton estava a ser tão possessivo? Ele levantou-se pronto para informar Ashton de que ser uma besta não era fixe, mas os seus lábios formaram um sorriso quando Ray foi direito a Angel e lhe deu um abraço de qualquer maneira.

      Pelo ar de infelicidade na cara de Ashton, Tristian esperou que este fosse o início de uma maravilhosa discussão.

      - É bom ver-te de volta ao santuário – disse Ray, abraçando-a por uns segundos a mais do que o normal só para irritar o namorado que não desviava o olhar. Até foi um passo mais longe e beijou-lhe a bochecha antes de se afastar lentamente. Os seus olhos escureceram vários tons ao olhar para os, azuis, dela. – Se a tua mão ficar dormente diz-me… e eu parto-lhe os dedos.

      - Ah? – Angel respirou, depois apercebeu-se do que ele estava a falar. Por acaso, a sua mão estava a ficar dormente. – Oh, não – ela apertou a mão de Ashton como se a sua não doesse, de todo, depois piscou um olho a Ray. – Ele não me está a causar problemas. Este é o meu namorado, Ashton.

      Ela sorriu, reconfortando-o, sabendo que Ray partiria mesmo os dedos de Ash se ela tivesse dito algo de diferente. Mantê-la em segurança era uma coisa que ele sempre tinha feito.

      Angel piscou os olhos, lembrando-se de uma dessas ocasiões. Ray deu uma boa tareia a Hunter e a Tristian quando eles a convenceram a trepar o velho carvalho que ficava por cima do lago. Ele tinha-a proibido de o fazer muitas vezes antes e apareceu mesmo a tempo de a apanhar, quando ela caiu de um ramo alto que não ficava por cima da água.

      Ray ignorou completamente a introdução a Ashton. – É bom que tenhas voltado a casa, Angel. Talvez o desejo da tua avó se concretize e fiques aqui – ele chegou-se ao ouvido dela como se fosse sussurrar alguma coisa, mas manteve a voz alta o suficiente para que todos ouvissem. – Tenho uma surpresa para ti mais logo – Ray lançou-lhe um sorriso cúmplice, depois acenou


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