Para Sempre e Um Dia . Sophie Love

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Para Sempre e Um Dia  - Sophie Love


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o terceiro argumentou. “Como eu iria lembrar?”

      “Porque foram as melhores férias que tivemos!” exclamou o primeiro.

      Roy emergiu estendeu a mão. “Stuart?”

      O homem assentiu. “Sim. E você se lembra de Clyde e Evan?” gesticulou ele primeiro para o homem com a barba ruiva e desgrenhada, depois para o homem mais baixo e obeso.

      “Como eu poderia esquecer aquele fim de semana quando Daniel convidou vocês para pescar?” respondeu Roy.

      “Foi ótimo”, acrescentou Evan. “Sabe, acho que não nos reunimos mais desde aquele fim de semana”.

      “Então vocês são os padrinhos, eu presumo?” perguntou Roy.

      Stuart deu um largo sorriso. “Claro que somos. É justo que os amigos mais antigos estejam na festa de casamento”.

      “Mesmo se não nos vemos há mais de uma década”, acrescentou Evan.

      “Vocês conheceram a minha filha, Emily?” disse Roy, apontando para onde Emily continuava a assistir, incrédula. “Eu nunca imaginei que Daniel se casaria com minha princesinha um dia!”

      Agora foi a vez dos três amigos parecerem chocados. Olharam para Emily na porta, boquiabertos. Mas, em vez de parecerem envergonhados pelo engano, Emily percebeu que estavam satisfeitos. Eles eram claramente o tipo de homem que gosta de envergonhar os outros. Ela se encolheu interiormente.

      “Esta é a patroa?” exclamou Clyde. “Ora, por que ela não disse logo?”

      Ele riu e correu em direção a Emily. Então, puxou-a para um abraço de urso. Previsivelmente, ele fedia a suor.

      Emily tentou manter a compostura. Mas por dentro estava em pânico. Não queria julgar Daniel pela escolha das suas amizades, especialmente se fossem velhos amigos de infância – crianças pequenas tendem a escolher seus amigos ao acaso – mas ela simplesmente não conseguia conciliar os quatro juntos. Aquilo era chegar perto demais do passado rebelde de Daniel. Um vislumbre do homem que ele já foi e poderia facilmente ter se tornado se não tivesse deixado o Maine para morar no Tennessee. Na verdade, ela deveria ser grata por ele ter escolhido esses três, já que a outra opção eram os amigos do Tennessee que conheciam Sheila.

      Nesse momento, Chantelle desceu da caminhonete e olhou superficialmente na direção dos três homens. Mas não se intimidou. Estava acostumada a pessoas desconhecidas na pousada e certamente já viu muitos valentões como estes quando viveu no Tennessee.

      “Vovô Roy, podemos começar a trabalhar na estufa, por favor?” ela perguntou.

      “É claro”, disse Roy. Voltando sua atenção para Stuart, Clyde e Evan, acrescentou, educado como sempre: “Se os senhores me derem licença”.

      Roy e Chantelle se ocuparam em descarregar a caminhonete de todos os itens que haviam comprado.

      “Vou mostrar-lhes o lugar”, disse Daniel aos seus amigos.

      Eles passaram por Emily e entraram na pousada.

      Ela os observou entrar, ainda atordoada, ainda incapaz de conciliar Daniel com esses três homens corpulentos. Virou-se para segui-los até o interior da casa, a tempo de ver Amy e Jayne descendo a escada.

      Stuart assobiou para as duas mulheres e Emily fez uma careta. Nenhuma de suas amigas era do tipo que deixava passar esse tipo de coisa. Nem mesmo Jayne, que geralmente adorava a atenção masculina. Com medo do que aquilo pudesse desencadear, Emily se adiantou para evitar o pior.

       “Amy, Jayne”, ela quase gritou. “Vocês gostaram dos seus quartos?”

      Amy apertou os olhos para encarar Stuart, mas teve que desviá-los para a amiga. “Sim. Obrigada, Em. Mas nós temos que começar a trabalhar. Temos muitas coisas a fazer.”

      “Sério?” disse Emily com um gemido. Parecia que tudo o que vinha fazendo há semanas era planejar o casamento. Será que ainda havia algo a fazer? Mas, por outro lado, sair um pouco da pousada era provavelmente uma boa ideia. Quanto menos tempo gasto com os amigos de Daniel, melhor. “Ok”, aceitou ela. “Vamos sair daqui.”

      Ela saiu apressada com elas antes que Daniel tivesse a chance de apresentar seus amigos. Pelo canto do olho, percebeu a expressão do noivo. Parecia irritado com o comportamento dela, por sua grosseria em não permitir que todos se conhecessem. Mas ela não conseguiu evitar. Se ele a tivesse preparado de alguma forma, talvez fosse diferente. No mínimo, ela poderia ter dito a ele para avisar aos amigos que não deviam assobiar para suas amigas, e alertá-las sobre algum comportamento do tipo. Mas, como sempre, Daniel escondeu dela alguns dos elementos mais desagradáveis de seu passado. E mais uma vez, aqueles vazios a incomodavam, fazendo-a duvidar do alicerce sobre o qual o relacionamento deles se apoiava.

      *

      Emily e suas amigas dirigiram-se para a cidade vizinha para ir a uma loja de perfumes que Amy queria conhecer há anos.

      “Eles fazem a fragrância especificamente para a cliente”, explicou Amy enquanto dirigia. “Um perfume sob medida para uma mulher única.”

      “Parece ...” Emily fez uma pausa. Ela queria dizer desnecessário, mas se conteve no último segundo. Em vez disso, terminou com um manso e pouco convincente, “... divertido”.

      “Todo mundo faz isso hoje em dia”, acrescentou Jayne do banco de trás. “Seria simplesmente bizarro não fazermos também”.

      Nitidamente animada com o passeio, Amy estacionou e depois conduziu Emily pelos ombros até a loja, quase saltitando.

      A atendente cumprimentou-as com um sorriso caloroso. Emily ficou grata quando Amy assumiu a liderança. Não sentia muita vontade de interagir. Sua mente ainda estava presa aos amigos de Daniel.

      “Tome”, disse Amy, colocando uma tira de papel perfumado sob o nariz de Emily. “O que você acha? Laranja sanguínea.”

      Emily franziu o nariz. “Eu não acho que seja muito a minha cara.”

      “Também acho que não,” disse Amy. Então, baixou a cabeça e começou a examinar outras opções de aromas.

      “Você parece distraída,” Jayne falou para Emily.

      “Desculpe. Estou apenas... pensando.”

      “Não sobre fragrâncias, eu suponho”, perguntou Jayne. “Vamos, Em. Você sabe que pode me contar tudo”.

      Emily balançou a cabeça. “Eu não quero falar. Não quero ser grosseira.”

      Jayne encarou a amiga. “Sinceramente, este papel é meu. Eu sou a desbocada aqui. Duvido que você possa dizer alguma coisa que pareça grosseira aos meus ouvidos.

      Então Amy agarrou o braço de Emily, passando um pouco de perfume em seu pulso.

      “Cheira!” Ela exclamou com entusiasmo.

      Emily fungou. A fragrância era fresca e floral. “Esta é bem melhor”, disse ela.

      Amy sorriu. “Ok. Já sei. Tenho o perfume perfeito para complementar este.” Então, afastou-se novamente e juntou-se à atendente atrás do balcão enquanto remexiam animadamente as amostras.

      “E então?” pressionou Jayne. Ela claramente não ia deixá-la escapar. Emily suspirou alto. “Tô pensando naqueles caras lá na pousada.”

      “Os javalis que parecem não tomar banho há uma semana?”

      “Sim, eles”, Emily respondeu. Ela mordeu o lábio. “Bem, são amigos de Daniel. Seus padrinhos.”

      “Ai, Santo Deus!” exclamou Jayne com um suspiro teatral. “Eles estarão nas fotos?”

      Emily sentiu suas bochechas queimarem. A resposta horrorizada de Jayne a fez sentir-se pior.

      “Não gosto do jeito como ele esconde de mim essas coisas sobre o seu passado,” explicou


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