A Casa Perfeita. Блейк Пирс

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A Casa Perfeita - Блейк Пирс


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instrutores haviam mostrado a ela que, com um metro e setenta e sete de altura e sessenta e cinco quilos, ela tinha o tamanho físico para lidar com a maioria dos criminosos se estivesse adequadamente preparada. Ela provavelmente nunca teria as mesmas habilidades de combate um-contra-um de um veterano das Forças Especiais, como Kat Gentry tinha. Mas ela deixou o programa confiante de que poderia se defender na maioria das situações.

      Jessie tirou as luvas e foi para a esteira. Olhando para o relógio, ela viu que estava se aproximando das oito da noite. Ela decidiu que uma corrida de oito quilômetros deveria cansá-la o suficiente para deixá-la dormir sem sonhos essa noite. Essa era uma prioridade, já que ela iria voltar ao trabalho amanhã, onde sabia que todos os seus colegas iriam incomodá-la bastante, esperando que ela fosse agora algum tipo de super-heroína do FBI.

      Ela estabeleceu o tempo em quarenta minutos, colocando pressão sobre si mesma para completar os oito quilômetros em um ritmo de cinco minutos por quilômetro. Então ela aumentou o volume dos fones de ouvido. Quando os primeiros segundos de ‘Killer’ de Seal começaram a tocar, sua mente ficou em branco, concentrando-se apenas na tarefa à sua frente. Ela estava completamente alheia ao título da música ou quaisquer memórias pessoais que isso poderia evocar. Havia apenas a batida e as pernas trotando em harmonia com ela. Era o mais próximo de paz que Jessie Hunt conseguia.

      CAPÍTULO OITO

      Eliza Longworth se apressou até à porta da frente de Penny o mais rápido que pôde. Eram quase 8 da manhã, hora em que normalmente a instrutora de ioga aparecia.

      Tinha sido uma noite em grande parte sem dormir. Só na primeira luz da manhã ela sentiu que sabia o caminho que precisava seguir. Assim que Eliza tomou uma decisão, ela sentiu um peso sair dos ombros dela.

      Ela tinha mandado uma mensagem a Penny para dizer que a longa noite tinha lhe dado tempo suficiente para pensar e reconsiderar se ela tinha sido muito apressada em terminar a amizade delas. Elas deviam fazer a aula de ioga. E depois, quando a instrutora, Beth, fosse embora, elas poderiam tentar encontrar uma maneira de resolver as coisas.

      Penny não tinha respondido, mas isso não impedira que Eliza fosse até lá de qualquer maneira. Assim que ela chegou à porta da frente, viu Beth dirigindo pela estrada residencial sinuosa e acenou para ela.

      “Penny!”, ela gritou quando bateu na porta. “Beth já chegou. Ainda estamos combinadas para a ioga?”

      Não houve resposta, então ela apertou a campainha e balançou os braços na frente da câmera.

      “Penny, posso entrar? Devemos conversar por um segundo antes que Beth chegue.”

      Continuou sem haver resposta e Beth estava a uns cem metros ao fundo da rua, então ela decidiu entrar. Ela sabia onde a chave secreta era mantida, mas tentou abrir a porta assim mesmo. Não estava trancada. Ela entrou, deixando a porta aberta para Beth.

      “Penny”, ela gritou, “você deixou a porta destrancada. Beth já está estacionando. Você recebeu minha mensagem? Podemos conversar em particular por um minuto antes de começarmos?”

      Ela entrou no saguão de entrada e esperou. Permanecia sem resposta. Ela foi até à sala de estar onde elas geralmente faziam as sessões de ioga. Estava vazia também. Ela estava prestes a ir até à cozinha quando Beth entrou.

      “Senhoras, estou aqui!”, ela gritou da porta da frente.

      “Oi, Beth”, disse Eliza, virando-se para cumprimentá-la. “A porta estava destrancada, mas Penny não está respondendo. Eu não tenho certeza do que está acontecendo. Talvez ela tenha dormido demais ou esteja no banheiro ou algo assim. Eu posso verificar lá em cima se você quiser pegar algo para beber. Tenho certeza que vai ser apenas um minuto.”

      “Não há problema”, disse Beth. “Meu cliente das nove e meia cancelou, então não estou com pressa. Diga a ela para não se apressar.”

      “Ok”, disse Eliza enquanto começava a subir as escadas. “Apenas nos dê um minuto.”

      Ela estava a meio caminho do primeiro lance de escadas quando se perguntou se não deveria ter pegado o elevador. O quarto principal ficava no terceiro andar e ela não estava entusiasmada com a caminhada. Antes que ela pudesse reconsiderar seriamente, ela ouviu um grito lá embaixo.

      “O que está acontecendo?”, ela gritou enquanto se virava e corria de volta para baixo.

      “Depressa!”, Beth gritou. “Ai meu Deus, depressa!”

      Sua voz vinha da cozinha. Eliza começou a correr quando chegou lá em baixo, atravessando a sala e dobrando a esquina.

      No chão da cozinha de cerâmica espanhola, deitada em uma enorme piscina de sangue, estava Penny. Seus olhos estavam congelados em terror, seu corpo contorcido em um horrível espasmo de morte.

      Eliza apressou-se em direção à sua mais antiga e querida amiga, escorregando no líquido espesso quando se aproximou. Seu pé escorregou e ela caiu com força no chão, todo o seu corpo espirrando sobre o sangue.

      Tentando não vomitar, ela se arrastou e colocou as mãos no peito de Penny. Mesmo com roupas, ela estava fria. Apesar disso, Eliza sacudiu-a, como se isso pudesse acordá-la.

      “Penny”, ela implorou, “acorde.”

      Sua amiga não respondeu. Eliza olhou para Beth.

      “Você sabe fazer respiração boca a boca?”, ela perguntou.

      “Não”, a mulher mais jovem disse com uma voz trêmula, sacudindo a cabeça. “Mas acho que é tarde demais.”

      Ignorando o comentário, Eliza tentou se lembrar da aula de primeiros socorros que havia frequentado anos atrás. Tinha sido voltada para tratar crianças, mas os mesmos princípios deviam ser aplicados nessa situação. Ela abriu a boca de Penny, inclinou a cabeça para trás, apertou o nariz dela e soprou com força para dentro da boca da amiga.

      Então ela montou sobre a cintura de Penny, colocou uma mão em cima da outra com as palmas das mãos para baixo e começou a bombear sobre o esterno de Penny. Ela fez isso uma segunda vez e depois uma terceira, tentando entrar em algum tipo de ritmo.

      “Oh Deus”, ela ouviu Beth murmurar e olhou para cima para ver o que estava acontecendo.

      “O que está acontecendo?”, ela exigiu duramente.

      “Quando você bombeia, o sangue escorre do peito dela.”

      Eliza olhou para baixo. Era verdade. Cada compressão causava um pequeno vazamento de sangue do que pareciam ser grandes cortes na cavidade torácica de Penny. Ela olhou para cima novamente.

      “Ligue para o 911!”, ela gritou, embora soubesse que seria inútil.

      *

      Jessie, que se sentia inesperadamente nervosa, chegou cedo ao trabalho.

      Com todas as precauções extras de segurança que tinha, decidira partir vinte minutos antes para seu primeiro dia de trabalho em três meses, para ter certeza de que chegaria às nove da manhã, o horário que o capitão Decker lhe dissera para aparecer. Mas ela devia estar a ficar melhor em passar por todas as curvas e escadas ocultas no seu prédio, porque não demorou tanto tempo quanto pensava para chegar à Delegacia Central.

      Enquanto caminhava do estacionamento para a entrada principal da delegacia, seus olhos se moviam para frente e para trás, procurando por algo fora do comum. Mas então ela se lembrou da promessa que tinha feito para si mesma antes de adormecer na noite passada. Ela não permitiria que a ameaça de seu pai a consumisse.

      Ela não fazia ideia de quão vagas ou específicas tinham sido as informações que Bolton Crutchfield passara para o pai dela. Ela não podia sequer ter a certeza de que Crutchfield estava dizendo a verdade. Independentemente disso, já não havia mais muita coisa que ela pudesse fazer a esse respeito, além daquilo que ela já estava fazendo. Kat Gentry estava verificando os videos das visitas


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