Dormindo com o inimigo. Lynne Graham

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Dormindo com o inimigo - Lynne Graham


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perguntando-se se Sebasten saberia dos rumores que corriam.

      Sebasten sabia que deveria estar a tentar aliciar a ruiva baixa e volumosa que tinha enganado o seu irmão, mas não podia deixar de olhar para aquela beleza. Fixou-se no seu elegante decote e foi descendo o olhar até se encontrar com os dois delicados peitos. Naquele momento, toda a sua atenção se concentrou ali. Deu-se conta que os mamilos tentavam assomar sob o tecido e a excitação que já sentia converteu-se em dor. Sem pensar, pousou o copo e agarrou-a.

      Lizzie olhou-o nos olhos e surpreendeu-se perante o desejo que viu neles. Tremeu e sentiu que o seu coração se acelerava. Surpreendida, comprovou que o desejava e aquilo confundiu-a. Tinha a boca seca, o pulso a mil à hora, os joelhos a tremer. Sentiu a mão de Sebasten a deslizar pelo seu rabo e apertá-la contra o seu corpo. Ao sentir a dureza do seu membro, estremeceu e, ao comprovar que o seu corpo estava igualmente excitado, ficou envergonhada.

      – Gosto disso… – disse ele com voz grave. Era claro que se tinha dado conta do seu estado, da sua respiração acelerada e de como o olhava.

      – Não te conheço – disse Lizzie, mais para si mesma do que para ele. Não lhe valeu de nada. Estar tão perto daquele homem era como estar numa montanha russa, justamente no momento em que o carro se vai precipitar pela parte mais íngreme. Não queria perder aquele momento.

      – Ensinar-te-ei a conhecer-me… – disse Sebasten, atravessando-a com o olhar. – Ensinar-te-ei tudo o que precises de saber.

      – Gosto de ir devagar…

      – E eu gosto de ir rápido – respondeu ele. Sem hesitar, acariciou-lhe uma madeixa de cabelo e passou-lhe o dedo pelo lábio inferior. – Tão rápido para te deixar sem alento e a pedir mais.

      Os lábios de Lizzie tremeram. Custava-lhe pensar. As suas hormonas impediam-na. O único que queria era que ele a beijasse. Teve de se conter para não ser ela a dar o primeiro passo. Nunca sentira nada parecido. Era como estar a sonhar.

      Quando sentiu os seus lábios brincalhões e especialistas, deu-se conta de que aquilo não era um sonho. O seu corpo nunca tinha experimentado nada igual. Apertou-se contra o corpo dele e abraçou-o com força, emitindo um gemido desde o mais profundo do seu ser, porque já não aguentava mais.

      Sebasten reagiu com fúria incandescente. Deu o que Lizzie tanto ansiava sem sequer saber. Ao sentir a língua dentro da sua boca, o erotismo foi total, sentiu como se todas as células do seu corpo explodissem de paixão. A própria excitação assustou-a, porque era a primeira vez que sentia algo assim nos braços de um homem.

      – Theos mou – gemeu Sebasten levantando a cabeça. – Estás a deixar-me louco…

      Lizzie pestanejou, confusa. Só então se apercebeu que os seus mamilos competiam entre si para sair do top e das pulsações que sentia entre as pernas. Surpreendeu-a a agradável dor que ambas as sensações lhe provocavam. Era como se o seu corpo tivesse deixado de ser seu, não parava de lançar sinais indicadores de que o único lugar onde queria estar era colado ao corpo de Sebasten.

      Sebasten arqueou-a para trás e observou a tentação dos seus seios. Lizzie agitava-se como se estivesse no meio de uma tempestade. Havia um sofá muito perto. Sebasten não podia esperar. Queria possui-la ali e já, queria possui-la com força para aplacar o seu desejo. De repente, conseguiu controlar-se e decidiu que preferia levá-la para sua casa e assim ter mais tempo porque sabia que uma vez não seria suficiente.

      Lizzie deixou de o beijar para tomar fôlego. Chegar até à mesa onde Sebasten tinha deixado o copo foi um grande esforço. Segurou no copo e levou-o aos lábios, enquanto tentava raciocinar sobre o que se estava a passar. Queria saber tudo sobre ele, desde o primeiro momento do seu nascimento. Queria conhecê-lo como nunca ninguém o tinha conhecido. Ao olhar para ele, sentiu uma felicidade louca.

      – Nunca me senti assim – riu-se.

      – Não quero que me contes como te sentiste com os outros – advertiu-a ele. – Vamos… – acrescentou, estendendo-lhe a mão.

      Lizzie deu-lhe a sua.

      – És sempre assim tão mandão?

      – Porque dizes isso? – sussurrou Sebasten em tom de troça. A verdade era que Lizzie tinha obedecido sem pensar. Como todas as outras, claro. Em toda a sua vida, nenhuma mulher o rejeitara.

      Conduziu-a pelas escadas abaixo, onde umas quantas pessoas os observaram com curiosidade, até à saída. Lizzie sentia as emoções à flor da pele. Ao recordar a força das suas mãos sobre os seus seios, corou. Normalmente, não permitia a um homem essas intimidades. O que estava a fazer? Para onde a levaria? Sebasten achava-a bonita e queria estar com ela. Era a única pessoa no mundo, de facto, porque o seu pai e os seus amigos a tinham abandonado.

      Uma vez no passeio, o motorista de uniforme abriu um guarda-chuva para os proteger da chuva e abriu-lhes a porta da limusina prateada. Lizzie decidiu não pensar demasiado no que estava a fazer e olhou para Sebasten. O sentimento de estar a fazer o mais correcto voltou a invadi-la.

      – Onde nasceste? – perguntou.

      – Numa ilha grande que fica no mar Egeu. E tu? – perguntou Sebasten sorrindo, enquanto a abraçava.

      – Em Devon – respondeu Lizzie, enfeitiçada pelo seu sorriso. – Os meus pais vieram viver para Londres quando eu ainda era muito pequena.

      – Fascinante – brincou ele, acariciando-lhe o cabelo e beijando-a. Lizzie deixou-se levar pelo seu cheiro e sabor. Deitou a cabeça para trás e deixou que Sebasten lhe lambesse o pescoço.

      Em algum momento, saíram do veículo, subiram umas escadas e atravessaram um vestíbulo. De repente, Lizzie tropeçou num degrau.

      – Estás bem? – perguntou Sebasten segurando-a.

      – São estes sapatos… – respondeu ela, mortificada, tirando as sandálias de salto alto ali mesmo.

      – Bebeste muito? – perguntou-lhe ele com os olhos semicerrados.

      – Quase nada – disse Lizzie, fazendo um esforço para que a sua língua não enrolasse. De repente, sentiu um pânico terrível. Não queria que a rejeitasse como tinham feito os outros.

      Sebasten conduziu-a até um quarto enorme com uma magnífica cama no centro. Lizzie perguntou-se o que ia fazer. Não conhecia aquele homem e era virgem. Nunca se tinha sentido sexualmente atraída por nenhum homem até conhecer Connor. Desejara que ele fosse o primeiro. Ao recordar o momento no qual o encontrou na cama com a sua madrasta, todos os seus pré-julgamentos e temores se evaporaram. Por culpa desses mesmos julgamentos prévios não se apercebera de que a falta de apetite sexual de Connor era estranho. Claro, não tinha nenhuma experiência no tema.

      Voltou-se e ficou a observar Sebasten com os seus enormes olhos verdes a brilhar no meio da escuridão como duas esmeraldas. Aquele homem era realmente bonito e naquela noite era seu, e apenas seu. Nunca tinha conhecido ninguém como ele. Era um homem muito seguro de si que a atraía como se não houvesse outra alternativa, como se tivesse um imã. Lizzie deitou a cabeça para trás e sacudiu a sua cabeleira de cor de marmelada de laranja.

      – Podes beijar-me outra vez – disse.

      Sebasten riu-se e obedeceu com tanta veemência que a deixou sem alento. Tomou-a nos seus braços e depositou-a na cama. O que tinha aquela mulher que fazia com que fosse diferente de todas as outras? De repente, mostrava-se calada e misteriosa e, no minuto seguinte, era apaixonada e incitante.

      – És tão bom noutras coisas tal como és bom a beijar?

      Sebasten deixou o casaco em cima de uma cadeira, encantado com a pergunta.

      – O que é que achas?

      Lizzie não conseguia pensar. Quando ele desabotoou a camisa, sentiu que ficava com pele de galinha e que a sua boca secava. Aquele homem era puro músculo, desde os ombros, perfeitos, até aos abdominais, bem marcados.

      – Que és muito sexy – confessou.

      –


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