Lições Do Coração. Dawn Brower

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Lições Do Coração - Dawn Brower


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a sócia de Matt no escritório. Ela não fazia muita coisa lá desde que começara a sua fundação, mas ainda pegava um ou outro caso de vez em quando. Olivia não sabia muito a respeito dela, a não ser que era a filha perdida da família Brady. Uma coisa que eles não tinham descoberto até que seus caminhos se cruzaram meses atrás. Ela tinha se casado com o amor da sua vida recentemente – Rendall Souza – e parecia feliz.

      “Vou cuidar de tudo”, garantiu Olivia. “Vá preparar tudo para viajar. Eu levo Carter até a porta”.

      Ele revirou os olhos e se virou para Claire. Olivia queria bater nele, mas se segurou. Contar à irmã que Nolan Pratt tinha escapado da prisão deve ter sido uma montanha russa de emoções para ele. “Me ligue depois que falar com a nossa mãe. Estou indo ver a Reese e contar a ela sobre os seus planos”.

      “Ah meu Deus, eu nem pensei nela...” Claire engoliu em seco. “E se ele for atrás dela, ao invés de mim?” Ela não deve ter ouvido Matt falar sobre estar preocupado com Reese. Não que isso surpreendesse Olivia... ela tinha quase certeza de que Claire se desligara da conversa deles por um período.

      “Ela vai ficar bem”, Carter garantiu. “Dane está com ela e nós a protegeremos. Ela é teimosa e não vai querer abandonar seus pacientes. Você sabe como ela é”.

      “Sei”, Claire afirmou. “Tudo bem. Prometa que vai me ligar todos os dias, enquanto nós estivermos fora, ou eu voltarei. Preciso saber que todos estão a salvo”.

      Ele concordou com a cabeça. “Tem a minha palavra. Agora você precisa ir”. Carter puxou a irmã para um abraço e se virou para sair. Olivia foi atrás dele para garantir que ele fosse embora. Ele parou na porta e recolheu todos os papeis que tinham caído, organizando-os em uma pilha. E então entregou a pilha a ela. “Aí está. Nunca diga que não fiz algo por você”.

      Bobão... mas ela não estava, na verdade, esperando que ele juntasse os papeis. E ficou de boca aberta, sem saber o que dizer. O desgraçado parecia um pouco satisfeito demais consigo mesmo. Ela faria de tudo para assegurar que ele pagasse por isso da próxima vez. E daí que ele estava caçando um maníaco homicida? Ele poderia tratá-la com decência apesar disso, Caso contrário, não criticaria ele mesmo a coisa toda. Ela mal podia esperar pelo próximo encontro deles.

      CAPÍTULO DOIS

      Olivia acessou o painel de controle do carro. Queria verificar como Reese estava e ver como ela estava lidando com a notícia da fuga de Nolan. Mas até que os ingressos para o evento beneficente chegaram em sua mesa, mais cedo, ela não tinha razão para fazer isso; Reese e Olivia não eram próximas. Era inclusive meio estranho que Olivia quisesse ver como ela estava, mas para ser sincera, não era Reese que ela queria ver. Carter estava na sua cabeça desde que ele saíra do escritório. Ele foi um pouco rude e ela também não tinha sido exatamente gentil. As duas irmãs dele estavam na mira de um psicopata... ele tinha que estar a ponto de perder a cabeça.

      Então ela decidiu aliviar um pouco essa tensão sendo, bem, sendo ela mesma. Ela podia irritá-lo como ninguém, e depois que ela tivesse acabado ele teria muito mais na cabeça do que Nolan Pratt e a segurança da irmã. Ele provavelmente estaria amaldiçoando Olivia em silêncio, e seu trabalho estaria concluído.

      Estava torcendo para que ele estivesse com Reese. Se não, Dane estaria com ela e ele poderia transmitir a mensagem. Seria muito melhor se ele ouvisse diretamente de Olivia, porém. Esse era o caminho mais seguro para garantir que ele estourasse. Olivia não conseguiria fazer com que ele perdesse a cabeça se não pudesse falar pessoalmente com ele. E a desculpa para sua ida até o hospital era a entrega dos ingressos para Reese.

      Olivia saiu do carro e entrou no hospital. Entrou no elevador e apertou o botão para subir até o andar onde ficava o consultório de Reese, e quando o elevador abriu as portas foi direto até lá. Aparentemente a sorte estava ao seu lado... vozes ecoaram no corredor e uma delas era definitivamente do Carter. Olivia queria dar pulinhos de alegria. Isso seria divertido.

      Carter estava falando, mas ela abstraiu a conversa e parou na porta, bloqueando a saída dele. “Indo a algum lugar, bonitão?”

      Dane sorriu para Olivia e ela retribuiu com um sorriso acolhedor. Pelo menos um deles parecia feliz em vê-la. Carter certamente não estava... o olhar furioso que ele lhe lançou faria alguém mais fraco murchar. Ela pestanejou para ele e disse, sem falar uma palavra, pode vir quente que eu estou fervendo.

      “Não tenho mais nada para fazer aqui. Estava indo para casa. Quer dizer, se você me deixar passar”, Carter respondeu.

      “Não saia ainda. Preciso falar com vocês três, e parece que é o meu dia de sorte, afinal, encontrei os três juntos”. Olivia piscou para Carter e ele estreitou os olhos. Ainda não confiava nela. Bem, ela iria testá-lo um pouco e ver até onde conseguia ir para irritá-lo.

      Carter beliscou o osso do nariz. “Por favor, Srta. West. Tem a nossa atenção”. Ele não parecia satisfeito ao permitir a sua entrada no consultório. Olivia curvou os lábios em um sorriso sexy. Pobrezinho... estava tendo um dia horrível. Ela segurou o risinho sarcástico que queria escapar. Seria ir longe demais.

      “Bom saber”. Ela passou como uma brisa por Dane e Carter e foi direto até Reese, entregando a ela o envelope. “Eu trouxe os ingressos para o evento beneficente”. Ela estava na comissão de planejamento e, embora não entregasse pessoalmente todos os ingressos, tinha requisitado os de Reese com esse objetivo.

      “Droga”. Reese pegou o envelope e abriu. “Esqueci completamente disso”. Ela parecia cansada. Devia estar sendo difícil manter seus compromissos no hospital e ter que se preocupar com a obsessão de um assassino em série. Olivia sentiu pena dela, mas não expressou isso em voz alta. Não queria lembrar nenhum deles do que estavam enfrentando, se pudesse evitar. Todos sabiam o que podiam perder e não precisavam da opinião dela.

      “Achei que você pudesse ter esquecido”. Olivia sorriu discretamente e então disse, como se se desculpasse, “Mas você precisa ir. É a palestrante convidada e, portanto, não tem escolha”.

      “Ela não pode ir”, disse Carter. “Não é seguro. A logística para um grande evento como esse seria inviável. De jeito nenhum conseguiríamos fazer isso do jeito certo”. Carter estava a ponto de perder a cabeça. Olivia entendia a razão da objeção. Haveria muitos participantes e a logística seria mesmo um pesadelo. “Por favor, me diga que você não vai”. Ele encontrou o olhar de Reese, mas ela já estava balançando a cabeça em negativa.

      “Eu tenho que ir”. Ela colocou os ingressos de volta no envelope. “Esse evento vai arrecadar fundos para o meu projeto de pesquisa. Tem muitas crianças dependendo de mim, e não posso decepcioná-las”.

      Olivia tinha sentido que essa seria a reação de Reese. Ela era uma boa samaritana, de coração bom, e queria ajudar as crianças. E essa era uma das poucas coisas que Olivia compreendia sobre a Dra. Reese Jackson. Ela sentia necessidade de ajudar e não se importaria de correr riscos para isso.

      “Você não vai ajudar nenhuma delas se morrer”. A frustração estava evidente na voz de Carter quando ele falou.

      “Não seja tão dramático. Não é provável que Nolan apareça em um evento de gala”. Reese revirou os olhos. Um indicador claro de que estava farta da sua equipe de segurança.

      “Imagino que não tenha mais ingressos disponíveis para essa festinha?” Carter se virou para Olivia e cuspiu a pergunta. Caramba... ele estava definitivamente lívido. Ela tinha que ir até o máximo da provocação e além, para ver se ele explodia. Espere até ela explicar de que jeito ele poderá participar...

      “Não, tudo esgotado”. Olivia deu um sorriso largo. Ele estreitou os olhos e a encarou... foi mais do que uma encarada, na verdade. A agitação dele tinha dado um salto. Carter estava ficando muito bom nesses olhares furiosos... “Já posso ver as engrenagens rodando aí nessa cabeça; você quer ir e quer levar o seu amiguinho junto”. Ela acenou para Dane, que estava encostado numa parede


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