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nunca esqueceria. Ela olhou para Toya e pegou- o olhando para ela novamente. Toya estava a ver as emoções a reluzir no seu rosto e perguntou- se no que ela estava a pensar. Ela parecia ter um segredo e então ele notou o leve rosar nas suas bochechas e ele sabia que ele estava certo. Ela estava a pensar em Kyou! Ele podia ouvir o rosnado alto dentro da sua cabeça. Quando ela se virou para olhar para ele, ele olhou para ela. Ele virou- se e encarou o outro lado, cruzando os braços na frente e deixando- a a olhar em confusão nas costas.

      Kyoko franziu a testa e gritou com ele.

      - O que eu fiz agora?

      Ele contorceu- se, mas não se virou ou respondeu. Por que ele estava zangado agora? De repente, um frio desceu pelas suas costas e o seu coração começou a bater forte contra o seu peito... Mal levantou o rosto, e ela fechou os olhos e sentiu a escuridão a vir para eles.

      Era o mal, e tinha um pedaço do cristal do coração do guardião despedaçado dentro dele. Toya sentiu a velocidade dos batimentos cardíacos de Kyoko e girou ao redor para olhar para ela.

      - Kyoko, o que é isso?

      A sua voz estava agora abastecida de preocupação como ele instantaneamente esqueceu de estar com raiva dela.

      - Um talismã, muito forte e manchado. Está a mover- se rápido... dessa forma mesmo. - ela apontou para a esquerda e ambos saltaram e começaram a correr nessa direção. Eles não tinham ido longe quando ouviram algo a bater nas árvores, vindo direto em direção a eles. O corpo de Toya estava a mover- se por conta própria, os seus antebraços pulsando nos seus lados como se chamassem a sua atenção para o poder que estava escondido lá.

      Com um movimento do seu pulso, o punhal de fogo deslizou da sua carne e ele pulou na frente de Kyoko, empurrando- a atrás dele com a sua outra mão. Ele preparou- se quando a floresta na frente deles assumiu uma vida própria. As árvores e folhagens caíram ao seu redor enquanto um enorme demónio trovejava em direção a eles.

      Kyoko engoliu o nódulo na sua garganta enquanto olhava para o demónio. Era cerca de dez vezes mais alto do que qualquer um deles e muito desagradável ao olhar. Ela podia ver o lindo céu acima dele e perguntou- se se ela se acostumaria com o fato de que demónios viviam aqui. Ela recuou quando os seus horríveis olhos vermelhos se fixaram nela e Toya.

      Toya cheirou o ar, fazendo uma careta. A coisa cheirava como se tivesse sido enterrada e deixada para apodrecer por muito tempo antes de rastejar para fora do seu túmulo. Ele apostaria que sua vida Hyakuhei estava controlar esta coisa porque ele não sentia tanto poder dentro de um demónio há muito tempo.

      - Mais um dos seus malditos filhos. - troçou Toya e então ouviu o riso vindo do fundo do peito do demónio.

      Ele falou com uma voz maciça e profunda que mexia com os nervos.

      - Mata Toya!

      O demónio grunhiu enquanto ele se lançava para a frente com uma mão podre, arranhada. Com uma velocidade desumana, Toya levantou Kyoko nos seus braços e pulou para fora do caminho.

      Pousando numa rocha próxima que estava no chão, ele imediatamente desejou que Kyoko tivesse ficado no campo e fora de perigo. Os seus lábios estavam bem ao lado do seu ouvido quando ele perguntou às pressas:

      - Essa coisa feia é o caminho grande para não ter um talismã. Percebes isso?

      Ela balançou a cabeça para espiar com força o demónio, mas estava a mover- se tão rápido que tudo o que ela podia ver era um borrão. Ele saltou e caiu bem na frente deles, derrubando Toya no chão com um saco de ossos.

      Kyoko gritou quando ele voltou e a agarrou da rocha. A sua mão maciça e carnuda apertou a respiração dela, impedindo- a de gritar instantaneamente.

      Ela colocou as mãos para baixo contra a prisão, tentando empurrar para fora do seu controlo, mas não havia nenhuma maneira. Uma luz escura brilhante chamou a sua atenção. Ela estava presa e tonta pela falta de ar, então com o último suspiro ela podia espremer para fora, ela gritou.

      - O talismã... Pescoço!

      Toya viu o demónio agarrar Kyoko, segurando- a no ar enquanto ela lutava para respirar. Ele empurrou para fora do chão sentindo a adrenalina correndo através do seu corpo e para o punhal de fogo ainda a pulsar na sua mão.

      - Deixa- a ir, seu idiota!

      Ele rugiu, tentando obter a sua atenção de volta sobre ele.

      - Vais te arrepender de tê- la tocado. - rosnou Toya enquanto os seus olhos se transformavam em prata derretida. Ele arremessou o outro braço para o lado, agora a segurar uma adaga em cada mão enquanto ele insultava a besta feia. O demónio deu uma risada horrível enquanto segurava Kyoko como se a usasse como escudo.

      - Caramba! - amaldiçou Toya. Ele não poderia usar o poder dos punhais sem ferir Kyoko no processo. A besta não era tão estúpida quanto parecia.

      - Seu filho nojento... - rosnou Toya sentindo o seu calor sanguíneo a um nível perigoso.

      Kyoko tentou chegar à besta, mas o demónio prendeu- a entre ela e a sua palma. A luz ao seu redor começou a desaparecer, avisando- a que ela estava quase a desmaiar. Ela procurou a forma de Toya, encontrando- o ali, de frente para o demónio. Ela podia dizer que ele estava com raiva quando o ouviu a insultar.

      Os seus olhos de prata furiosos encontraram os dela, e a última coisa que ela viu antes de desmaiar foi Toya saltar para o ar como se viesse direto para ela. Toya tinha tido o suficiente. Como ousa essa besta desagradável tocar Kyoko. Ele sentiu o seu sangue demoníaco amaldiçoado, substituindo o seu sangue de guardião enquanto a sua raiva crescia. Ele saltou para o ar e com um golpe das suas garras afiadas como navalhas, ele cortou o braço do demónio.

      Quando o seu braço caiu no chão, Toya explodiu fora do demónio e pegou Kyoko no ar enquanto ela caía dos dedos agora soltos. Segurando- a firmemente contra ele, Toya saltou para fora do caminho como o demónio balançou a sua outra mão em direção a eles.

      Ele pousou ereto, levando apenas um segundo para ter certeza que Kyoko estava mais uma vez a respirar, mesmo que ela tivesse perdido a consciência. Ele deitou- a no chão e depois balançou ao redor. Os punhais gémeos ressurgiram da sua pele, deslizando nas suas palmas com facilidade.

      - Como te atreves!

      A voz de Toya subiu a um nível perigoso. Em fúria, ele apressou o demónio com um golpe e tirou- lhe a cabeça. Ele assistiu com satisfação mórbida quando ele pousou a uns bons 6 metros do corpo que ainda se contraia.

      Antes da poeira baixar, Toya voltou para Kyoko para vê- la, sem perceber que o demónio ainda não estava morto. Ele não se lembrava de tirar o talismã do pescoço e nunca viu as garras enormes vindo por trás.

      Ouvindo um rugido, Toya sentiu as garras mortais cortar nas suas costas e bater- lhe numa rocha próxima, derrubando os punhais dele.

      Kyoko lutou contra a escuridão. Abrindo os olhos, a sua visão clareou rapidamente, mas a visão que a encontrou era de horror. O sangue de Toya estava no ar atrás dele quando ele foi atirado pelo ar colidindo com uma rocha gigante.

      Balançando o seu olhar de volta para o demónio, ela assistiu com desânimo como ele agarrou a sua cabeça da terra e colocou- a de volta onde deveria estar. O demónio virou- se para ela, quando um som estrondoso veio do seu peito como um rosnado demente enquanto desnudava várias fileiras de dentes afiados.

      O cheiro do medo de Kyoko tirou Toya da sua transe e ele abriu os olhos com uma névoa de dor. Ignorando a dor, ele levantou- se bem a tempo de ver o demónio a atacar. Ele podia sentir a sua superfície sanguínea demoníaca... e desta vez... ele deixou que ela assumisse o poder.

      O corpo de Toya começou a cantarolar com uma força própria. O único pensamento racional que restava na sua mente era que ninguém deveria tocá- la... se eles morreram. Kyoko estava agarrar a sua besta, mas sabia que ela seria tarde demais porque a besta estava quase em cima dela.

      Tão perto, que ela sentiu o cheiro da sua respiração desagradável


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