Prometida . Морган Райс
Читать онлайн книгу.Há tantas perguntas que ela gostaria de lhe fazer e, como de costume, ele parece surgir apenas no momento em que ela mais precisa de orientação.
"Eu não sabia se iria vê-lo novamente,” ela fala.
"Você sempre vai me ver," ele responde. "Às vezes, em pessoa, e às vezes de outra forma," continua ele enigmaticamente.
Um silêncio paira entre eles, enquanto ela tenta organizar seus pensamentos.
"Há apenas uma chave restante," ela começa a dizer. "Isso significa que verei meu pai em breve?"
Ele a estuda e, em seguida, olha lentamente para o lado.
Por fim, ele diz: "Isso depende de suas próprias ações, não é mesmo?"
Seu hábito de responder uma pergunta com outra pergunta sempre a deixa enlouquecida. Ela decide tentar mais uma vez.
"A nova pista," ela fala. "A página. A página rasgada. Eu não sei onde ele leva. Eu não sei o que procurar. Ou onde."
Aiden olha para o horizonte.
"Às vezes as pistas procuram por nós," ele responde. "Você sabe disso agora. Às vezes, devemos esperar que as coisas nos sejam reveladas."
Caitlin pensa sobre isso. Será que ele está lhe dizendo para não fazer nada?
"Então… não há nada que eu possa fazer?" ela pergunta.
"Há muito para você fazer," Aiden responde.
Ele se vira e olha para ela, e lentamente, pela primeira vez desde que Caitlin consegue se lembrar, ele abre um sorriso. "Você tem um casamento para planejar."
Caitlin sente que também está sorrindo.
"Eu gostaria disso, mas eu estava com medo de parecer frívola" ela diz. "Pensei em talvez adiar isso um pouco. Eu achei que deveria colocar minha busca em primeiro lugar."
Aiden balança a cabeça lentamente.
"Um casamento vampiro não é um acontecimento qualquer; é um evento sagrado. É a união de duas almas vampiras. Ele traz mais poder para cada um de vocês, e mais poder para todo o nosso coven. E isso só vai aumentar o seu crescimento, suas habilidades. Estou orgulhoso de você. Você tem crescido muito. Mas se você deve evoluir para o próximo nível, precisa passar por isso. Cada união traz sua própria energia. Tanto para o casal, quanto para o indivíduo."
Caitlin se sente aliviada, animada, mas também nervoso.
"Mas eu não sei como planejar esse tipo de casamento. Eu quase não sei como planejar um casamento humano."
Aiden sorri. "Você tem muitos amigos que irão ajudá-la. E eu vou presidir a cerimônia." Ele sorri. "Eu sou um padre, afinal de contas."
Caitlin abre um largo sorriso, gostando cada vez mais da ideia.
"Então, o que eu faço agora?" Caitlin pergunta, – animada e nervosa, sem saber por onde começar.
Ele sorri.
"Vá ate Caleb. E diga que sim. Deixe que o amor se encarregue do resto."
CAPÍTULO OITO
Kyle caminha pelos pântanos no sul da Escócia, fumegando de raiva. A cada passo que dá, ele se enfurece ainda mais com ideia de Caitlin, correndo livremente, enganando, uma vez após a outra, em todos os lugares por onde haviam passado. Ele pensa em várias maneiras que poderia usar para capturar Caitlin e matá-la, para se vingar.
Ele já tinha esgotado quase todos os métodos disponíveis, e ela sempre parecia ser capaz de escapar através de seus dedos. Ele havia conseguido executar uma pequena vingança ao envenenar sua família. Ele sorri por dentro ao lembrar o que tinha feito.
Mas isso não era suficiente. Aquela história toda com Caitlin já tinha ido longe demais, e a última vez que eles haviam se encontrado – ele tem que admitir, Caitlin havia vencido. Ele havia se surpreendido com a força dela, e com suas habilidades de luta. Ela tinha realmente lutado de maneira superior, e tinha ido além de qualquer coisa que ele poderia ter antecipado.
Uma parte dele teme justamente isso, e é por isso que ele tinha ido tão longe para envenená-la, a fim de evitar um confronto direto. Mas esse plano, também, tinha saído pela culatra. Ele havia envenenado Caleb por acidente, e embora estivesse quase certo de que seu veneno havia matado Caleb, ele não havia conseguido confirmar, antes de ter que fugir no meio da noite.
Esta seria a última vez, Kyle jura para si mesmo, que isso aconteceria. Ele iria atrás dela uma última vez, e a mataria ou morreria tentando. Não haveria recuo, ou rendição. Não haveria outros lugares ou oportunidades. Este seria seu último confronto. Ali, na Escócia.
E para este confronto final, ele tinha uma grande estratégia, a maior de todas elas. O veneno vampiro parecia uma boa ideia antes, mas em retrospecto, era muito arriscado, deixava muito espaço para o acaso. Sua nova ideia, no entanto, não tinha como falhar.
Ao elaborar este novo plano, Kyle tinha pensado em todas as vezes e lugares que ele havia encurralado Caitlin, e tenta lembrar da vez em que tinha chegado mais perto de matá-la. Ele conclui que tinha sido em Nova York, quando havia capturado seu irmão, Sam, e tinha sob seu controle. Ele havia usado os poderes de transmutação de Sam para enganá-la, e isso quase havia funcionado.
A transmutação, Kyle percebe, é a chave. Com este tipo de recurso, ele poderia enganar Caitlin, ganhar a sua confiança, e depois finalmente matá-la.
Mas o problema é que Kyle não possui essa habilidade. Ele, no entanto, conhece alguém exatamente naquele tempo e lugar, que possui essa habilidade.
Seu antigo pupilo, Rynd.
Séculos antes, Kyle havia treinado um exército com os mais cruéis e sádicos vampiros a percorrerem a face da terra. Rynd tinha sido uma de suas estrelas mais brilhantes. Ele tinha se tornado cruel demais até mesmo para Kyle, e ele teve que expulsá-lo.
As últimas notícias que Kyle tinha recebido diziam que Rynd estava vivendo neste tempo e lugar, escondendo-se num canto remoto do sul da Escócia. Kyle iria encontrá-lo agora. Afinal, Kyle havia ensinado tudo o que ele sabia, e ele chega à conclusão que Rynd lhe deve um favor. É o mínimo que Rynd poderia fazer por seu antigo mentor. Tudo que Kyle precisa é que ele use o velho truque de transmutação, apenas uma vez.
Kyle, com os pés na lama, sorri com a ideia. Sim, Rynd é exatamente o que ele precisa para enganar Caitlin, para acabar com ela de uma vez por todas. Desta vez, seu plano não poderia falhar.
Kyle olha para cima, absorvendo a cena. Está frio e ventando muito, e a umidade no ar parece penetrar seus ossos. O dia está terminando, sua hora favorita do dia, e há uma forte neblina rastejando sobre a madeira antiga. É um dia perfeito para ele. Se há uma coisa Kyle goste mais do que o entardecer, é a neblina. Kyle se sente positivamente em casa.
De repente, seus sentidos entram em alerta máximo. Um sentimento assustador arrepia os pelos em seus braços e pescoço, e algo lhe diz que Rynd está por perto.
Ao entrar na névoa, Kyle ouve um ligeiro ranger, e quando olha para cima ele vê algo se movendo. À medida que o nevoeiro se dissipa, Kyle consegue distinguir uma floresta estéril de árvores mortas, e quando ao olhar mais de perto, vê objetos pendurados nos galhos.
Quando se aproxima e os examina, ele percebe que são os corpos de seres humanos mortos, pendurados de cabeça para baixo, com os pés amarrados por uma corda nos galhos. Eles balançam lentamente ao vento, e o som da corda rangendo na madeira permeia o ar. Pela aparência dos cadáveres, é evidente que foram mortos há muito tempo; a pele deles é azul, e há dois buracos suspeitos em seus pescoços. Kyle percebe que alguém havia se alimentado deles, e que eles não possuem mais sangue.
Um trabalho de Rynd.
À medida que o nevoeiro continuou a abrir caminho, Kyle vê centenas, talvez milhares de corpos, todos pendurados. É óbvio que eles tinham sido mantidos vivos por algum tempo, torturados lentamente por dias. A pessoa que tinha feito aquilo era certamente sádica, e bastante cruel.
Kyle fica admirado. Aquilo era algo que ele próprio