Adormecido . Блейк Пирс
Читать онлайн книгу.estão eles? Perguntou-se.
Onde estavam April e Jilly e Crystal?
E onde estava Blaine?
Um medo estranho começou a crescer nela e também um pensamento aterrorizante…
Talvez eu tenha sonhado tudo.
Sim, talvez a noite passada nunca tenha acontecido.
Nada daquilo.
Aqueles momentos amorosos com Blaine enquanto planejavam o futuro juntos.
O riso de suas duas filhas – e também de Crystal, que estava prestes a se tornar sua terceira filha.
Seu caloroso e rico sentimento de pertencer – uma sensação que passara toda a sua vida procurando e desejando.
Tudo apenas um sonho.
E agora ela estava sozinha – mais sozinha do que já estivera na vida.
Nesse momento ouviu gargalhadas e conversas atrás dela.
Ela se virou e os viu…
Blaine, Crystal, April e Jilly estavam correndo, a jogar uma bola de praia uns para os outros.
Riley suspirou de alívio.
Claro que era real, Pensou.
Claro que eu não imaginei isso.
Riley riu de alegria e correu para se juntar a eles.
Mas então algo duro e invisível a impediu de prosseguir.
Era uma espécie de barreira que a separava das pessoas que ela mais amava.
Riley caminhou ao longo da barreira, correndo as mãos ao longo dela, pensando…
Talvez haja uma maneira de contornar isso.
Então ouviu uma risada familiar.
"Desista, menina" Disse uma voz. "Essa vida não é para você."
Riley se virou e viu alguém parado a poucos metros de distância dela.
Era um homem com uniforme de gala de coronel da Marinha. Era alto e desajeitado, o rosto desgastado e enrugado por anos de raiva e álcool.
Ele era o último ser humano no mundo que Riley queria ver.
"Papai" Ela murmurou com desespero.
Ele riu severamente e disse, "Ei, você não tem que ficar tão triste com isso. Eu pensei que você ficaria feliz em se reunir com sua própria carne e sangue.”
"Você está morto" Disse Riley.
Papai encolheu os ombros e disse, "Bem, como você já sabe, isso não me impede de aparecer de tempos em tempos."
Riley percebeu vagamente que isso era verdade.
Essa não era a primeira vez que ela via seu pai desde a sua morte no ano passado.
E essa não era a primeira vez em que ela ficara intrigada com a presença dele. Como poderia estar falando com um homem morto era algo que não fazia sentido para ela.
Mas ela sabia de uma coisa com certeza.
Não queria nada com ele.
Queria estar entre as pessoas que não a faziam se odiar.
Ela se virou e começou a andar em direção a Blaine e as meninas que ainda estavam brincando com a bola de praia.
Mais uma vez foi parada por aquela barreira invisível.
Seu pai riu. “Quantas vezes eu tenho que te dizer? Você não tem que estar com eles.”
Todo o corpo de Riley tremia – fosse de raiva ou de desânimo, ela não tinha certeza.
Ela virou-se para o pai e gritou…
"Me deixe em paz!"
"Você tem certeza?" Ele disse. "Eu sou tudo o que você tem. Eu sou tudo o que você é.”
Riley rosnou, "Eu não sou nada como você. Eu sei o que significa amar e ser amado”.
Seu pai abanou a cabeça e arrastou os pés na areia.
"Não é que eu não me compadeça" Ele disse. "É uma maldita vida inútil que você tem – buscando justiça para as pessoas que já estão mortas, exatamente as pessoas que não precisam mais de justiça. Tal como aconteceu comigo no Vietname, uma guerra estúpida que não havia como vencer. Mas você não tem escolha e é hora de resolver isso. Você é uma caçadora, como eu. Eu te criei assim. Não sabemos mais nada, nenhum de nós.”
Riley olhou fixamente para ele, testando sua vontade contra a dele.
Às vezes conseguia vencê-lo, fazendo-o piscar os olhos.
Mas aquele não era um desses momentos.
Ela piscou e desviou o olhar.
Seu pai zombou dela e disse, “Raios, se você quer ficar sozinha, tudo bem para mim. Eu também não estou gostando muito da sua companhia.”
Ele se virou e foi andando pela praia.
Riley se virou e desta vez viu todos eles indo embora – April e Jilly de mãos dadas, Blaine e Crystal seguindo seu próprio caminho.
Quando começaram a desaparecer na manhã perdida, Riley bateu na barreira e tentou gritar…
"Voltem! Por favor voltem! Eu amo todos vocês!"
Seus lábios se moviam, mas não emitiam som algum.
Os olhos de se abriram e ela estava deitada na cama.
Um sonho, Pensou. Eu deveria saber que era um sonho.
Seu pai às vezes aparecia em seus sonhos.
De que outra forma ele poderia visitá-la, estando morto?
Levou um momento para perceber que estava chorando.
A solidão avassaladora, o isolamento das pessoas que mais amava, as palavras de advertência de seu pai…
"Você é uma caçadora, como eu."
Não é de admirar que ela tivesse acordado com tanta aflição.
Riley pegou um lenço e conseguiu acalmar-se. Mas mesmo assim, essa sensação de solidão não desaparecia. Ela lembrou a si mesma que as crianças estavam dormindo em outro quarto e Blaine estava em outro.
Mas parecia difícil acreditar.
Sozinha no escuro, sentia como se outras pessoas estivessem longe, do outro lado do mundo.
Pensou em se levantar e ir na ponta dos pés pelo corredor e se juntar a Blaine em seu quarto, mas…
As crianças.
Eles estavam ficando em quartos separados por causa das crianças.
Riley arrumou o travesseiro em volta da cabeça e tentou dormir novamente, mas não conseguia parar de pensar…
Um martelo.
Alguém no Mississippi foi morto com um martelo.
Disse a si mesma que não era o caso dela e dissera não a Brent Meredith.
Mas mesmo quando finalmente voltou a dormir, esses pensamentos não iriam desapareceriam…
Há um assassino lá fora.
Há um caso para ser resolvido.
CAPÍTULO CINCO
Quando entrou na delegacia de polícia de Rushville logo pela manhã, Samantha teve a sensação de que estaria em apuros. No dia anterior fizera alguns telefonemas que talvez não devesse ter feito.
Talvez eu não me devesse meter no que não me diz respeito,