Sem Pistas . Блейк Пирс

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Sem Pistas  - Блейк Пирс


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Só querem saber de jogos de vídeo game hoje em dia. E aqueles violentos."

      "Temo que sim."

      Ela olhou para ele de forma avaliadora.

      "Você não está aqui para comprar uma boneca, né?" Ela perguntou.

      Bill sorriu e balançou a cabeça.

      "Você é boa," ele respondeu.

      "Você é um policial, talvez?" Ela perguntou.

      Bill riu baixinho e pegou seu distintivo."

      Não exatamente, mas um bom palpite."

      "Ah, meu Deus." ela disse, preocupada. "O que o FBI quer com a minha lojinha? Eu estou em algum tipo de lista? "

      "De certa forma," disse Bill. "Mas não é nada para se preocupar. Sua loja surgiu em nossa busca de lojas nesta área que vende bonecas antigas e colecionáveis."

      Na verdade, Bill não sabia exatamente qual ele estava procurando. Riley tinha sugerido que ele fosse para alguns desses lugares, supondo que o assassino poderia ter frequentado, ou pelo menos visitado em alguma ocasião. O que ela estava esperando, ele não sabia. Ela estava esperando que o assassino estivesse lá? Ou que um dos funcionários conhecesse o assassino?

      Duvidoso que sim. Mesmo que tivessem, era improvável que o pensariam como um assassino. Provavelmente todos os homens que iam ali, se houvesse algum, eram esquisitos.

      Era mais provável que Riley estivesse tentando conseguir mais visões de dentro da mente do assassino, sua maneira de olhar o mundo. Se for isso mesmo, Bill achou que ela ia acabar decepcionada. Ele simplesmente não tinha a mente dela, nem o talento para entrar facilmente nas cabeças dos assassinos.

      Parecia-lhe que ela estava tentando obter mais informações. Havia dezenas de lojas de bonecas dentro do raio que eles estavam procurando. Seria melhor, pensou ele, deixar a equipe forense continuar rastreando os fabricantes da boneca. Apesar de, até agora, nada ter sido encontrado.

      "Eu ia perguntar que tipo de caso é," disse Ruth, "mas eu provavelmente não deveria." "Não," Bill disse, "você provavelmente não deveria."

      Não que o caso fosse um segredo – não depois que o pessoal do senador Newbrough tinham colocado um comunicado de imprensa sobre o assunto. A mídia agora estava saturada com a notícia. Como de costume, o Escritório estava tremendo sob um ataque de dicas de telefone errôneas e a internet estava repleta de teorias bizarras. A coisa toda tinha se tornado uma dor.

      Mas por que contar à mulher sobre isso? Ela parecia tão boa, sua loja tão íntegra e inocente, que Bill não queria aborrecê-la com algo tão triste e chocante como um assassino em série obcecado por bonecas.

      Ainda assim, havia uma coisa que ele queria saber.

      "Diga-me uma coisa," pediu Bill. "Quantas vendas você faz para adultos – quero dizer adultos sem filhos?"

      "Oh, essas são a maioria das minhas vendas, de longe. Para colecionadores."

      Bill ficou intrigado. Ele nunca teria imaginado isso.

      "Por que você acha que é isso?" Ele perguntou.

      A mulher sorriu, um sorriso distante e estranho e falou num tom suave.

      "Porque as pessoas morrem, Bill Jeffreys."

      Agora Bill estava realmente assustado.

      "Perdão?" Disse ele.

      "À medida que envelhecemos, nós perdemos pessoas. Nossos amigos e entes queridos morrem. Ficamos de luto. As bonecas param o tempo para nós. Elas fazem-nos esquecer da nossa dor. Elas nos confortam e nos consolam. Bem, olhe à sua volta. Eu tenho bonecas que tem mais de um século de idade e algumas que são quase novas. Entre elas, você provavelmente não consegue dizer a diferença. São eternas."

      Bill olhou ao seu redor, assustado com todos aqueles olhos centenários olhando para ele, perguntando-se quantas pessoas aquelas bonecas teriam sobrevivido. Ele se perguntou o que elas haviam testemunhado – o amor, a raiva, o ódio, a tristeza, a violência. E, ainda assim, elas o encaravam com a expressão vazia. Elas não faziam sentido para ele.

      Pessoas tem que envelhecer, ele pensou. Elas devem ficar velhas e enrugadas e grisalhas, como ele o fizera, devido a todo o mal e horror que havia no mundo. Dado tudo o que ele tinha visto, seria um pecado, ele pensou, se ele ainda parecesse o mesmo. As cenas dos assassinatos tinham invadido seu interior como se fossem um animal vivo, o fizeram desejar não ser mais jovem.

      "Elas também – não estão vivas," Bill disse finalmente.

      Seu sorriso virou agridoce, quase com pena.

      "Isso é verdade, Bill? A maioria dos meus clientes não pensa assim. Eu também não tenho certeza quanto mim."

      Um estranho silêncio se seguiu. A mulher o rompeu com uma risada. Ela ofereceu a Bill um pequeno folheto colorido com várias fotos de bonecas estampadas.

      "Acontece que eu estou indo para a próxima convenção em D.C. Talvez você também queira ir. Talvez lhe dê alguma ideia para sua investigação."

      Bill agradeceu e saiu da loja, grato pela dica sobre a convenção. Ele esperava que Riley fosse com ele. Bill lembrou que ela deveria entrevistar o senador Newbrough e sua esposa à tarde. É um compromisso importante – não apenas porque o senador pode ter boas informações, mas por razões diplomáticas. Newbrough realmente estava complicando a situação do Escritório. Riley foi a única agente a convencê-lo de que eles estavam fazendo tudo o que podiam.

      Mas ela realmente iria aparecer? Bill se perguntou.

      Parecia-lhe muito bizarro ele não ter certeza sobre isso. Até seis meses atrás, Riley era a única coisa confiável em sua vida. Ele sempre confiou plenamente nela. Mas sua óbvia angústia o preocupava.

      Mais do que isso, ele sentia falta dela. Intimidade como ele às vezes ficava com sua mente brilhante, ele precisava dela em um trabalho como aquele. Durante as últimas seis semanas, ele também percebeu que precisava de sua amizade.

      Ou, no fundo, era mais do que isso?

      CAPÍTULO 8

      Riley dirigia pela estrada de duas pistas, saboreando sua bebida energética. Era uma manhã ensolarada e quente, as janelas do carro estavam abaixadas e o cheiro quente de feno recém-embalado enchiam o ar. As pastagens de tamanho modesto das redondezas estavam pontilhadas com gado e as montanhas enquadravam ambos os lados do vale. Ela gostava dali.

      Mas ela lembrou a si mesma que não tinha ido ali para se sentir bem. Ela tinha um trabalho difícil a fazer. Riley entrou em uma estrada bem revestida de cascalho e, depois de um minuto ou dois, ela chegou a um cruzamento. Ela virou-se para o parque nacional, dirigiu uma curta distância e parou seu carro na curva inclinada da estrada.

      Ela saiu do carro e atravessou uma área aberta até um robusto e alto carvalho que ficava no canto nordeste.

      Aquele era o lugar. O lugar onde o corpo de Eileen Rogers tinha sido encontrado – deixado bastante desajeitado naquela árvore. Ela e Bill tinham estado ali juntos há seis meses. Riley começou a recriar a cena em sua mente.

      A maior diferença era o clima. Naquela época, era meados de dezembro e estava muito frio. Uma camada fina de neve cobria o chão.

      Volte, disse a si mesma. Volte e sinta.

      Ela respirou fundo, inspirou e expirou, até pensar que estava sentindo uma frieza ardente passando por sua traqueia. Ela quase podia ver as espessas nuvens de geada formando a cada respiração.

      O cadáver nu tinha sido congelado. Não era fácil dizer qual das muitas lesões corporais eram ferimentos de faca e quais eram feridas e fissuras causadas pelo frio gelado.

      Riley remontou a cena de volta, até o último detalhe. A peruca. O sorriso pintado. Os olhos costurados abertos. A rosa artificial deitada na neve entre as pernas abertas do cadáver.

      A imagem em sua mente estava agora suficientemente vívida. Agora ela tinha que fazer o que ela tinha feito ontem – ter uma noção do que o assassino viveu.

      Mais


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