Sem Pistas . Блейк Пирс

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Sem Pistas  - Блейк Пирс


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em que ele a manteve em cativeiro. Quebrar o braço dela pode ter sido a última coisa que ele fez enquanto ela ainda estava viva."

      "As feridas parecem com o trabalho de um criminoso para mim," Meredith observou. "A julgar pelo nível crescente de agressão, provavelmente do sexo masculino. O que mais você tem?"

      "Pelo comprimento curto dos fios em seu couro cabeludo, achamos que sua cabeça fora raspada dois dias antes de ser morta," continuou Flores. "A peruca foi costurada com pedaços de outras perucas, todas baratas. As lentes de contato foram provavelmente compradas por correio. E mais uma coisa," disse ele, olhando para os rostos à sua volta, hesitante. "Ele a cobriu com vaselina."

      Bill podia sentir a tensão da sala adensar.

      "Vaselina?" Ele perguntou.

      Flores assentiu.

      "Por quê?" Perguntou Spelbren.

      Flores deu de ombros.

      "Esse é o seu trabalho," ele respondeu.

      Bill pensou sobre os dois turistas que ele tinha entrevistado ontem. Eles não ajudaram em nada, estavam divididos entre a curiosidade mórbida e o pânico do que tinham visto. Eles estavam ansiosos para voltar para Arlington e não havia nenhum motivo para detê-los. Foram entrevistados por cada oficial disponível. E tinham sido devidamente advertidos para não dizerem nada sobre o que haviam visto.

      Meredith exalou e colocou as duas mãos sobre a mesa. "Bom trabalho, Flores," disse Meredith.

      Flores parecia grato pelo elogio e talvez um pouco surpreso. Brent Meredith não era do tipo que fazia elogios.

      "Agora, agente Jeffreys," Meredith se virou para ele, "informe-nos sobre a forma como isso se relaciona com o seu antigo caso."

      Bill respirou fundo e recostou-se na cadeira.

      "Um pouco mais de seis meses atrás," ele começou, "em 16 de dezembro, na verdade, o corpo de Eileen Rogers foi encontrado em uma fazenda perto de Daggett. Eu fui chamado para investigar, juntamente com minha parceira, Riley Paige. O tempo estava extremamente frio e o corpo estava congelado. Era difícil dizer há quanto tempo ele havia sido deixado lá e o momento da morte nunca foi exatamente determinado. Flores, mostre a eles."

      Flores voltou-se para a apresentação de slides. A tela se dividiu e, ao lado das imagens na tela, uma nova série de figuras apareceram. As duas vítimas foram exibidas lado a lado. Bill engasgou. Era inacreditável. Além da carne congelada daquele corpo, os cadáveres estavam quase com as mesmas condições, os ferimentos eram quase idênticos. Ambas as mulheres tinham os olhos costurados e abertos da mesma forma assustadora.

      Bill suspirou, as imagens traziam tudo à tona. Não importava quantos anos ele estivesse naquele trabalho, ver cada vítima lhe doía.

      "O corpo de Rogers foi encontrado sentado na posição vertical contra uma árvore," Bill continuou, com a voz mais sombria. "Não foi tão cuidadosamente colocado como a que está no Parque em Mosby. Sem lentes de contato ou vaselina, mas a maioria dos outros detalhes é igual. O cabelo de Rogers foi cortado curto, não raspado, mas havia uma peruca remendada semelhante junto. Ela também foi estrangulada com uma fita cor de rosa e uma rosa falsa foi encontrada na frente dela."

      Bill fez uma pausa por um momento. Ele odiava o que iria dizer em seguida. "Paige e eu não conseguimos desvendar o caso."

      Spelbren se virou para ele.

      "Qual foi o problema?" Ele perguntou.

      "O que não foi um problema?" Bill respondeu, desnecessariamente defensivo. "Não conseguimos obter uma única pista. Nós não tínhamos testemunhas; a família da vítima não pôde nos dar nenhuma informação útil; Rogers não tinha inimigos, nenhum ex-marido, nenhum namorado irritado. Não havia nenhuma boa razão para ela ser alvejada e morta. O caso esfriou imediatamente."

      Bill ficou em silêncio. Pensamentos obscuros inundaram seu cérebro.

      "Não," disse Meredith em um tom estranhamente suave. "Não é sua culpa. Você não poderia ter impedido uma nova matança."

      Bill agradeceu pela bondade, mas ele se sentia muito culpado. Por que não conseguiu resolver aquilo antes? Por que Riley não conseguira? Pouquíssimas vezes em sua carreira ele tinha se sentido tão perplexo.

      Naquele momento, o telefone de Meredith fez barulho e o chefe atendeu a chamada. Quase a primeira coisa que ele disse foi: "Merda".

      Ele repetiu várias vezes. E então falou: "Você tem certeza que é ela?" Ele fez uma pausa. "Houve algum contato para resgate?"

      Ele se levantou de sua cadeira e deu um passo para fora da sala de conferência, deixando os outros três homens sentados em um silêncio atordoado. Depois de alguns minutos, ele voltou. Parecia mais velho.

      "Senhores, estamos agora em uma crise," ele anunciou. "Acabamos de receber a identificação certa da vítima de ontem. O nome dela era Reba Frye."

      Bill engasgou como se tivesse levado um soco no estômago; ele podia ver o choque de Spelbren também. Mas Flores parecia confuso.

      "Eu deveria saber quem é?" Perguntou Flores.

      "Seu nome de solteira era Newbrough," explicou Meredith. "A filha do senador estadual Mitch Newbrough – provavelmente o próximo governador de Virgínia."

      Flores exalou.

      "Eu nem tinha ouvido falar que ela havia desaparecido," disse Spelbren.

      "Não foi oficialmente relatado," respondeu Meredith. "Seu pai já foi contatado. E é claro que ele pensa que foi por motivos políticos ou pessoais, ou ambos. Não importa que a mesma coisa aconteceu com outra vítima há seis meses."

      Meredith balançou a cabeça.

      "O senador está lidando mal com isso," acrescentou. "Uma avalanche da imprensa está prestes a começar. Ele vai se certificar de que iremos manter nossos pés no fogo."

      O coração de Bill afundou. Ele odiava sentir que as coisas estavam além de sua compreensão. Mas era exatamente assim que ele estava se sentindo no momento.

      Um silêncio sombrio caiu sobre a sala. Finalmente, Bill limpou sua garganta. "Nós vamos precisar de ajuda," ele disse.

      Meredith se virou para ele e Bill encontrou seu olhar endurecido. De repente, o rosto de Meredith se fechou com preocupação e desaprovação. Ele claramente sabia o que Bill estava pensando.

      "Ela não está pronta," respondeu Meredith, sabendo claramente que Bill queria que a incluíssem. Bill suspirou.

      "Senhor," respondeu ele, "ela conhece o caso melhor que ninguém. E não há ninguém mais esperto." Depois de outra pausa, Bill revelou o que ele estava realmente pensando.

      "Eu não acho que podemos fazer isso sem ela."

      Meredith bateu um lápis contra um bloco de papel algumas vezes, desejando claramente que ele estivesse em qualquer outro lugar, menos ali.

      "É um erro," disse ele. "Mas, se ela perder o controle, é seu erro." Ele exalou novamente. "Chame-a."

      CAPÍTULO 3

      Parecia que a adolescente que abriu a porta iria batê-la na cara de Bill. Ao invés disso, ela se virou e foi embora sem dizer uma palavra, deixando a porta aberta.

      Bill entrou.

      "Oi, April," disse ele automaticamente.

      A filha de Riley, uma garota mal-humorada e desengonçada de quatorze anos de idade, que tinha cabelos castanhos escuros e os olhos de sua mãe, não respondeu. Vestida apenas com uma camiseta de grandes dimensões e com seu cabelo bagunçado, April virou em um canto e estatelou-se no sofá, alienada a tudo, exceto a seus fones de ouvido e telefone celular.

      Bill ficou ali, sem jeito, sem saber o que fazer. Quando ele ligara para Riley, ela havia concordado com sua visita, embora com relutância. Será que ela tinha mudado de ideia?

      Bill olhava ao seu redor enquanto andava pela casa mal iluminada. Ele atravessou a sala e viu tudo limpo e em seu lugar, o que era característico de Riley. No entanto, ele também notou as cortinas fechadas


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