Alvos a Abater . Блейк Пирс
Читать онлайн книгу.do bar.
A caminhada até ao dormitório era curta e com boa iluminação. Sentia que a noite tinha corrido bem. Apenas tomara um copo de vinho, o suficiente para a relaxar e também encontrara aquele tipo…
Ryan Paige.
Sorriu.
Não, não se esquecera do seu nome.
*
Riley dormia um sono profundo e sem sonhos quando algo a acordou.
O quê? Pensou.
A princípio, pensou que talvez alguém a tivesse abanado pelos ombros.
Mas não, não era isso.
Ao olhar para a escuridão do seu quarto, ouviu o som novamente.
Um grito.
Uma voz repleta de terror.
Riley sabia que algo horrível tinha acontecido.
CAPÍTULO DOIS
Riley levantou-se antes de estar completamente acordada.
Aquele som tinha sido horrível.
O que seria?
Quando ligou a luz da mesa de acbeceira, uma voz familiar resmungou do outro lado do quarto, “Riley – o que é que se passa?”
Trudy estava deitada na sua cama vestida, protegendo os olhos da luz. Era óbvio que ali tinha caído bastante tocada pelo álcool.
Riley nem dera pela chegada da sua companheira de quarto.
Mas agora estava acordada.
Assim como todas as outras raparigas do dormitório. Ouviu vozes assustadas vindas dos quartos contíguos.
Riley calçou os chinelos, vestiu o robe e abriu a porta do quarto. Saiu para o corredor.
Outras portas se abriam. As raparigas espreitavam, perguntando o que é que se passava.
E Riley pode finalmente ver uma coisa que não estava bem. A meio do corredor, uma rapariga estava de joelhos a chorar.
Riley foi ao seu encontro.
Heather Glover, Apercebeu-se.
Heather estivera com elas no Centaur’s Den. Ainda lá estava com Trudy e as outras quando Riley se foi embora.
Agora Riley sabia – fora Heather que ouvira gritar.
Também se lembrou…
A Heather é a companheira de quarto da Rhea!
Riley aproximou-se da rapariga que chorava e ajoelhou-se a seu lado.
“O que é que se passa?” Perguntou. “Heather… o que é que aconteceu?”
Chorando e soluçando, Heather apontou para a porta aberta a seu lado.
Conseguiu dizer…
“É a Rhea. Ela…”
De repente, Heather vomitou.
Afastando-se da golfada de vómito, Riley levantou-se e espreitou pela porta do quarto. Pela luz que vinha do corredor, apercebeu-se de algo espalhado no chão – um líquido escuro. A princípio pensou tratar-se de refrigerante espalhado.
Então estremeceu ao perceber…
Sangue.
Já vira sangue daquela forma. Era inconfundível.
Entrou no quarto e de imediato viu que Rhea estava estendida na sua cama, completamente vestida e com os olhos abertos.
“Rhea?” Disse Riley.
Observou mais de perto. Então emudeceu.
A garganta de Rhea estava cortada de orelha a orelha.
Rhea estava morta – Riley não tinha a mínima dúvida.
Não era a primeira mulher assassinada que via na vida.
Então Riley ouviu outro grito. Por um momento pensou se o grito poderia vir de si.
Mas não – vinha de trás dela.
Riley virou-se e à porta encontrava-e Gina Formaro. Também ela estivera no Centaur’s Den nessa noite. Agora os seus olhos estavam esbugalhados e tremia, pálida com o choque.
Riley apercebeu-se que estava extremamente calma, nada assustada. Também tinha consciência que era provavelmente a única aluna do piso que não estava em pânico.
Cabia-lhe a ela certificar-se de que as coisas não se tornavam piores.
Riley pegou tranquilamente no braço de Gina e levou-a para o corredor. Heather ainda estava no local onde tinha vomitado a chorar. E outras alunas começavam a querer aproximar-se do quarto.
Riley fechou a porta do quarto e colocou-se à sua frente.
“Afastem-se!” Gritou à medida que as raparigas se aproximavam. “Não se aproximem!”
Riley ficou surpreendida com a força e autoridade que transpareceram na sua voz.
As raparigas obedeceram, formando um semicírculo à volta do quarto.
Riley gritou novamente, “Alguém ligue o 112!”
“Porquê?” Perguntou uma das raparigas.
Ainda ajoelhada no chão com uma poça de vómito à sua frente, Heather Glover conseguiu dizer…
“É a Rhea. Foi assassinada.”
De repente, uma mistura de vozes explodiu no corredor – algumas gritavam, algumas choravam. Algumas das raparigas investiram novamente na direção do quarto.
“Afastem-se!” Disse Riley outra vez, ainda a bloquear a entrada. “Liguem para o 112!”
Uma das raparigas que tinha um pequeno telemóvel fez a chamada.
Riley interrogou-se…
O que é que faço agora?
Só tinha a certeza de uma coisa – não podia deixar nenhuma das raparigas entrar no quarto. Já havia pânico suficiente. Seria pior se mais pessoas vissem o que se encontrava naquele quarto.
Também tinha a certeza de que ninguém devia andar numa…
Numa quê?
Numa cena de crime, Percebeu. Aquele quarto era uma cena de crime.
Riley lembrou-se – tinha a certeza que devia ter sido em filmes ou programas de televisão – que a polícia quereria que a cena do crime estivesse o mais imaculada possível.
Restava-lhe esperar – e manter toda a gente à distância.
E até àquele momento, estava a conseguir. O semicírculo de alunas começou a dispersar e as raparigas afastaram-se em grupos mais pequenos, indo para os quartos ou formando pequenos grupos no corredor para partilhar o seu horror. Havia quem chorasse e quem gemesse. Quem tinha telemóveis, ligava aos pais ou amigos para contar as suas versões do sucedido.
Riley pensou que talvez não fosse boa ideia, mas não tinha forma de as impedir. Pelo menos mantinham-se afastadas da porta que ela guardava.
E agora começava a sentir o horror.
Imagens da sua infância, inundaram o seu cérebro…
A Riley e a mamã estavam numa loja de doces – e a mamã estava a mimar Riley!
Estava a comprar-lhe muitos doces.
Estavam ambas a rir-se e felizes até…
Um homem dirigiu-se a elas. Tinha um rosto estranho, plano e sem expressão, algo parecido com um pesadelo de Riley. Riley demorou alguns segundos a perceber que ele usava uma meia de nylon na cabeça – do tipo que a mamã