A corda do Diabo . Блейк Пирс

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A corda do Diabo  - Блейк Пирс


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o comandante da polícia aqui de Dighton – ele disse, apertando a mão de Jake. – Tivemos alguns incidentes terríveis por aqui. Deixe-me lhe mostrar.

      O comandante seguiu até o poste e, ali, um estranho pacote estava pendurado, todo enrolado em fita adesiva e arame farpado. Novamente, Jake pode ver um rosto e as mãos, indicando que o pacote na verdade era o corpo de um ser humano. Messenger disse:

      - Imagino que você já saiba sobre Alice Gibson, a outra vítima, de Hyland. Isso aqui parece a mesma coisa. Dessa vez, a vítima se chama Hope Nelson.

      Crivaro disse:

      - Alguém deu queixa do desaparecimento dela antes do corpo ser encontrado?

      - Sim, deram sim – Messenger disse, apontando em direção a um homem de meia idade, que parecia atordoado, e estava parado próximo às viaturas. – Hope era casada com Mason Nelson, aquele homem ali—o prefeito da cidade. Ela estava trabalhando no mercado local deles ontem à noite, mas não voltou para casa como Mason esperava. Ele me ligou no meio da noite, muito assustado.

      O comandante encolheu os ombros, demonstrando culpa.

      - Bom, eu estou acostumado com pessoas desaparecendo e depois aparecendo novamente. Eu disse ao Mason que iria atrás disso hoje se ela não aparecesse. Eu não tinha ideia de...

      A voz de Messenger travou. Então, ele suspirou, balançou a cabeça e acrescentou:

      - Os Nelson são donos de muitas propriedades aqui em Dighton. Sempre foram pessoas boas e respeitadas. A pobre Hope não merecia isso. Bom, acho que ninguém merece.

      Outro homem aproximou-se deles. Ele tinha um rosto comprido, mais velho, cabelos brancos e um bigode espesso. O comandante Messenger o apresentou como Hamish Cross, o líder da equipe de examinadores médicos. Mastigando um pedaço de erva, Cross parecia relaxado e pouco curioso com o que estava acontecendo. Ele perguntou a Jake:

      - Você já viu algo assim antes?

      Jake não respondeu. A resposta, é claro, era não.

      Jake aproximou-se do pacote e examinou mais de perto. Ele disse a Cross:

      - Imagino que você tenha trabalhado no outro assassinato.

      Cross assentiu, aproximou-se de Jake e girou a erva em sua boca.

      - Sim – Cross disse. – E esse aqui é muito parecido. Ela não morreu aqui, isso está claro. Foi raptada, amarrada primeiro com fita adesiva e depois com arame farpado, e sangrou devagar, até a morte. Ou isso, ou foi sufocada antes. Amarrada com tanta força assim, ela não devia estar conseguindo nem respirar direito. Tudo isso aconteceu em outro lugar—não tem nenhum sinal de sangue aqui.

      Jake podia ver que o rosto e as mãos estavam brancos como papel, e brilhavam no sol da manhã como pedaços de porcelana. A mulher simplesmente não parecia real, e sim um tipo de escultura grotesca.

      Algumas moscas haviam parado em volta do corpo. Ela caminhavam em volta e voltavam a voar. Pareciam não saber o que fazer com o objeto misterioso.

      Jake voltou a se levantar e perguntou ao Comandante Messenger:

      - Quem encontrou o corpo?

      Em resposta, Jake ouviu a voz de um homem:

      - O que está acontecendo aqui? Quanto tempo mais isso vai levar?

      Jake virou-se e viu um homem de cabelos longos, com barba por fazer, vindo em direção a eles. Ele parecia nervoso, e sua voz estava trêmula. Ele gritou:

      - Quando é que vocês vão tirar esse... essa coisa daqui? Isso é um absurdo. Estou tendo que deixar meu gado num pasto ruim por causa disso. Tenho muita coisa para fazer hoje. Quanto tempo mais isso vai levar?

      Jake virou-se para Hamish Cross e disse, em voz baixa:

      - Você pode tirar o corpo daqui agora mesmo.

      Cross assentiu e deu ordens a sua equipe. Então, tirou o homem bravo dali e falou com ele em voz baixa, aparentemente o acalmando.

      O Comandante Messenger explicou a Jake:

      - Esse é Guy Dafoe, dono do terreno. É um fazendeiro orgânico—um hippie local, podemos dizer. Não está aqui há muito tempo. Acontece que essa área é boa para criar gados orgânicos. As fazendas orgânicas estão abastecendo muito nossa economia local.

      O telefone do comandante tocou e ele atendeu a ligação. Escutou por um momento, e depois disse a Jake:

      - É Dave Tallhamer, o xerife de Hyland. Você deve saber que há um suspeito sob custódia pelo primeiro assassinato—Philip Cardin. Ele é ex-marido da primeira vítima, um cara ruim que não tinha um álibi bom. Tallhamer achou que ele era o culpado. Mas acho que esse novo assassinato muda tudo, não muda? Dave quer saber se deve soltar o cara.

      Jake pensou por um momento, e então respondeu:

      - Não até que eu possa conversar com ele.

      Com uma expressão de curiosidade, Messenger disse:

      - Ué, estar preso em uma cela quando a mulher foi morta basicamente não o inocenta?

      Jake segurou um suspiro de impaciência. Ele simplesmente repetiu:

      - Eu quero falar com ele.

      Messenger concordou e voltou a falar com o xerife no telefone.

      Jake não queria ter que explicar nada naquele momento. A verdade é que ele não sabia absolutamente nada sobre o suspeito sob custódia, nem sequer se ele era mesmo suspeito. Pelo que Jake sabia, Philip Cardin poderia ter um parceiro que cometera esse novo assassinato, ou então...

      Só Deus sabia o que estava acontecendo.

      Naquele ponto da investigação, havia sempre milhares de perguntas e nenhuma resposta. Jake esperava mudar esse panorama em breve.

      Enquanto Messenger seguiu falando ao telefone, Jake caminhou até o marido da vítima, que estava encostado em uma viatura, olhando para o nada. Jake disse:

      - Senhor Nelson, sinto muito por sua perda. Eu sou o Agente Especial Jake Crivaro, e estou aqui para ajudar a trazer justiça ao assassino da sua mulher.

      Nelson assentiu levemente, como se mal soubesse com quem estava falando. Jake disse, com sua voz firme:

      - Senhor Nelson, você tem alguma ideia de quem pode ter feito isso? Ou por quê?

      Nelson olhou para ele com uma expressão confusa.

      - Quê? – Ele disse. Então, repetiu: - Não, não, não.

      Jake sabia que não fazia sentido fazer mais perguntas ao homem, pelo menos não naquele momento. Ele estava claramente em estado de choque, e aquilo não era surpreendente. A esposa dele não só estava morta, mas havia sido assassinada de um jeito grotesco.

      Jake voltou à cena do crime, onde os peritos já estavam trabalhando.

      Ele olhou em volta, notando como o local parecia ser isolado. Pelo menos, não havia uma multidão de curiosos por perto.

      E até então, nenhum sinal da mídia.

      Mas então, ele ouviu o som de outro helicóptero. Olhou em volta e viu o helicóptero de uma TV, descendo em direção ao campo.

      Jake suspirou profundamente e pensou...

      Esse caso vai ser complicado.

      CAPÍTULO SEIS

      Riley encheu-se expectativa quando o orador se posicionou em frente aos cerca de 200 recrutas. O homem parecia pertencer a uma época diferente, com seu terno fino, gravata slim preta e corte de cabelo bagunçado. Ele lembrava Riley de fotos que ela havia visto de astronautas dos anos 60. Ao mexer em algumas anotações, ele olhou para seu público, e ela esperou ouvir palavras de boas-vindas e elogios.

      O Diretor da Academia Lane Swanson começou exatamente como ela esperava.


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