Despedaçadas . Блейк Пирс
Читать онлайн книгу.Resmungou Meredith. “Quanto mais depressa melhor.”
Riley percebeu pelo seu tom que o assunto era urgente.
“Vou já ter consigo,” Disse Riley. “Quem vai colocar na equipa?”
“Isso é consigo,” Disse Meredith. “Você e os Agentes Jeffreys e Roston trabalharam bem juntos no caso Sandman. Fique com ambos se lhe parecer bem. E venham para cá imediatamente.”
Sem dizer mais uma palavra, Meredith desligou a chamada.
Riley retomou a chamada de Jenn.
Disse, “Jenn, entregar o distintivo não é uma opção. Não agora. Preciso de ti num caso. Encontramo-nos no gabinete do Brent Meredith. E despacha-te.”
Sem esperar por uma resposta, Riley terminou a chamada. Ao ligar para Bill Jeffreys pensou…
Talvez outro caso seja aquilo de que a Jenn precisa agora.
Riley esperava que sim.
Entretanto, teve uma sensação familiar de aumento de vigilância ao apressar-se para finalmente descobrir de que tratava o novo caso.
CAPÍTULO QUATRO
Cerca de meia hora mais tarde, Riley estacionou o carro no parque de estacionamento de Quantico. Quando perguntara a Meredith quando a queria no seu gabinete, ouviu uma urgência séria na sua voz…
“Imediatamente. Quanto mais depressa melhor.”
É claro que quando Meredith lhe ligava para casa, o tempo era sempre de vital importância – por vezes literalmente, como sucedera no seu último caso. O Sandman usara ampulhetas para marcar as horas até ao seu próximo homicídio brutal.
Mas hoje, algo no tom de voz de Meredith lhe dizia que esta situação tinha uma urgência singular.
Ao estacionar, viu que Bill e Jenn também chegavam nos seus próprios carros. Saiu do seu carro e ficou à espera deles.
Sem trocarem muitas palavras, os três caminharam na direção do edifício. Riley viu que, tal como ela, Bill e Jenn tinham trazido as suas malas. Não fora preciso ninguém lhes dizer que teriam que sair de Quantico a qualquer momento.
Entraram no edifício e dirigiram-se ao gabinete do Chefe Meredith. Mal chegaram à sua porta, o imponente homem Afro-Americano irrompeu no corredor. Tinha obviamente sido avisado da sua chegada.
“Não há tempo para uma conferência,” Disse aos três agentes. “Falamos enquanto caminhamos.”
Ao caminharem com Meredith, Riley percebeu que iam a caminho da pista de Quantico.
Estamos mesmo com pressa, Pensou Riley. Era invulgar não ter pelo menos uma breve reunião para os pôr a par de um novo caso.
A caminhar ao lado de Meredith, Bill perguntou, “De que é que se trata, Chefe?”
Meredith disse, “Neste momento temos um corpo decapitado numa linha ferroviária perto de Barnwell, Illionois. É uma linha fora de Chicago. Uma mulher foi presa à linha e atropelada por um comboio de carga há algumas horas atrás. É o segundo homicídio do género num espaço de quatro dias e parecem haver semelhanças óbvias. Parece que temos pela frente um assassino em série.”
Meredith começou a caminhar mais rapidamente e os três agentes apressaram-se para o conseguir acompanhar.
Riley perguntou, “Quem chamou o FBI?”
Meredith disse, “Recebi a chamada de Jude Cullen, o Chefe da Polícia dos Caminhos-de-Ferro da região de Chicago. Ele diz que quer profilers lá imediatamente. Eu disse-lhe para não mexer no corpo até os meus agentes o observarem.”
“É uma situação difícil. Está programada para hoje a passagem de mais três comboios de carga naquela linha e ainda um comboio de passageiros. Neste momento, estão todos em espera e já está a tornar-se complicado. Têm que ir para lá o mais rapidamente possível e analisar a cena do crime para que o corpo possa ser retirado e os comboios possam voltar a circular. E depois…”
Meredith prosseguiu.
“Bem, têm um assassino para apanhar. E tenho a certeza de que todos concordam comigo numa coisa – ele vai matar novamente. Neste momento, sabem tanto do caso quanto eu. O Cullen terá que vos informar do resto.”
O grupo entrou na pista onde um pequeno avião já os esperava com os motores a funcionar.
Meredith disse, “Serão recebidos em O’Hare por alguns polícias. Eles vão conduzir-vos diretamente à cena do crime.”
Meredith voltou-se de costas e regressou ao edifício, enquanto Riley e os colegas subiam os degraus do avião. A precipitação da sua partida quase deixou Riley tonta. Não se lembrava de Meredith alguma vez os ter informado de um caso daquela forma.
Mas não era surpreendente tendo em consideração que o tráfego ferroviário estava suspenso. Riley nem conseguia imaginar as enormes dificuldades que isso estaria a causar naquele momento.
Assim que o voo estabilizou em velocidade de cruzeiro, os três agentes abriram os seus computadores e estiveram online para procurar a mais ínfima informação que conseguissem sobre o assunto.
Riley viu de imediato que a notícia das mortes recentes já se espalhava, apesar do nome desta última vítima ainda não ser conhecido. Mas viu que o nome da vítima anterior era Fern Bruder, uma mulher de vinte e cinco anos cujo corpo decapitado fora encontrado numa linha perto de Allardt, Indiana.
Riley não conseguiu encontrar muitas mais informações online sobre os homicídios. Se a polícia tinha suspeitos ou tinha conhecimento de alguma motivação, essa informação ainda não era do conhecimento público – o que era uma coisa positiva.
Ainda assim, era frustrante não poder saber mais naquele momento.
Com tão pouco em que trabalhar em relação ao caso, Riley deu por si a pensar nos acontecimentos daquele dia. Ainda sentia a emoção da perda de Liam – apesar de perceber…
“Perda” não era a palavra mais correta.
Não, ela e a família tinham feito o melhor por aquele rapaz. E agora as coisas tinham-se resolvido da melhor forma e Liam estava ao cuidado de pessoas que o amariam e tomariam bem conta dele.
Ainda assim, Riley interrogou-se…
Porque é que sinto isto como uma perda?
Riley também tinha sentimentos contraditórios acerca da compra da arma para April e de levá-la à carreira de tiro. A demonstração de maturidade de April deixara Riley orgulhosa, assim como a sua boa pontaria. Riley também ficou profundamente sensibilizada pelo facto da filha querer seguir as suas pisadas.
E no entanto… Riley não consegui evitar lembrar-se…
Estou a caminho de ver um corpo decapitado.
Toda a sua carreira era uma longa fiada de horrores. Era esta a vida que queria para April?
Não depende de mim, Lembrou Riley a si própria. Depende dela.
Riley também sentiu a estranheza daquela conversa telefónica com Jenn ainda há pouco. Tanto ficara por dizer e Riley não fazia ideia do que se passaria naquele preciso momento entre Jenn e a Tia Cora. E claro, agora não era o momento para falar sobre isso – não com Bill ali sentado com elas.
Riley não conseguia evitar pensar…
Teria Jenn razão? Deveria entregar o distintivo?
Estaria Riley a fazer um favor à jovem agente ao encorajá-la para permanecer no FBI?
E estaria Jenn no melhor momento para se envolver num novo caso?
Riley olhou para Jenn, sentada em frente ao computador.
Jenn parecia completamente focada naquele