Abatidos . Блейк Пирс

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Abatidos  - Блейк Пирс


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Pensou.

      Hatcher tinha-a ajudado a descobrir o assassino da mãe. Em troca, ela permitira que ele vivesse na velha cabana do pai.

      Para além disso, ela sabia que estava em dívida para com ele. Ajudara-a a resolver casos – mas fizera muito mais.

      Até salvara a vida da filha e do ex-marido.

      Riley abriu a boca para falar, para protestar.

      Mas não saíram palavras.

      Em vez disso, foi Hatcher quem falou.

      “Estamos unidos pelo cérebro, Riley Paige.”

      Riley foi acordada por um abanão.

      O avião tinha aterrado no Aeroporto Internacional de San Diego.

      O sol erguia-se para lá da pista de aterragem.

      O piloto falou pelo intercomunicador anunciando a chegada e pedindo desculpas pela aterragem turbulenta.

      Os outros passageiros estavam a reunir os seus pertences e preparavam-se para sair.

      Quando Riley se levantou e pegou na sua mala, recordou-se do perturbador sonho que tivera.

      Riley não era supersticiosa – mas ainda assim não conseguia deixar de pensar…

      Seriam o sonho e a aterragem atribulada o presságio de algo?

      CAPITULO OITO

      A manhã estava luminosa quando Riley entrou no seu carro alugado e saiu do aeroporto. O tempo estava fantástico com uma temperatura a rondar uns confortáveis 20°C. Apercebeu-se de que a maioria das pessoas pensaria de imediato em apreciar a praia ou a piscina.

      Mas Riley sentia uma apreensão a insinuar-se.

      Pensou melancolicamente se alguma vez conseguiria ir à Califórnia só para desfrutar do tempo – ou ir para outro lugar qualquer para relaxar.

      Parecia que o mal esperava por ela para onde quer que fosse.

      A história da minha vida, Pensou.

      Ela sabia que devia a si própria e à sua família quebrar aquele padrão – descansar e levar as miúdas a algum lado para se divertirem.

      Mas quando é que isso ia acontecer?

      Soltou um suspiro triste e cansado.

      Talvez nunca, Pensou.

      Não dormira muito no avião e sentia o jet lag das três horas de diferença entre San Diego e a Virginia.

      Ainda assim, estava ansiosa para começar o novo caso.

      Ao dirigir-se a norte na autoestrada de San Diego, passou por edifícios modernos embelezados com palmeiras. Passado pouco tempo estava fora da cidade, mas o trânsito na autoestrada de faixas múltiplas não diminuiu. A rápida procissão de veículos rápidos dirigia-se ao sol da manhã agora acentuado pela paisagem íngreme.

      Não obstante o cenário, o Sul da Califórnia pareceu-lhe menos pacato do que esperava. Tal como ela, todos os que se encontravam no interior dos carros estava com pressa para ir a algum lugar importante.

      Virou numa saída que indicava “Fort Nash Mowat”. Alguns minutos depois, parou à portas da base, mostrou o distintivo e foi-lhe dada permissão para entrar.

      Riley já tinha enviado uma mensagem a Bill e Lucy para lhes dar conhecimento de que ia a caminho, por isso estavam à espera do carro. Bill apresentou a mulher sem uniforme que estava na sua companhia como sendo a Coronel Dana Larson, a comandante do gabinete ICE de Fort Mowat.

      Riley ficou de imediato impressionada por Larson. Era uma mulher forte e robusta com intensos olhos negros. O seu aperto de mão deu logo a Riley uma sensação de confiança e profissionalismo.

      “Prazer em conhecê-la, Agente Paige,” Disse a Coronel Larson numa voz cristalina e vigorosa. “A sua reputação precede-a.”

      Os olhos de Riley dilataram-se.

      “Estou surpreendida,” Disse ela.

      Larson riu-se um pouco.

      “Não esteja,” Disse ela. “Também faço parte das forças de segurança e estou a par das ações da UAC. Sentimo-nos honrados por estar aqui em Fort Mowat.”

      Riley sentiu-se corar um pouco ao agradecer à Coronel Larson.

      Larson chamou um soldado que estava próximo que energicamente se aproximou e lhe fez continência.

      Ele disse, “Cabo Salerno, quero que leve o carro da Agente Paige de regresso ao aeroporto. Ela não vai precisar dele aqui.”

      “Sim senhora,” Disse o cabo, “De imediato.” Entrou no carro de Riley e conduziu para fora da base.

      Riley, Bill e Lucy entraram no outro carro.

      Enquanto a Coronel Larson conduzia, Riley perguntou, “O que é que perdi até agora?”

      “Não muito,” Disse Bill. “A Coronel Larson recebeu-nos aqui a noite passada e mostrou-nos o nosso alojamento.”

      “Ainda não conhecemos o Comandante da base,” Acrescentou Lucy.

      A Coronel Larson disse-lhes, “Estamos a caminho de conhecer o Coronel Dutch Adams agora mesmo.”

      Depois com uma risada, acrescentou, “Não esperem uma receção calorosa. Agentes Paige e Vargas, refiro-me especialmente a vocês.”

      Riley não estava muito certa a que é que Larson se referia. Ficaria o Coronel Adams contrariado pelo facto da UAC ter enviado duas mulheres? Riley nem conseguia imaginar porquê. Para onde quer que Riley olhasse, via homens e mulheres de uniforme juntos. E com a Coronel Larson na base, com certeza que Adams estaria habituado a lidar com uma mulher figura de autoridade.

      A Coronel Larson estacionou em frente a um edifício administrativo moderno e conduziu os agentes ao seu interior. Ao aproximarem-se, três jovens endireitaram-se e fizeram continência à Coronel Larson. Riley viu que os seus casacos da ICE eram iguais aos utilizados pelos agentes de campo do FBI.

      A Coronel Larson apresentou os três homens como sendo o Sargento Matthews e os membros da sua equipa, os Agentes Especiais Goodwin e Shores. Depois todos entraram na sala de reuniões onde já eram aguardados pelo próprio Coronel Dutch Adams.

      Matthews e os seus agentes saudaram Adams, mas a Coronel Larson não o fez. Riley apercebeu-se que se tratava porque o seu posto era idêntico. Rapidamente percebeu que a tensão entre os dois coronéis era palpável, quase dolorosa.

      E como previsto, Adams parecia claramente desagradado por ver Riley e Lucy.

      Agora Riley começava a perceber a situação.

      O Coronel Dutch Adams era um oficial de carreira da velha escola que não estava habituado a ver homens e mulheres a servirem lado a lado. E a julgar pela sua idade, Riley tinha a certeza de que nunca se habituaria. O mais certo era aposentar-se com os seus preconceitos intactos.

      Ela tinha a certeza de que Adams se devia ressentir especialmente da presença da Coronel Larson na sua base – uma mulher oficial sobre quem não tinha qualquer autoridade.

      Quando o grupo se sentou, Riley sentiu um arrepio assustador de familiaridade ao estudar o rosto de Adams. Era largo e longo, esculpido severamente como os rostos de muitos outros oficiais militares que conhecera ao longo da sua vida – incluindo o seu pai.

      Na verdade, Riley considerou a parecença do Coronel Adams com o seu pai bastante perturbadora.

      Ele falou para Riley e colegas num tom excessivamente oficial.

      “Bem-vindos a Fort Nash Mowat. Esta base opera desde 1942. Tem uma extensão de setenta e cinco mil hectares, tem mil e quinhentos edifícios e mais de quinhentos quilómetros de estradas. Encontrarão aqui todos os dias seis mil pessoas. Tenho orgulho em dizer que é a melhor base de treinos do Exército do país.”


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