Acorrentadas . Блейк Пирс

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Acorrentadas  - Блейк Пирс


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fora, atrás e à frente da casa.”

      Bowers e Wright foram diretamente para o corredor e puxaram a escada para subirem até ao sótão. Ambos empunhavam as suas armas. Um esperou no fundo da escada, enquanto o outro subia e apontava uma lanterna em todas as direções. Dali a momentos, o homem desapareceu no interior do sótão.

      E logo depois uma voz ressoou, anuncinado, “Não está aqui ninguém.”

      Riley queria sentir-se aliviada. Mas a verdade era que desejava que Peterson estivesse ali em cima. Seria preso ali naquele momento, ou ainda melhor, alvejado, morto. E tinha a certeza de que não estaria nem atrás, nem à frente da casa.

      “Tem uma cave?” Perguntou o polícia responsável.

      “Não, só uma pequena arrecadação,” Respondeu Riley.

      O polícia vociferou lá para fora, “Benson, Pratt, vejam debaixo da casa.”

      April ainda estava desesperadamente agarrada à mãe.

      “O que é que se passa, Mãe?” Perguntou.

      Riley hesitou. Durante anos, evitara contar a April a verdade crua do seu trabalho. Contudo, recentemente compreendera que tinha sido excessivamente protetora. Então, contara a April o traumático cativeiro sofrido às mãos de Peterson, ou pelo menos, o que considerou suportável para ela. Também partilhara com ela as dúvidas quanto à morte do homem.

      Mas o que diria agora a April? Não sabia ao certo.

      Antes de Riley se decidir, April disse, “É o Peterson, não é?”

      Riley abraçou a filha com força. Anuiu, tentando esconder o arrepio que lhe trespassou o corpo.

      “Ele ainda está vivo.”

      CAPÍTULO 2

      Uma hora mais tarde, a casa de Riley estava repleta de pessoas de uniforme e agentes do FBI. Agentes federais armados até aos dentes e uma equipa de análise de provas estavam a trabalhar com a polícia.

      “Embala essas pedras na cama,” Ordenou Craig Huang. “Têm que ser examinados para se detetarem impressões digitais ou ADN.”

      Inicialmente, Riley não ficara muito satisfeita por ver que Huang era o agente encarregue de analisar o sucedido em sua casa. Ele era muito jovem e a anterior experiência de trabalho com ele não tinha corrido da melhor forma. Mas agora via que dava ordens sólidas e organizava a cena de forma eficiente. Huang estava a amadurecer.

      A equipa de análise de provas já estava a trabalhar, percorrendo cada recanto da casa à procura de impressões digitais. Outros agentes tinham desaparecido na escuridão atrás da casa, tentando detetar marcas de veículos ou algum rasto na floresta. Agora que tudo parecia orientado, Huang levou Riley até à cozinha. Sentaram-se à mesa e April juntou-se a eles, ainda combalida.

      “O que achas?” Perguntou Huang a Riley. “Há alguma hipótese de ainda o encontrarmos?”

      Riley suspirou, desanimada.

      “Não, temo que já não seja possível. Deve ter estado aqui no início da noite, antes de eu e a minha filha chegarmos a casa.”

      Naquele preciso momento, uma agente envergando um fato Kevlar, surgiu vinda das traseiras da casa. Tinha cabelo escuro, olhos negros, tez morena e aparentava ser ainda mais nova do que Huang.

      “Agente Huang, descobri uma coisa,” Anunciou. “Arranhões na fechadura da porta das traseiras. Parece que alguém a abriu.”

      “Bom trabalho, Vargas,” Disse Huang. “Agora sabemos como entrou. Pode ficar com a Riley e a filha por um momento?”

      O rosto da jovem mulher acendeu-se de satisfação.

      “Claro que sim,” Respondeu.

      Sentou-se à mesa e Huang saiu da cozinha para se juntar aos outros.

      “Agente Paige, sou a Agente María de la Luz Vargas Ramírez.” Depois, disse sorrindo. “Eu sei, é um bocado complicado. É uma característica Mexicana. Tratam-me por Lucy Vargas.”

      “Estou contente por estar aqui, Agente Vargas,” Transmitiu-lhe Riley.

      “Trate-me só por Lucy.”

      A jovem mulher permaneceu silenciosa durante algum tempo, limitando-se a olhar para Riley. Por fim, disse, “Agente Paige, espero não estar a pisar o risco ao dizer isto, mas… É um verdadeiro prazer conhecê-la. Sigo o seu trabalho desde que comecei o curso. Tudo o que fez é simplesmente incrível.”

      “Obrigada,” Agradeceu Riley.

      Lucy sorriu com admiração. “Quero dizer, a forma como resolveu o caso Peterson – toda a história é surpreendente.”

      Riley abanou a cabeça.

      “Quem me dera que as coisas fossem assim tão simples,” Declarou. “Ele não está morto. Foi ele quem entrou hoje na minha casa.”

      Lucy fitou-a, atordoada.

      “Mas toda a gente diz…” Começou Lucy.

      Riley interrompeu-a.

      “Mais alguém pensava que ele estava vivo. Marie, a mulher que salvei. Ela tinha a certeza que ele ainda andava por aí a provocá-la. Ela…”

      De súbito, Riley parou, recordando dolorosamente o corpo de Marie pendurado no seu próprio quarto.

      “Ela suicidou-se,” Rematou Riley.

      Lucy parecia horrorizada e surpreendida em simultâneo. “Lamento,” Disse.

      Naquele momento, Riley ouviu uma voz familiar dirigir-se a ela.

      “Riley? Estás bem?”

      Virou-se e viu Bill Jeffreys de pé na soleira da porta da cozinha, com um ar ansioso. A UAC devia tê-lo alertado sobre o sucedido e fora até lá por sua conta e risco.

      “Estou bem, Bill,” Respondeu. “E a April também. Senta-te.”

      Bill sentou-a à mesa com Riley, April e Lucy. Lucy fitava-o, aparentemente deslumbrada por conhecer o antigo parceiro de Riley, outra lenda do FBI.

      Huang voltou à cozinha.

      “Não está ninguém na casa ou fora dela,” Informou Riley. “O meu pessoal reuniu todas as provas que encontraram. Dizem que não é muito para se chegar a alguma conclusão. Terão que ser os técnicos do laboratório a determinar se é material sustentável ou não.”

      “Já temia isso,” Sentenciou Riley.

      “Parece-me que já terminámos por esta noite,” Disse Huang. E saiu da cozinha para dar as últimas ordens aos agentes.

      Riley virou-se para a filha.

      “April, esta noite vais ficar na casa do teu pai.”

      Os olhos de April abriram-se muito.

      “Não te vou deixar aqui,” Disse April. “E não quero ficar com o pai.”

      “Tens que ficar,” Forçou Riley. “Aqui podes não estar segura.”

      “Mas Mãe…”

      Riley interrompeu-a. “April, há coisas que ainda não te contei sobre este homem. Coisas terríveis. Estás segura com o teu pai. Vou-te buscar amanhã depois das aulas.”

      Antes de April protestar mais uma vez, Lucy falou.

      “A tua mãe tem razão, April. Confia no que te digo. Aliás, encara-o como uma ordem minha. Vou escolher dois agentes para te levarem a casa do teu pai. Agente Paige, com sua autorização, posso ligar ao seu ex-marido e contar-lhe o que se passa.”

      Riley ficou surpreendida com a oferta de Lucy. Mas também ficou satisfeita. De forma quase estranha, Lucy parecia


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