Guerreiro Dos Sonhos. Brenda Trim
Читать онлайн книгу.por outro lado, não sabia nada sobre relacionamentos íntimos. Fez sexo com fêmeas, mas não havia nada mais profundo do que atender às demandas físicas de seu corpo. Isso fazia dele um bastardo grosseiro, mas a alma de sua Companheira Predestinada não havia permitido nada além disso. Ele não foi capaz de dar as costas àquela presença sagrada.
O doce perfume de madressilva fez sua atenção voltar-se para a fêmea diante dele. Estranhamente, queria apagar a dor daquela mulher. Ela havia sofrido terrivelmente e ele descobriu que detestava a tristeza dela. Isto era inédito para ele; bem, não tão inédito. Já era ruim o suficiente ele desejar a humana, mas agora queria lhe dar afeição e conforto.
De repente, Orlando virou-se e colocou as duas mãos nos ombros dele.
— Relaxe, amo. Você está em todo tenso. Não podemos minimizar o risco que ela suscita em você — sussurrou Orlando, baixo demais para ela ouvir. Zander ficou chocado com a declaração. Não sabia que suas emoções eram tão instáveis. Precisava se lembrar de que a empatia transmitia tudo o que estava sentindo e que devia manter um controle melhor.
Zander assentiu, agradecido. Soltou um suspiro pesado que levava o peso de sua agonia. Seu pênis ardia para provar aquela fêmea, e seu coração queria alcançá-la o tempo todo, enquanto sua cabeça argumentava que ela era muito frágil. Temia a condição de humana dela, mas ainda a desejava. Não havia uma parte de seu corpo que estivesse de acordo com a outra.
— Está tudo bem? — A voz sensual dela acendeu a centelha de seu desejo, aquecendo-o ainda mais. Ele olhou por cima do ombro de Orlando quando o guerreiro se virou.
Ela estava de calça jeans folgada e um suéter rosa, macio, que escondia a pele nua do olhar dele. Ela sorriu para algo que Orlando respondeu, e o mundo dele girou em torno de seu eixo.
O doce aroma de madressilva acelerou seus sentidos. O perfume assolava-o, pela necessidade do corpo e do sangue dela. Mas algo se encaixava e, por um momento, não lhe importava mais se ela era humana ou se havia pertencido a outra pessoa. Ele iria tê-la. Não podia mantê-la para si mas, pela Deusa, precisava estar dentro dela antes que ela morresse.
Ele ignorou a dor aguda que o pensamento da morte lhe causou. Estava muito consumido pela intensidade de seu desejo por uma humana frágil, quando nunca havia tido a mínima ideia do que seria sentir atração por um humano.
Estava nervoso com as reações incontroláveis de seu corpo. Naquele momento, seu pênis estava rígido como granito, dirigindo-se para o estado de diamante, enquanto ele examinava lentamente a constituição esbelta de corredora de Elsie, os lábios cheios e beijáveis, e seios perfeitos e atrevidos que pressionavam sedutoramente o top rosa. Ele surpreendeu-se com a luxúria que corria em suas veias e sua incapacidade de controlá-la em qualquer aspecto.
Não que quisesse controlar qualquer parte dela. Queria que a paixão fora de controle consumisse os dois. Normalmente, ele tinha total controle e nunca havia experimentado essas sensações. Olhou para a luminescência da pele clara, de um tom de pêssego, e quase gozou nas calças. Arrebatadora.
— Está tudo bem, apenas cansado por trabalhar longas horas — respondeu Orlando, com suavidade. — Podemos entrar?
— Claro — concordou ela.
A porta se fechou e ele ouviu a fêmea destrancando as fechaduras. Seguiu Orlando e Santiago para dentro da pequena residência. Ao passar pelo pequeno corpo dela, notou que suas pupilas se dilatavam e ouviu seu coração disparar como se ela estivesse sendo perseguida por um lobo raivoso. A excitação dela era inconfundível. Era muito desconcertante que ele estivesse com ciúmes de que isso pudesse ser direcionado a um dos outros homens.
Incapaz de resistir, ele estendeu a mão até a dela. No momento em que suas peles se tocaram, ele foi transportado para outro plano. Formigamentos elétricos percorreram seu corpo, e seu sêmen correu para seu membro. Ele respirou fundo para se acalmar. Era contraproducente. O perfume intoxicante de madressilva tornou-se mais forte com a excitação dela. Ele estava quase perdendo o controle, mas sua preocupação com o corpo frágil dela foi capaz de lidar com as sensações que corriam por todo o seu corpo e que o mantinham sob controle.
— Elsie — murmurou ele, enquanto inclinava a cabeça e levava a mão dela à boca para um beijo. O beijo foi suave e breve demais para o seu gosto. Ele era um animal voraz que não queria nada além de devorá-la.
— É um prazer conhecê-la oficialmente. Orlando e Santiago me contaram a respeito do seu caso. Entre nós três, descobriremos quem fez isso e garantiremos que paguem — prometeu Zander.
Ele ouviu a respiração acentuada dela e capturou seus pensamentos confusos e selvagens. Ela o queria tanto quanto ele a queria, mas havia tanta agitação. Ele forçou os dedos a relaxarem e a soltou.
Ela o encarou novamente, um belo rubor manchou seu rosto e, por fim, respondeu:
— É um prazer conhecê-lo também. Nós… bem… minha irmã e eu vimos você e outro cara naquele restaurante, ontem à noite. Não foi?
— Sim, viu. Lembro-me claramente. — A maneira como os mamilos dela se retesaram sob o top ficaria gravada para sempre em sua mente. A lembrança era o suficiente para que seu membro engrossasse ainda mais. Mais ainda e ele poderia possuí-la ali mesmo. Ainda bem que ele gostava de viver no limite. Ele hesitou por uma fração de segundo antes de fechar a porta. De quanto perigo ele gostava? Era impossível voltar as costas e ir embora agora.
Elsie corou, tornando-se ainda mais bonita.
— Por favor, sente-se e sinta-se confortável. Esta é minha irmã Cailyn. — Ela apontou para o divã verde-claro e a mulher em pé no espaço entre a pequena cozinha e a sala de estar.
Ele notou o apartamento lotado e os móveis escassos. Embora parecesse que Elsie não tinha muito dinheiro e vivia com simplicidade, viu que ela estava orgulhosa do que tinha e mantinha seu espaço limpo e arrumado.
Ele voltou sua atenção para a irmã dela. Elas tinham algumas características em comum, mas Elsie era, na opinião dele, a irmã mais bonita. Ele estendeu a mão.
— É um prazer, Cailyn. — Ele apertou a mão dela e fez um gesto para Santiago. — Trouxemos o jantar conosco. Espero que gostem de comida tailandesa.
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* * *
Elsie observou silenciosamente enquanto eles preparavam a comida e conversavam com a irmã. Jantar? Aqueles não eram policiais típicos. Ela mal os havia conhecido e então eles apareceram agindo como se fossem amigos que estiveram afastados há muito tempo. Sua coluna enrijeceu, ela havia aprendido o suficiente nos últimos dezoito meses para saber que não podia confiar em nada.
Uma palma quente pousou em seu ombro. Ela olhou por cima do ombro para Zander e encontrou os olhos azuis-safira dele. Aquele simples toque foi um choque elétrico, seguido por uma sensação abrasadora, e sentiu o desejo chamuscá-la. Ela havia achado que seu corpo estava morto há muito tempo, mas ele o trouxe de volta à vida.
De modo algum ela era virgem, pois o único homem com quem já estivera foi Dalton. E, apesar de satisfatória, eles não tiveram uma vida sexual muito ousada. Com Zander, ela queria fazer coisas perversas. E isso a aterrorizava mais do que qualquer outra coisa.
Seu demônio sexual interior queria lamber cada centímetro do corpo dele e montá-lo até a exaustão. Era tudo tão confuso. Ela se afastou dele, precisando de espaço. O toque dele era muito perturbador.
— Você não está comendo, moça. Sente-se e vou lhe servir alguma comida. — O sotaque escocês dele era delicioso. Havia algo que lhe chamava a atenção em um cara com sotaque.
— Não, obrigada. Você sempre é tão autoritário?
— Aye, sou — respondeu Zander com um sorriso que levantou um canto da boca. Elsie não pôde deixar de sorrir também e encarar os lábios dele, faminta por saboreá-los.
Estava atraída por aquele homem, apesar do fato de ele parecer capaz