Marido e mulher. Lindsay Armstrong
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2002 Lindsay Armstrong
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Marido e mulher, n.º 682 - agosto 2020
Título original: Marriage on Command
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-537-9
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
Damien Moore era alto, moreno e não parecia impressionado, pensou Lee Westwood ao ver como Damien arqueava uma sobrancelha, depois de a estudar exaustivamente. Enquanto se sentava numa cadeira que ele apontava com um gesto displicente, pensou que o seu movimento não era tão elegante como o dos que trabalhavam no refeitório da Moore & Moore. Trazia umas calças novas, apertadas, umas botas castanhas e uma blusa verde que tinha escolhido cuidadosamente para combinar com os seus olhos. O cabelo, brilhante, estava apanhado, como sempre. Há muito tempo que não se preocupava em se arranjar.
A única nota discordante era a sua velha mala, que pendurou nas costas da cadeira. Tinha-se esquecido de a trocar por outra mais elegante.
Por outro lado, também esperava que o sócio maioritário da Moore & Moore fosse mais velho. Aquele homem devia ter trinta e poucos anos, pensou. Também não esperava que fosse tão atraente. Magro, ombros largos, vivos, olhos escuros, expressão inteligente e um inegável ar de autoridade. Embora a autoridade fosse algo de esperar, pensou, enquanto ele se sentava atrás da mesa.
De todas as formas, não ia permitir que aquele homem a intimidasse.
– Preciso de apoio legal, senhor Moore – disse Lee, calmamente.
Ele recostou-se na cadeira e cruzou os dedos.
– Pelo que me apercebi, foi isso que comunicou à minha secretária em repetidas ocasiões – comentou ele, secamente.
– Não é fácil marcar um encontro consigo – replicou Lee. – É óbvio que se valoriza demasiado, senhor Moore – acrescentou de uma forma cortante.
Um leve brilho de diversão iluminou os escuros olhos do homem, por um momento.
– Os meus honorários não são baixos, desde logo, mas se isso é um problema, não entendo por que é que insistiu tantas vezes em ver-me, senhora… – disse consultando a ficha que tinha em frente – Westwood.
– O caso, senhor… Moore – disse Lee burlescamente, – é que investiguei e parece que você é o melhor. Tão simples quanto isso – concluiu e encolheu os ombros. – No que se refere a honorários, tenho poupanças que devem ser suficientes – acrescentou.
Damien Moore resistiu à tentação de sorrir, enquanto estudava a ruiva atrevida que tinha diante de si. É verdade que tinha tornado a sua secretária louca, pelo que deduziu que o mais sábio seria desfazer-se dela antes que o deixasse a ele também louco. Mas como ia fazer isso a uma rapariga com uns 23 anos que parecia ter todas as suas poupanças numa carteira velha?
Damien ergueu-se na cadeira.
– De acordo, senhora Westwood. Conte-me o problema em que se meteu.
– Não me meti em nenhum problema – disse Lee, dorida. – Cumpro sempre a lei.
– Então, por que é que está aqui? – perguntou ele com impaciência.
– Os meus avós… – começou ela, mas deteve-se para ordenar as ideias. – Convenceram-nos que investissem todas as suas poupanças num plano de investimento duvidoso. Não só não receberam nada em troca do seu dinheiro, como também o responsável desapareceu.
Damien Moore pegou na sua caneta de prata. Parecia céptico.
– Em primeiro lugar, por que é que não vieram os seus avós em pessoa?
– Eles… são boa gente. Quando os meus pais morreram num acidente de carro, eles encarregaram-se de mim. Eu tinha seis anos. Mas… são pouco vividos – explicou ela. – Suponho que foi essa a razão pela qual se deixaram enganar. No entanto, tenho a intenção de recuperar todas as suas poupanças.
– Já vejo. Aí é onde eu entro, suponho.
– Para ser sincera – admitiu Lee, – esperava consegui-lo sozinha. Mas não tive sucesso.
– Que meios usou para recuperar as poupanças dos seus avós? – perguntou ele.
Lee entrelaçou os dedos e demorou algum tempo a responder.
– Primeiro fui à polícia, mas disseram-me que era um assunto civil. O contrato protegia o responsável do plano, por isso eu… acampei um par de vezes à porta da sua casa com uma tabuleta.
«Não te rias, Damien Moore», disse a si mesmo.
– Na porta da casa do homem que supostamente