O príncipe cruel. Jane Porter
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Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
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28001 Madrid
© 2019 Jane Porter
© 2020 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O príncipe cruel, n.º 1838 - outubro 2020
Título original: The Prince’s Scandalous Wedding Vow
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-985-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Prólogo
O príncipe Alexander Julius Alberici sabia que tinha chegado o momento de mudar. A 27 de junho ia casar-se com a princesa Danielle e teria de voltar para Aargau, o seu reino numa ilha do Mediterrâneo, para os festejos antes do casamento. Depois da cerimónia e da lua de mel, que se prolongaria por duas semanas, poderia voltar para Paris com a sua esposa para continuar a supervisionar um grupo ecologista que se dedicava a melhorar a sustentabilidade de ecossistemas frágeis.
O trabalho era a sua paixão e Danielle tinha-lhe dado o seu apoio, um ponto a seu favor neste que, afinal, era um casamento arranjado. Também tinha aceitado viver onde quer que ele quisesse, com a certeza de que acabariam a viver em Aargau quando Alexander tivesse de ocupar o cargo do seu pai e subir ao trono, algo que parecia estar muito longínquo porque o pai era um homem atlético e vigoroso. Bom, costumava sê-lo, até que aquela constipação de inverno se prolongou até à primavera e depois, em meados de abril, foi diagnosticado um cancro de pulmão ao rei Bruno Titus Alberici. Deram-lhe apenas uns meses de vida.
Alexander nunca fora muito próximo do seu pai. O povo podia adorar o rei Bruno, mas era frio e implacável em casa, embora ela não conseguisse imaginar o mundo sem o seu implacável pai. Naquele momento, o seu pai estava decidido a encarar a morte como encarara a vida, sem sentimentalismos nem fragilidades, e nada ia mudar. O casamento, no final de junho, não seria antecipado e também não seria tornada pública a doença de Bruno, não iriam fazer nada que pudesse preocupar o povo até ser inevitável, o que, para o rei Alberici, significava o momento de comunicar a sua morte.
A sua mãe, a rainha, apoiava o plano tal como sempre apoiara o marido, fora esse o seu papel desde que se casara e tinha cumprido sempre as suas obrigações. Naquele momento, ele tinha de cumprir as suas, que eram casar e ter um herdeiro para que a monarquia se perpetuasse. Sentiu-se desassossegado, como encurralado no camarote, embora este fosse o maior do barco. Abriu a porta de correr e apoiou-se no corrimão para olhar para o mar.
Aquela viagem, organizada pelos seus amigos mais íntimos, era um erro. Não conseguia relaxar quando o seu pai estava a ficar cada dia mais fraco, ainda que os seus pais tivessem feito questão de que o fizesse para manter as aparências. Os príncipes não organizavam despedidas de solteiro e, por isso, Gerard, o seu melhor amigo, tinha organizado uma viagem de uma semana pelo mar Egeu. Ele tinha deixado os detalhes nas mãos dos seus amigos, estava muito preocupado tanto porque poderia ser a sua última aventura como pela saúde do seu pai, mas deveria ter participado, pelo menos, na decisão da lista de convidados.
O iate era impressionante e a máxima expressão do luxo, mas, ainda assim, era um barco e estavam ali presos, o que nem seria um inconveniente já que todos se davam bem, mas, inexplicavelmente, Gerard tinha permitido que Damian Anton Alberici, primo de Alexander, levasse Claudia, a sua namorada. Isso também não teria sido um contratempo se Claudia não fosse uma ex-namorada de Alexander e a rutura, há seis meses, não tivesse sido… conflituosa.
A tensão no iate levava-o a querer voltar para casa, e isso tendo em conta que a sua casa também não era um lugar especialmente agradável. A sua mãe tentava assimilar o diagnóstico fatídico do seu pai, que se tinha consumido da noite para o dia. O pessoal do palácio, que jurara guardar segredo, estava incrivelmente nervoso. No entanto, ninguém falava do que se estava a passar. Na verdade, na sua família não se falava de assuntos pessoais, não se transmitiam os sentimentos, só existia o dever e ele sabia-o.
O quanto antes se celebrasse o casamento, melhor, e a princesa Danielle Roulet seria uma boa esposa. Era encantadora, muito bem-educada e dominava vários idiomas, algo essencial para a futura rainha. Também era sofisticada e elegante, o que agradaria ao povo. Não era um casamento por amor, mas daria certo porque ambos entendiam qual era o dever deles e, além disso, o casamento seria um motivo de celebração para o seu povo, e precisava disso com urgência já que a coroa mudaria de mãos muito em breve.
Naquele momento, gostaria de sair do iate e voltar para a sua família, já que não estava a gostar nada da sua última escapadela como solteiro.
Capítulo 1
Josephine