O Livro de Urântia. Urantia Foundation

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O Livro de Urântia - Urantia Foundation


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gravidade linear inerente à massa material e à presença da gravidade circular da Ilha do Paraíso.

      41:5.7 (461.3) A energia solar pode parecer propagar-se em ondas, mas isso é devido à ação de influências coexistentes diversas. Uma dada forma de energia organizada não se propaga em ondas, mas, sim, em linha reta. A presença de uma segunda ou terceira forma de energia-força pode levar a corrente observada a parecer viajar sob a forma de ondas, exatamente como em uma forte tempestade, acompanhada de um forte vento, a água algumas vezes parece cair em forma de cortina ou descer em ondas. As gotas de água descem em uma linha reta de seqüência contínua, mas a ação do vento é tal que dá a aparência visível de cortinas de água e de ondas de pingos de chuva.

      41:5.8 (461.4) A ação de certas energias secundárias, e outras não descobertas, presentes nas regiões do espaço do vosso universo local, é tal que as emanações da luz solar parecem executar certos fenômenos ondulatórios, bem como ser fragmentadas em partes infinitesimais de comprimento e peso definidos. E, de um ponto de vista prático, isso é exatamente o que acontece. Dificilmente podeis esperar chegar a uma compreensão melhor do comportamento da luz antes de adquirirdes um conceito mais claro da interação e da inter-relação das várias forças no espaço e energias solares que atuam nas regiões do espaço em Nébadon. A vossa confusão atual é devida também à vossa percepção incompleta dessa questão, pelo que ela envolve de atividades interassociadas de controle pessoal e impessoal do universo-mestre — as presenças, as atuações e a coordenação do Agente Conjunto e do Absoluto Inqualificável.

      41:6.1 (461.5) Ao decifrar os fenômenos espectrais, deveria ser lembrado que o espaço não é vazio; que a luz, ao atravessar o espaço, algumas vezes é ligeiramente modificada pelas várias formas de energia e matéria que circulam em todo o espaço organizado. Algumas das linhas a indicar matéria desconhecida, as quais aparecem nos espectros do vosso sol, são decorrentes das modificações em elementos bem conhecidos flutuando no espaço sob formas desintegradas, perdas atômicas que são dos choques violentos entre os elementos solares. O espaço está cheio desses dejetos ambulantes, especialmente de sódio e cálcio.

      41:6.2 (461.6) O cálcio é, de fato, o elemento principal que permeia a matéria do espaço em todo o Orvônton. Todo o nosso superuniverso está cheio de pedra altamente pulverizada. E essa pedra é literalmente a matéria básica de construção para os planetas e esferas do espaço. A nuvem cósmica, o grande manto espacial, consiste, na sua maior parte, de átomos modificados de cálcio. O átomo dessa pedra é um dos elementos que mais prevalecem e de maior persistência. Não apenas resiste à ionização solar — de fragmentação — , mas perdura em uma identidade associativa, mesmo depois de haver sido bombardeado pelos destrutivos raios X e abalado pelas altas temperaturas solares. O cálcio possui uma individualidade e uma longevidade que superam todas as formas mais comuns de matéria.

      41:6.3 (462.1) Como os vossos físicos suspeitavam, esses restos mutilados de cálcio solar literalmente cavalgam os raios de luz por distâncias variadas, facilitando, assim, tremendamente a sua ampla disseminação pelo espaço. O átomo de sódio, sob certas modificações, é também capaz de locomover-se por meio da luz e da energia. No entanto, mais notável é o feito do cálcio, pois esse elemento tem quase duas vezes a massa do sódio. A permeação do espaço local pelo cálcio se deve ao fato de que ele escapa da fotosfera solar sob uma forma modificada, literalmente cavalgando os raios de sol em expansão. De todos os elementos solares, o cálcio, não obstante possuir uma massa relativamente alta — posto que contém vinte elétrons em órbita — , é o que maior êxito consegue ao escapar do interior solar para os reinos do espaço. Isso explica por que há uma camada de cálcio no sol, uma superfície de pedra gasosa, de quase dez mil quilômetros de espessura; e isso a despeito do fato de haver dezenove elementos mais leves, e numerosos mais pesados, debaixo dessa camada.

      41:6.4 (462.2) O cálcio é um elemento ativo e versátil sob as temperaturas solares. O átomo dessa pedra tem dois elétrons ágeis e soltamente agregados nos dois circuitos eletrônicos externos, que estão muito próximos um do outro. Na luta atômica, muito cedo perde o seu elétron mais externo; a partir daí, executa um ato de mestria em malabarismo, fazendo o décimo nono elétron ir e voltar do décimo nono circuito de órbita eletrônica para o vigésimo. Projetando esse décimo nono elétron entre a sua própria órbita e a do companheiro perdido, por mais de vinte e cinco mil vezes a cada segundo, um átomo de pedra mutilada torna-se parcialmente capaz de desafiar a gravidade e de, desse modo, cavalgar com sucesso as correntes emergentes de luz e energia, nos raios de sol, até a liberdade e a aventura. Esse átomo de cálcio move-se para fora em saltos alternados de propulsão para frente, agarrando-se e soltando-se dos raios de sol cerca de vinte e cinco mil vezes a cada segundo. E essa é a razão pela qual essa pedra é a componente principal dos mundos do espaço. O cálcio é o fugitivo mais habilidoso na escapada da prisão solar.

      41:6.5 (462.3) A agilidade desse elétron acrobático de cálcio é indicada pelo fato de que, quando ele é arrojado, pela força da temperatura dos raios X solares, para o círculo da órbita mais elevada, ele apenas permanece naquela órbita por cerca de um milionésimo de segundo; mas, antes que a força da gravidade elétrica do núcleo atômico o puxe de volta para a sua velha órbita, ele é capaz de completar um milhão de revoluções em torno do centro atômico.

      41:6.6 (462.4) O vosso sol perdeu já uma enorme quantidade do seu cálcio, havendo perdido quantidades imensas durante os tempos das suas erupções convulsivas quando da formação do sistema solar. Grande parte do cálcio solar está agora na crosta exterior do sol.

      41:6.7 (462.5) Deveria ser lembrado que a análise espectral mostra apenas as composições à superfície do sol. Por exemplo: os espectros solares mostram muitas linhas de ferro, mas o ferro não é o elemento principal no sol. Esse fenômeno é quase totalmente devido à temperatura atual da superfície do sol, pouco menor do que 3 300 graus (C), sendo essa temperatura muito favorável ao registro do espectro do ferro.

      41:7.1 (463.1) A temperatura interna de muitos dos sóis, e mesmo a do vosso sol, é bem mais elevada do que se crê normalmente. No interior de um sol praticamente não existem átomos intactos; estão todos mais ou menos fragmentados pelo bombardeamento intenso de raios X, o que é característico das altas temperaturas. Independentemente de quais elementos materiais apareçam nas camadas externas de um sol, aqueles que estão no seu interior tornam-se muito similares, por causa da ação dissociativa dos raios X destruidores. Os raios X em geral são os grandes niveladores da existência atômica.

      41:7.2 (463.2) A temperatura de superfície no vosso sol é de quase 3 300 graus(C), mas cresce rapidamente à medida que se penetra no seu interior, até atingir a inacreditável marca de cerca de 19 400 000 graus, nas regiões centrais (todas essas temperaturas sendo expressas na vossa escala Celsius).

      41:7.3 (463.3) Todos esses fenômenos indicam um enorme gasto de energia, e as fontes da energia solar, nomeadas pela ordem da sua importância, são:

      41:7.4 (463.4) 1. A aniquilação de átomos e, finalmente, dos elétrons.

      41:7.5 (463.5) 2. A transmutação de elementos, a qual inclui o grupo de energias radioativas assim liberadas.

      41:7.6 (463.6) 3. A acumulação e a transmissão de certas energias universais de espaço.

      41:7.7 (463.7) 4. A matéria espacial e os meteoros que, sem cessar, estão mergulhando nos sóis abrasadores.

      41:7.8 (463.8) 5. A contração solar: o resfriamento e a conseqüente contração de um sol produzem uma energia e um calor algumas vezes maior do que os supridos pela matéria do espaço.

      41:7.9 (463.9) 6. A ação da gravidade, a altas temperaturas, transforma certos potenciais circuitados em energias irradiantes.

      41:7.10 (463.10) 7. A luz recaptada e outras matérias que são atraídas, de volta ao


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