O Livro de Urântia. Urantia Foundation
Читать онлайн книгу.ou potencialmente imortal, entretanto, não se origina nem no espírito, nem na mente, nem na matéria; é uma dádiva do Pai Universal. Tampouco a interação entre espírito, mente e gravidade material é um pré-requisito para o surgimento da gravidade da personalidade. O circuito do Pai pode abranger um ser material, e de mente, que seja insensível à gravidade espiritual, ou pode incluir um ser espiritual e de mente que não seja sensível à gravidade material. O funcionamento da gravidade da personalidade é sempre um ato volicional do Pai Universal.
9:6.5 (104.3) Enquanto a mente é associada à energia, em seres puramente materiais, e associada ao espírito, em personalidades puramente espirituais, inúmeras ordens de personalidades, incluindo a humana, possuem mentes que são associadas tanto à energia quanto ao espírito. Os aspectos espirituais da mente da criatura são, infalivelmente, sensíveis à atração da gravidade espiritual do Filho Eterno; os aspectos materiais respondem à atração da gravidade do universo material.
9:6.6 (104.4) A mente cósmica, quando não associada nem à energia nem ao espírito, não fica sujeita às demandas da gravidade de circuitos, sejam estas materiais ou espirituais. A mente pura está sujeita apenas à atração gravitacional universal do Agente Conjunto. A mente pura é bastante semelhante à mente infinita, e, a mente infinita (coordenada teórica dos absolutos do espírito e da energia), aparentemente, é uma lei em si.
9:6.7 (104.5) Quanto maior a divergência entre espírito e energia, maior será a função observável da mente; quanto menor a diversidade entre energia e espírito, tanto menor será a função observável da mente. Aparentemente, a função máxima da mente cósmica dá-se nos universos temporais do espaço. Neles a mente parece funcionar em uma zona intermediária entre a energia e o espírito, mas isso não é verdadeiro para os níveis mais elevados da mente; no Paraíso, a energia e o espírito são essencialmente um.
9:6.8 (104.6) O circuito de gravidade da mente é confiável; ele emana da Terceira Pessoa da Deidade do Paraíso, mas nem todas as funções observáveis da mente são previsíveis. Em toda a criação conhecida, há uma presença paralela a esse circuito da mente, ainda pouco compreendida, cuja função não é previsível. Acreditamos que essa imprevisibilidade possa ser parcialmente atribuída à função do Absoluto Universal. O que é essa função, não sabemos; o que a ativa, podemos apenas conjecturar; mas, no que diz respeito à sua relação com as criaturas, podemos apenas teorizar.
9:6.9 (104.7) Certas fases da imprevisibilidade da mente finita podem ser devidas ao fato de o Ser Supremo estar incompleto; há uma vasta zona de atividades em que o Agente Conjunto e o Absoluto Universal podem possivelmente atuar tangenciando-se. Há muita coisa, com relação à mente, que é desconhecida, mas estamos seguros de que o Espírito Infinito é a expressão perfeita da mente do Criador, para todas as criaturas; e o Ser Supremo é a expressão, em evolução, das mentes de todas as criaturas para o seu Criador.
7. A Reflectividade no Universo
9:7.1 (105.1) O Agente Conjunto é capaz de coordenar todos os níveis de factualidade do universo, de uma maneira tal que seja possível o reconhecimento simultâneo do mental, do material e do espiritual. Este é o fenômeno da refletividade no universo, aquele poder único e inexplicável de ver, ouvir, sentir e saber de todas as coisas, à medida que acontecem em um superuniverso, e de focalizar, por refletividade, toda essa informação e conhecimento em qualquer ponto desejado. A ação da refletividade é mostrada, em perfeição, em cada um dos mundos-sede dos sete superuniversos. Ela opera também em todos os setores dos superuniversos e dentro das fronteiras dos universos locais. A refletividade, finalmente, focaliza-se no Paraíso.
9:7.2 (105.2) O fenômeno da refletividade, tal como é observado nos mundos-sede dos superuniversos, por meio dos feitos assombrosos das personalidades refletivas estacionadas ali, representa a mais complexa interassociação de todas as fases da existência, encontradas em toda a criação. As linhas do espírito podem ser traçadas remontando até o Filho, as da energia física, ao Paraíso, e as da mente, até a Terceira Fonte; mas, para o extraordinário fenômeno da refletividade no universo, há uma unificação, que é única e excepcional, de todas essas três linhas, assim associadas como que para capacitar os governantes do universo a saberem sobre as condições mais remotas, instantânea e simultaneamente com a sua ocorrência.
9:7.3 (105.3) Nós compreendemos muito acerca da técnica da refletividade, mas há vários aspectos dela que realmente nos desconcertam. Sabemos que o Agente Conjunto é o centro universal do circuito da mente, que Ele é o ancestral da mente cósmica e que a mente cósmica opera sob o controle da gravidade absoluta da mente da Terceira Fonte e Centro. Sabemos, ainda, que os circuitos da mente cósmica influenciam os níveis intelectuais de todas as existências conhecidas; que eles contêm os informes espaciais universais e também, com toda a certeza, que eles se focalizam nos Sete Espíritos Mestres e convergem para a Terceira Fonte e Centro.
9:7.4 (105.4) A relação entre a mente cósmica finita e a mente divina absoluta parece estar evoluindo na mente experiencial do Supremo. Foi-nos ensinado que, no alvorecer dos tempos, essa mente experiencial foi outorgada ao Supremo, pelo Espírito Infinito, e nós conjecturamos que certos traços característicos do fenômeno da refletividade possam ser explicados apenas quando se postula a atividade da Mente Suprema. Se o Supremo não estiver envolvido na refletividade, ficamos sem poder explicar as transações intrincadas e as operações infalíveis dessa consciência do cosmo.
9:7.5 (105.5) A refletividade parece ser a onisciência dentro dos limites do experiencial finito, e pode representar a emergência da presença de consciência do Ser Supremo. Se essa suposição for verdadeira, a utilização da refletividade, em qualquer das suas fases, será equivalente a um contato parcial com a consciência do Supremo.
8. As Personalidades do Espírito Infinito
9:8.1 (105.6) O Espírito Infinito possui o poder pleno de transmitir muitos dos Seus poderes e prerrogativas às Suas personalidades e agências coordenadas e subordinadas.
9:8.2 (105.7) O primeiro ato, como Deidade criadora, do Espírito Infinito, funcionando à parte da Trindade, mas por meio de alguma coligação não revelada com o Pai e com o Filho, personalizou-se na existência dos Sete Espíritos Mestres do Paraíso, os distribuidores do Espírito Infinito aos universos.
9:8.3 (106.1) Não há nenhum representante direto da Terceira Fonte e Centro nas sedes-centrais de um superuniverso. Cada uma dessas sete criações depende de um dos Espíritos Mestres do Paraíso, que atua por intermédio dos sete Espíritos Refletivos situados na capital do superuniverso.
9:8.4 (106.2) O ato criador seguinte e contínuo do Espírito Infinito é revelado, de tempos em tempos, na geração dos Espíritos Criativos Maternos. Cada vez que o Pai Universal e o Filho Eterno tornam-se os pais de um Filho Criador, o Espírito Infinito torna-se o ancestral de um Espírito Criativo Materno de um universo local, a qual se torna a coligada íntima daquele Filho Criador, em toda a experiência subseqüente no universo.
9:8.5 (106.3) Na mesma medida em que é necessário distinguir entre o Filho Eterno e os Filhos Criadores, é necessário distinguir entre o Espírito Infinito e os Espíritos Criativos Maternos, coordenadas que estão aos Filhos Criadores nos universos locais. O que o Espírito Infinito é para a criação total, um Espírito Criativo é para um universo local.
9:8.6 (106.4) A Terceira Fonte e Centro é representada, no grande universo, por um vasto conjunto de espíritos ministradores, mensageiros, mestres, juízes, ajudantes e conselheiros, juntamente com os supervisores de certos circuitos de natureza física, moroncial e espiritual. Nem todos esses seres são personalidades, no sentido estrito do termo. A personalidade do tipo das criaturas finitas é caracterizada por:
9:8.7 (106.5) 1. Uma consciência subjetiva de si própria.
9:8.8 (106.6) 2. Uma reação objetiva ao circuito da personalidade do Pai.
9:8.9 (106.7) Há personalidades de criador e personalidades de criatura e, além desses dois tipos fundamentais,