O Livro de Urântia. Urantia Foundation

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O Livro de Urântia - Urantia Foundation


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(126.4) A potência do espaço não está sujeita a interações de qualquer forma de gravitação. Esse dom primal do Paraíso não é um nível factual de realidade, mas é o ancestral de todas as realidades não-espirituais funcionais relativas — todas as manifestações de força-energia bem como a organização da potência e da matéria. A potência espacial é um termo difícil de definir. Não significa o que é ancestral do espaço; o seu significado deveria transmitir a idéia das potências e dos potenciais existentes no espaço. Pode ser concebida em linhas gerais para incluir todas as influências absolutas e potenciais que emanam do Paraíso e que constituem a presença, no espaço, do Absoluto Inqualificável.

      11:8.9 (126.5) O Paraíso é a fonte absoluta e o ponto focal eterno de toda a matéria-energia no universo dos universos. O Absoluto Inqualificável é um revelador, um regulador, e um depositário de tudo aquilo que tem o Paraíso como a sua fonte e origem. A presença universal do Absoluto Inqualificável parece ser equivalente ao conceito de uma infinitude potencial, de extensão gravitacional, de uma tensão elástica da presença do Paraíso. Esse conceito ajuda-nos a compreender o fato de que tudo é internamente atraído na direção do Paraíso. A imagem é crua, no entanto, ajuda. Ela explica também por que a gravidade sempre age preferencialmente no plano perpendicular à massa, um fenômeno indicativo das dimensões diferenciais do Paraíso e das criações que o rodeiam.

      11:9.1 (126.6) O Paraíso é único, no sentido de que é o domínio da origem primeira e a meta final do destino de todas as personalidades com espírito. Embora seja verdade que nem todos os seres espirituais inferiores dos universos locais tenham como destino imediato o Paraíso, ainda assim o Paraíso permanece sendo a meta de desejo, para todas as personalidades supramateriais.

      11:9.2 (126.7) O Paraíso é o centro geográfico da infinitude; não é uma parte da criação universal, nem mesmo uma parte real do universo eterno de Havona. Comumente referimos-nos à Ilha Central como pertencendo ao universo divino, mas, de fato, não é assim. O Paraíso é uma existência exclusiva e eterna.

      11:9.3 (127.1) Na eternidade do passado, quando o Pai Universal deu expressão à personalidade infinita do seu Eu espiritual, no Ser do Filho Eterno, simultaneamente, Ele revelou o potencial de infinitude do seu Eu não pessoal, como Paraíso. O Paraíso não pessoal e não-espiritual parece ter sido a repercussão inevitável da vontade e da ação do Pai ao eternizar o Filho Original. Assim, o Pai projetou a realidade, em duas fases factuais — a pessoal e a não pessoal, a espiritual e a não-espiritual. A tensão entre elas, em face da vontade do Pai e do Filho, para a ação, deu existência ao Agente Conjunto e ao universo central de mundos materiais e de seres espirituais.

      11:9.4 (127.2) Quando a realidade é diferenciada, em pessoal e não pessoal (o Filho Eterno; e o Paraíso), dificilmente é adequado chamar aquilo que é não pessoal de Deidade, a menos que de alguma forma seja qualificado assim. As repercussões materiais e de energia dos atos da Deidade dificilmente podem ser chamadas de Deidade. A Deidade pode causar muito daquilo que não é Deidade, e o Paraíso não é uma Deidade; nem é consciente do modo como um homem mortal poderia chegar a entender esse termo.

      11:9.5 (127.3) O Paraíso não é o ancestral de nenhum ser ou entidade vivente, não é um criador. A personalidade e as relações mente-espírito são transmissíveis, mas o modelo arquetípico não é. Os modelos nunca são reflexos; são duplicações — reproduções. O Paraíso é o absoluto dos arquétipos ou modelos; Havona é uma exposição factual desses potenciais.

      11:9.6 (127.4) A residência de Deus é central e eterna, gloriosa e ideal. A Sua casa é o modelo formoso para todas as sedes de mundos do universo; e o universo central da Sua morada direta é o arquétipo de todos os universos nos seus ideais, organização e destinação última.

      11:9.7 (127.5) O Paraíso é a sede universal de todas as atividades da personalidade e o centro-fonte de todas as manifestações de espaço-força e de energia. Tudo aquilo que foi, que agora é, ou que ainda será, veio, está vindo, ou virá desse lugar central de morada dos Deuses eternos. O Paraíso é o centro de toda a criação, a fonte de todas as energias e o local da origem primeira de todas as personalidades.

      11:9.8 (127.6) Afinal, para os mortais, a coisa mais importante sobre o Paraíso eterno é o fato de que esta morada perfeita do Pai Universal é o destino real e remoto das almas imortais dos filhos mortais e materiais de Deus, as criaturas ascendentes dos mundos evolucionários do tempo e do espaço. Cada mortal sabedor de Deus, que abraçou a carreira de cumprir a vontade do Pai, já embarcou na trilha longa que vai até o Paraíso, da busca da divindade e do alcançar da perfeição. E, quando tal ser de origem animal chega diante dos Deuses no Paraíso, exatamente como um número incontável deles o faz agora, tendo ascendido das esferas mais baixas do espaço, tal realização representa a realidade de uma transformação espiritual, que chega a tocar os limites da supremacia.

      11:9.9 (127.7) [Apresentado por um Perfeccionador de Sabedoria, incumbido desta função pelos Anciães dos Dias em Uversa.]

      O Livro de Urântia

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      Documento 12

      12:0.1 (128.1) A VASTIDÃO da criação imensa do Pai Universal está totalmente fora do alcance da imaginação finita; a enormidade do universo-mestre assombra até mesmo as noções da minha ordem de seres. À mente mortal, contudo, muito pode ser ensinado sobre o plano e os arranjos dos universos; vós podeis conhecer algo da organização física deles e da sua maravilhosa administração; podeis aprender muito acerca dos vários grupos de seres inteligentes que habitam os sete superuniversos do tempo e o universo central da eternidade.

      12:0.2 (128.2) Em princípio, quer dizer, em potencial de eternidade, nós concebemos a criação material como sendo infinita, porque o Pai Universal na realidade é infinito; mas, à medida que estudamos e observamos a criação material total, sabemos que em qualquer dado momento no tempo ela é limitada, embora para as vossas mentes finitas ela seja relativamente sem limites, virtualmente sem fronteiras.

      12:0.3 (128.3) Pelo estudo das leis físicas e pela observação dos reinos estelares, estamos convencidos de que o Criador infinito ainda não está manifestado em finalidade de expressão cósmica e que muito do potencial cósmico do Infinito encontra-se autocontido e não revelado ainda. Para os seres criados, o universo-mestre poderia parecer quase infinito, mas está longe de terminado; há ainda limites físicos à criação material, e a revelação experiencial do propósito eterno ainda está em progresso.

      12:1.1 (128.4) O universo dos universos não é um plano infinito, ou um cubo sem limites, nem um círculo ilimitado; certamente, tem dimensões. As leis da organização e da administração física provam conclusivamente que toda a vastíssima agregação de energia-força e de potência-matéria funciona, em última instância, como uma unidade de espaço, como um todo organizado e coordenado. O comportamento observável da criação material constitui evidência de um universo físico de limites definidos. A prova final de que o universo tanto é circular, quanto delimitado, é-nos proporcionada pelo fato bem conhecido nosso de que todas as formas de energia básica sempre giram em torno da trajetória curva dos níveis espaciais do universo-mestre, em obediência à atração incessante e absoluta da gravidade do Paraíso.

      12:1.2 (128.5) Os níveis sucessivos do espaço do universo-mestre constituem as maiores divisões do


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