A herdeira e o amor. Lynne Graham
Читать онлайн книгу.>
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2018 Lynne Graham
© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
A herdeira e o amor, n.º 1851 - março 2021
Título original: The Italian’s Inherited Mistress
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1375-478-9
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Isso é impossível. Não acredito! – Alissandru Rossetti saltou da sua cadeira a meio da leitura do testamento do seu irmão, cheio de incredulidade ultrajada. – Porque é que o Paulu haveria de deixar alguma coisa a essa ordinária? – perguntou, a ninguém em particular.
Por sorte, os únicos presentes eram a mãe, Constantia, e o advogado da família, Marco Morelli, pois todas as tentativas de contactar a beneficiária principal do testamento tinham sido infrutíferas. Perturbado com aquela palavra reveladora, «principal», Alissandru limitara-se a franzir o sobrolho, pensando que era muito próprio do seu falecido irmão Paulu ter deixado os seus bens terrestres a alguma ONG. Afinal de contas, a sua esposa Tania e ele tinham morrido juntos e não tinham filhos, e ele, Alissandru, o irmão gémeo, não precisava de herdar, pois não só era o gémeo mais velho e dono da quinta familiar da Sicília, como também multimilionário por direito próprio.
– Respira fundo, Alissandru – pediu Constantia, que conhecia bem o temperamento fogoso do filho. – O Paulu tinha o direito de deixar os seus bens a quem quisesse e não sabemos se a irmã da Tania merece ser tratada de forma tão desagradável.
Alissandru passeava pelo escritório pequeno, um comportamento que era, claramente, de intimidação num espaço confinado, visto que media mais de um metro e noventa de estatura e, vestido com um dos fatos pretos e elegantes que gostava de usar, tinha uma figura forte e poderosa. Aquela cor funerária fizera-o ganhar a alcunha de «O Corvo» na City de Londres, onde os seus instintos agressivos nos negócios eram famosos, como correspondia a um empresário que se destacava no campo da nova tecnologia. Passeando pelo escritório, fazia o advogado pensar num tigre fechado numa jaula.
«Não sabemos se merece ser tratada de forma tão desagradável?», pensou, ultrajado, recordando Isla Stewart, a adolescente ruiva que conhecera no casamento do irmão há seis anos. Com apenas dezasseis anos, vestia uma roupa sexualmente provocadora e exibia as suas curvas jovens e as suas pernas bem torneadas numa oferta claramente sexual ao melhor licitador. E, nesse mesmo dia, mais tarde, vira-a a sair de um dos quartos com a roupa amarrotada, só um instante antes de um dos primos dele sair do mesmo quarto, abotoando os punhos da camisa e ajeitando o cabelo. Obviamente, Isla era tal como a irmã Tania, uma mulher descarada, lasciva e desonesta.
– Não sabia que o Paulu mantinha o contacto com a irmã da Tania – admitiu, cortante. – Sem dúvida, enganou-o tão facilmente como a irmã e encontrou um lugar no seu coração mole.
Falava com uma dor muito real, porque amara muito o irmão e ainda, seis semanas depois do acidente de helicóptero que arrebatara a vida a Paulu e a Tania, lhe custava acreditar que nunca mais voltaria a falar com ele. Pior ainda, não conseguia esquecer a culpa de saber que não conseguira proteger o irmão da bruxa intriguista que era Tania Stewart. Infelizmente, os últimos anos de Paulu tinham sido muito infelizes, mas recusara-se a divorciar-se da modelo vil de roupa interior com quem se casara com tanta pressa, achando que estava grávida, só que, «surpresa, surpresa», pensou Alissandru, com cinismo, fora um falso alarme.
Tania continuara a destruir a vida do irmão com o seu esbanjamento constante, as suas birras ardilosas e, finalmente, com a sua infidelidade. No entanto, durante todos esses excessos, Paulu continuara a adorá-la como se fosse uma deusa. Porque, infelizmente para ele, o irmão fora uma alma gentil, uma pessoa carinhosa, leal e comprometida. Muito diferente de Alissandru em todos os sentidos, como a noite e o dia. E, no entanto, Alissandru valorizara muito aquelas diferenças e confiara em Paulu como nunca confiara em nenhuma outra pessoa. E embora o enfurecesse pensar que outra mulher Stewart conseguira enganar e manipular o irmão e fazê-lo deixar um testamento assim, também havia uma parte dele que se sentia traída por Paulu.
Afinal de contas, ele sabia o que a quinta familiar significava para Alissandru e, no entanto, deixara a casa dentro dessa quinta e todo o seu dinheiro à irmã de Tania. Um presente grande para a rapariga e uma bofetada para Alissandru, embora soubesse que Paulu teria cortado a mão antes de o magoar. E, em honra da verdade, nunca teria imaginado que um acidente trágico podia acabar ao mesmo tempo com a sua vida e com a da sua esposa e, assim, limpar o caminho para que a cunhada herdasse o que nunca devia ter sido dela.
– O Paulu visitou a Isla várias vezes em Londres durante a etapa em que… – Constantia hesitou, escolhendo as palavras com tato. – Em que a Tania e ele estiveram separados. Gostava dessa rapariga.
– Nunca me disse isso! – exclamou Alissandru, com os olhos brilhantes e muita