Apenas negócios? - O segredo de alex. Maureen Child

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Apenas negócios? - O segredo de alex - Maureen Child


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injusto.

      Para que a conversa continuasse a ser amável, Nathan decidiu não a contrariar. Mas tinha ouvido rumores sobre as escapadas de Emma e sabia que tinha estado a ponto de prometer-se com um caça-fortunas, que a tinham condenado a fazer serviços comunitários quando a apanharam com a mala de uma amiga que continha marijuana e que tinha destruído um Mercedes quando voltava para casa de uma festa no meio de uma tempestade de neve.

      Sim, parecia ter assentado a cabeça nos últimos dois anos, mas que se tivesse mostrado tão impulsiva com ele três semanas antes fazia com que questionasse se realmente tinha crescido ou se, simplesmente, se tinha tornado numa perita em esconder as suas escapadelas da imprensa.

      – Disseste ao teu pai?

      – Sim – Emma suspirou. – Mas não serve de nada. Quando está convencido de alguma coisa não há maneira de o fazer mudar de opinião e agora pretende que esteja prometida até ao dia de São Valentim, quer eu queira quer não.

      E quer Nathan quisesse ou não.

      Ele necessitava dessa joint venture com Silas para obter o controlo da empresa familiar. Nem Sebastian nem Max, os seus meios-irmãos, tinham fé na sua visão da empresa e por isso o acordo com a Montgomery era tão importante. Não apenas porque a tecnologia de última geração poria a Investimentos Case no mapa como uma empresa inovadora, mas também porque os futuros lucros assegurariam que ele detivesse as rédeas da empresa. Os seus irmãos detestariam essa reviravolta, mas não poderiam fazer nada a esse respeito.

      Mas antes tinha de chegar a um acordo com Silas.

      De repente, e por impulso, Nathan tirou-lhe os brincos que ela usava.

      – O que estás a fazer? Devolve-me os brincos.

      A última vez, Emma tinha-o deixado louco antes de se render. Depois tinha saído a correr, deixando atrás o seu provocante perfume. Mas nessa noite, Nathan pensava ficar com algo que ela quisesse reclamar.

      – Ainda não.

      Os seus caracóis escuros emolduravam um rosto ovalado de altas maçãs do rosto, nariz pequeno e lábios carnosos. Nessa noite tinha controlado os caracóis com um carrapito mas, mesmo gostando de admirar o seu longo e elegante pescoço, preferia que o usasse solto e despenteado, para ele, já agora.

      Quando lhe tirou os ganchos, o cabelo caiu como uma cascata sobre os seus ombros nus.

      – Nathan, o que estás a fazer?

      – Eu acho que é evidente – respondeu ele, passando a ponta dos dedos pelo seu pescoço.

      – Não podemos falar? – Emma pôs uma mão no seu tronco.

      O calor dessa mão atravessava a camisa, provocando um incêndio no seu interior. O desejo que sentia por ela turvava-o. Nenhuma outra mulher o excitava tanto como ela, nem o fazia perder o controlo desse modo.

      – Se te tivesses incomodado em ligar-me, podíamos ter falado muitas vezes nestas últimas semanas. Mas agora tenho outras coisas em mente.

      – Aqui, no escritório do meu pai? Estás louco?

      Nathan sentiu uma pontada de desejo ao imaginar que a possuía ali mesmo, apoiado na porta. Mas não, não voltaria a fazê-lo.

      Tinha voltado a vê-la três semanas antes, sendo que há doze anos que não tinha contacto com ela e tinha ficado perplexo. Estava na festa de Grant Castle a falar com o seu antigo colega da universidade e a lançar charme a cinco jovens lindíssimas quando Emma apareceu com um vestido de saia muito curta, e com as suas longas e bem torneadas pernas ao léu.

      Quando os seus olhos se encontraram, Nathan ficou sem respiração. Estava simplesmente… irresistível. Observou-a como um tigre vigia uma gazela e teve-a no seu carro uma hora depois.

      Não lhe tocou até terem chegado ao seu apartamento, mas uma vez ali tinha procurado os seus lábios como um homem faminto e Emma tinha-se mostrado surpreendida. Tinha esperado que fosse uma amante treinada, mas não o parecia. Atuava como uma mulher que não tivesse o hábito de beijar ou que nunca tivesse sido beijada como deveria.

      E tinha perdido a cabeça. Nada mais podia explicar que, demasiado impaciente para a levar até ao quarto, tivessem feito amor no hall de entrada. Estava a arder de tal forma que o surpreendia não ter provocado um incêndio em casa.

      Mas a próxima vez que fizessem amor seria num colchão, com ela nua e dedicada.

      Emma era uma mulher que merecia ser apreciada.

      – Queres que te diga o que te vou fazer?

      Ela conteve a respiração.

      – Não.

      Apesar da negativa, não se afastou e Nathan entendeu isso como um prelúdio amoroso:

      – Primeiro, vou tirar-te esse vestido tão sexy – murmurou, passando os dedos pelo fecho, que ia da axila até à anca.

      Emma tentou agarrar na mão dele, mas ele afastou-a. As suas intenções de resistir não pareciam muito sérias.

      – Depois, começando por esse sítio no teu ombro que gostas tanto quando o beijo, vou tomar o meu tempo – Nathan esperava que aquilo funcionasse porque estava a deixá-lo louco. – Não vou deixar-te ir embora até pôr as minhas mãos e a minha boca em cada centímetro do teu corpo.

      Depois empurrou-a suavemente até ele e ficou sem ar quando Emma começou a mexer as ancas.

      – Estás com essa tanga preta de que eu tanto gosto?

      Tremiam-lhe as mãos ao lembrar-se como os seus mamilos se tinham endurecido quando os acariciava. O vestido azul que usava nessa noite parecia igualmente apaixonado pela sua figura porque a abraçava totalmente.

      – Vamos dar uma vista de olhos – murmurou, meio a brincar meio a sério. Da última vez, parte da diversão do seu breve encontro tinha sido ver como ficava corada quando lhe dizia essas coisas.

      – Não – o monossílabo que saiu da garganta de Emma soava a meias entre um protesto e uma prece.

      Nathan agarrou na sua cara entre as mãos.

      – Vamos a algum sítio onde não nos possam incomodar – murmurou, beijando a sua face com lânguida e ardente lentidão.

      – Não penso ir a nenhum sítio contigo – disse ela. Mas as suas objeções tornaram-se num murmúrio de prazer quando a apertou contra ele.

      Divertia-o que quisesse negar a atração que havia entre eles quando os dois sabiam que era impossível negá-la. E também sabiam como ia terminar aquilo.

      – Porque não? Fomos feitos um para o outro – insistiu Nathan, apertando-a contra as sua pernas. – Olha o que sinto por ti… e sei que tu sentes o mesmo.

      Emma empurrou-o suavemente.

      – Pelos vistos, muitas mulheres se sentem atraídas por ti.

      Era pelos vistos por isso que não tinha respondido às suas chamadas?

      Nathan sorriu, indulgente.

      – Mas tu és a única que me interessa, neste momento.

      Emma ficou sem respiração. As suas palavras intensificavam o potente desejo que sentia por ele. E a tentação era tão forte…

      Brincar com ele na festa de Grant três semanas antes tinha-lhe parecido uma coisa sem importância. Afinal, Nathan não tinha tido o menor problema em rejeitá-la dez anos antes.

      Aos vinte anos, Nathan Case era um rapaz lindíssimo e com um encanto arrogante que a deixava sem palavras. Emma tinha usado todos os truques do seu arsenal de rapariga de dezasseis anos, esperando que olhasse para ela e, para sua surpresa, parecia ter funcionado.

      Até àquele devastador golpe na sua autoestima.

      Sentiu que lhe ardiam as faces ao recordar esse dia. Com uma saia curtíssima e uns sapatos de salto de agulha


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