Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém. Maisey Yates

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Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém - Maisey Yates


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a fechar no harém.

      Nadir arqueou as sobrancelhas, sem acreditar no que ouvia.

      – Não é a situação mais conveniente para o dia do teu casamento, mas a verdade é que ignorava que ias casar-te.

      Nadir observou-o como se o irmão tivesse enlouquecido.

      – Tens uma mulher fechada no harém?

      – Farah Hajjar, para ser exato.

      – A filha de Mohamed Hajjar!

      – A própria.

      Nadir praguejou.

      – Hajjar vai cortar-te a cabeça por isso.

      – Já quase o fez.

      – Por todos os diabos… – começou a dizer Nadir. – Não estarás noivo dela?

      Zachim deu uma gargalhada cínica.

      – Não o faria nem que estivesse louco. Esse bebé que tens ao colo é a minha sobrinha?

      – Estás a mudar de assunto.

      – Sim – confirmou Zachim, com um sorriso. – É muito bonita.

      – Eu sei – afirmou Nadir e abanou a cabeça. – Não tenho tempo para entrar em mais detalhes. Estás bem?

      – Não graças a ti! – protestou Zachim.

      – Isso vai ensinar-te a não desaparecer sem avisar – replicou o irmão mais velho, num tom de reprimenda.

      – Vem conversar comigo enquanto me arranjo um pouco – convidou-o Zachim, sorridente.

      – Não posso.

      – Porquê? Faltam horas para o casamento.

      – Sim, mas… – disse Nadir, com ar distraído. – Toma, segura a tua sobrinha e comecem a conhecer-se.

      Nadir deu-lhe a pequena de olhos grandes, que se aninhou imediatamente nos braços do tio.

      Ao ver a expressão do irmão, Zachim riu-se.

      – Eh, não te surpreendas tanto. Gosto muito de crianças. São como os cavalos e as mulheres… Deves segurá-los com cuidado e não fazer nada para os zangar. Não é assim, habibti?

      Então, Zachim pensou na mulher que acabara de deixar no harém. Não a tratara com muito cuidado. A verdade era que não estivera de bom humor para o fazer. Ela parecia mais uma doninha do que uma mulher… À exceção daqueles seios e daqueles lábios tão suculentos.

      – Não deixes que se magoe com a tua barba. Se chorar, leva-a a Maab.

      Zachim sorriu para a sobrinha, que estava a tocar-lhe no rosto.

      – Onde vais estar? – perguntou o príncipe ao irmão, mas Nadir já estava a sair pela porta. Quase o avisou de que dava azar ver a noiva no dia do casamento, mas deixou-o estar.

      A menina olhou para ele com os olhos esbugalhados, um pouco assustada por ter ficado com um estranho. Mas ele não se acovardou e esboçou um sorriso tranquilizador. Se as mulheres e os cavalos o adoravam, porque é que uma bebé não o faria?

      – Portanto, os teus pais vão casar-se, pequena. Um grande passo. Estás contente?

      A menina riu-se quando o tio lhe acariciou a cara.

      – Fantástico. Então, eu também estou.

      Depois de um instante, quando a pequena começou a inquietar-se, Zachim levou-a a Maab.

      – Penso que tem fome.

      A velha ama sorriu, pegou na menina ao colo e franziu o nariz ao cheirar o príncipe.

      – Eu sei, eu sei. Tenho de tomar banho – replicou ele. Também precisava de comer.

      Nos seus aposentos, ordenou que lhe servissem a comida depois de tomar o duche. Interrogou-se se a gata selvagem teria fome. Como dissera o irmão, não era muito apropriado ter uma mulher prisioneira no harém. A verdade era que não tinha um plano, nem sabia o que ia fazer com ela, mas pensaria nisso noutro momento. Certamente, não tencionava avisar a polícia e, muito menos, no dia do casamento do irmão.

      Não, Farah teria de esperar. Ele não agira mal, fora o pai dela que o enfrentara. Sem dúvida, o velho ficaria furioso quando descobrisse que a raptara. Mas, se Mohamed aceitasse entregar-se, libertá-la-ia.

      «Olho por olho.»

      Essa fora a forma de pensar do pai, não a dele. No entanto, estava tão furioso que não se importava. Ter estado prisioneiro durante três dias e ter tido de atravessar o deserto no meio de uma tempestade fizera com que a sua lógica racional se dissipasse. O seu desejo de pôr as mãos em cima da filha de Mohamed Hajjar também não era nada racional. Sem conseguir evitá-lo, interrogou-se como cheiraria depois do banho. Uma fantasia excitante invadiu a sua mente. Os dois nus e molhados, enquanto ele a devorava.

      Por Alá, aquela mulher não era o seu tipo.

      No duche, Zachim refletiu que, possivelmente, podia encontrar uma mulher que o acompanhasse ao casamento. Com sorte, haveria alguma entre as convidadas, pensou. Talvez conhecesse alguém que quisesse partilhar uma noite de paixão. Ele sabia que podia agradar a qualquer mulher. Com trinta e dois anos, desfrutava de uma libido muito saudável. Embora a tivesse deixado desatendida durante muito tempo. O seu recente celibato era a única coisa que podia explicar tanta obsessão por Farah Hajjar.

      Zachim fechou a torneira do duche e sacudiu o cabelo. Não ia voltar a ver Farah quando tudo aquilo acabasse. E isso era bom, pensou, enquanto se vestia e se concentrava no casamento do irmão.

      Quando estava vestido e preparado, Staph bateu à porta.

      – Príncipe Zachim! – gritou Staph, aparecendo à porta com desespero. – Tem de vir depressa. A mulher do harém desapareceu!

      – Desapareceu? – repetiu Zachim, paralisado. – É impossível. Deixei dois dos meus melhores guardas à porta.

      – Sim, senhor. Não conseguimos encontrá-la – indicou o idoso, ofegante.

      Perplexo, Zachim disse uma enxurrada de blasfémias e dirigiu-se para o harém.

      Capítulo 6

      Farah deteve-se dentro de uma porta escondida nas sombras para respirar fundo e decidir que caminho seguir naquele labirinto de ruas e edifícios. Ao princípio, pensara que não era possível escapar, mas, no fim, fora muito fácil.

      Um pedreiro esquecera-se de uma escada extensível no jardim, o que lhe bastara para escalar o muro do palácio. Além disso, os preparativos de alguma celebração tinham-na ajudado a camuflar-se entre tantos empregados.

      Observando a posição do sol, decidiu dirigir-se para norte e começou a andar em ziguezague entre o mar de corpos que a rodeavam.

      Olhando para a direita e para a esquerda, correu por um pequeno beco com edifícios altos aos lados e chegou a uma pequena praça. Tapou a cara com o lenço que tinha na cabeça e acelerou o passo, enquanto um mau pressentimento a assaltava.

      – Está uma tarde muito quente para sair para passear, menina Hajjar – comentou alguém, num tom profundo.

      Ao virar-se, Farah reconheceu ao príncipe à espera dela no beco.

      – Prefiro ficar em casa nas horas de calor.

      Encontrara-a! Como era possível? Farah tinha a certeza de que ninguém a vira a ir-se embora. Dissera à empregada que ia dormir. Frustrada, viu como ele a observava com um ar tranquilo, como se fossem dois velhos amigos que se encontravam por acaso. No entanto, eram inimigos acérrimos e ela não o esqueceria, por muito sedutora que fosse a sua boca, sobretudo, depois de ter tomado banho e se ter barbeado.

      Por Alá, estava muito bonito!

      Algo se acendeu entre as pernas de Farah,


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