Lucilla parou diante de todos os retratos. Reconheceu facilmente o Presidente e o Vice-Presidente de Quito, depostos pelos revolucionários de Simón Bolívar. Mas foi o retrato do terceiro homem, um completo desconhecido, que chamou a sua verdadeira atenção, a ponto de não conseguir olhar mais para os outros retratos. Ele era moreno, alto, tinha olhos negros e frios, uma boca cruel e o nariz aquilino característico da nobreza espanhola. E sem saber por quê, sentiu que naquele rosto orgulhoso, escondia algum segredo. Aproximou-se para observar melhor e havia um nome escrito em baixo do retrato: Don Carlos de Olañeta. Um arrepio percorreu por todo o seu corpo: era um aviso, um pressentimento de que aquele homem iria mudar a sua vida…