O Regresso. Danilo Clementoni
Читать онлайн книгу.Os dois comparsas que, de dentro do carro estavam ouvindo a conversa entre os dois, dariam um braço para serem capazes de ver as fotos que a doutora mostrava ao Coronel.
"Droga!" o gordo imprecou. "Temos de encontrar uma maneira de por as mãos nesse tablet."
"Esperamos que pelo menos um dos dois, leia em voz alta", disse o magro.
"Esperamos também que este 'jantar romântico' acabe logo. Estou cansado de estar aqui no escuro e além do mais, estou morrendo de fome. "
"Fome? Do que você está falando? Se você comeu até os meus sanduÃches."
"Nem todos, meu querido. à avançado um e agora como"e rindo satisfeito, se virou para pegar o saquinho de papel no banco de trás. Ao girar o joelho bateu exatamente no pulsante do sistema de registração que deu um fraco bipe e se desligou.
"Seu estúpido idiota, tome cuidado!" O magro, correu para tentar reacender o instrumento. "Agora tenho que reiniciar o sistema e isso vai me levar pelo menos um minuto. Ore para que eles não digam nada de importante, caso contrário, eu vou encher a tua gorda bunda de chutes e pontapés daqui até o Golfo Pérsico!"
"Desculpe", disse o homem gordo quase sussurrando. "Acho que é hora de começar uma dieta."
"Os deuses enterram um frasco com um valioso conteúdo a sul do templo e ordenou que as pessoas não se aproximassem até que eles voltassem, caso contrário terrÃveis calamidades se abateriam sobre todas as nações. Para a proteção do local, quatro guardiões flamejantes."
"Essa é a minha tradução," Elisa disse com orgulho. "A palavra exata para mim não é 'sepultura' mas 'templo' e Zigurate de Ur, onde eu estou conduzindo minha pesquisa, não é nada mais que um templo erguido para os Deuses. Claro, me dirá que de Ziqqurat por aqui há muitos, mas nenhuma é tão perto da casa que pertencia ao homem que supostamente escreveu as tábuas: o nosso amado Abraão."
"Interessante." O Coronel estava examinando de perto o texto. "Na verdade o que tem sido indicada por todos como a 'Casa de Abraão' é apenas algumas centenas de metros do templo."
"Além disso, se esses seres fossem realmente extraterrestres.", continuou Elisa "imagina o quanto pode ser interessante para os militares esse 'vaso'. Talvez até muito mais do seu 'conteúdo valioso'."
Jack pensou por um momento, depois disse: "Essa é a razão para todo esse interesse por parte do ELSAD. O vaso enterrado poderia ser muito mais do que um simples recipiente de barro."
"Exatamente. E agora, a reviravolta ", disse Elisa teatralmente. "Senhoras e senhores, eis o que eu encontrei hoje de manhã."
Tocou a tela e uma nova foto apareceu na tela. "Mas é o mesmo sÃmbolo que estava sobre a tábua", exclamou Jack.
"Exato. Mas esta foto que eu fiz hoje ", disse Elisa satisfeita. "Aparentemente Abraham, para indicar os "Deuses" usou a mesma representação que os sumérios já tinham usado: uma estrela com doze planetas em torno dele e que, aliás, achei gravada na tampa do 'recipiente' que estamos desenterrando."
"Pode não significar nada", disse Jack. "Talvez seja apenas uma coincidência. O sÃmbolo também pode ter outros mil significados."
"Ah é? E então, na sua opinião, não é?" e ela lhe mostrou a última foto. "Nós fizemos do lado de fora do recipiente com o nosso equipamento de raio-X portátil."
Jack não podia não esbugalhar os olhos de espanto.
Astronave Theos - Análise De Dados
Petri ainda estava imerso na análise da sonda quando Azakis, retornando para a ponte, disse ao seu amigo: "Mais tarde vão nos dizer alguma coisa."
"Isso significaria temos que descobrir sozinhos", disse Petri amargamente.
"Mais ou menos como sempre, não?" Azakis respondeu, dando um tapinha nas costas do companheiro de viagem. "O que você pode me dizer desse monte de sucata?"
"Além do fato por pouco que não arranhou toda a pintura externa do nossa nave, posso confirmar que, com quase toda a certeza, que nenhuma mensagem foi enviada pelo nosso amigo com três pás. A sonda parecem ter sido projetada com o objetivo de analisar e estudar os corpos celestes. Um tipo de um viajante solitário no espaço, que regista os dados e os transmite periodicamente" e mostrou o detalhe de uma no holograma flutuante na sala.
"Provavelmente nós passamos perto muito rapidamente para que possa ter registrado a nossa presença", se aventurou a supor Azakis.
"Não sei, meu velho. Seus instrumentos a bordo são programados para analisar objetos distantes centenas de milhares de quilômetros e nós passamos tão perto que, se não estivéssemos em um vácuo, o movimento do ar estaria fazendo-o girar como um pião até agora."
"E agora que nos afastamos, você acha que poderia detectar a nossa presença?"
"Acho que não. Somos pequenos e rápidos demais para entrar em seus 'interesses'."
"Bem" exclamou Azakis. "Essa me parece uma boa notÃcia, finalmente."
"Eu tentei fazer uma análise do método de transmissão de dados utilizado pela sonda", continuou Petri. "Parece que ainda não está equipado com tecnologia a 'vórtices de luz' como o nosso, mas ainda utilizando um sistema antigo de modulação em frequência."
"Não era o que usaram os nossos antecessores antes da Grande Revolução14 ?" perguntou Azakis.
"Exato. Não era muito eficiente, mas nos permitiu trocar informações em todo o planeta por um longo perÃodo de tempo e definitivamente nos ajudou a chegar onde estamos agora."
Azakis sentou na cadeira de comando, mordendo por um momento o dedo indicador, e depois, disse: "Se este é o sistema de comunicação atualmente em uso na Terra, talvez podemos ser capazes de captar um pouco do que eles transmitem."
"Sim, talvez um bom filme pornô", disse Petri, mostrando levemente a lÃngua do lado esquerdo da boca.
"Para com essas bobagens. Em vez disso, por que não tenta ajustar o nosso sistema de comunicação secundário com essa tecnologia? Gostaria de chegar lá o mais bem preparado possÃvel."
"Entendi. Serão muitas horas de trabalho nesse compartimento minúsculo."
"O que você acha de comer algo antes?" começou Azakis, antecipando o pedido de seu amigo, que imaginou viria a qualquer momento.
"Esta é a primeira coisa sensata que eu ouvi você dizer hoje", respondeu Petri. "Toda essa turbulência me deu um apetite!"
"Ok, vamos fazer uma pausa, mas eu decido o que pegar. O fÃgado de Nebir que você escolheu ontem, ficou no meu estômago tanto tempo que parecia ter feito raizes."
Dez minutos mais tarde, quando os dois companheiros de viagem ainda estavam ocupados com a refeição, na Terra, no controle de missões da NASA, um jovem engenheiro observou uma estranha variação na rota de sonda que monitorava.
"Chefe", disse ele ao microfone que tinha a um centÃmetro de sua boca e ligado ao seu fone de ouvido. "Acho que temos um problema."
"Que tipo de problema?" apressou-se a responder o engenheiro responsável pela missão.
"Parece que Juno por alguma razão ainda desconhecida, sofreu uma ligeira variação na rota estabelecida."
"Variação? De quanto? Mas, devido a quê?" Já estava suando frio. O custo dessa missão era exorbitante e nada podia dar errado.
"Estou