Amor Como Este . Sophie Love

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Amor Como Este  - Sophie Love


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querida,” a mulher disse, atendendo imediatamente, como se a visão do nome de sua caçula no identificador de chamadas tivesse impelido a uma ação imediata. “Está tudo bem?”

      Keira suspirou. “Estou ligando para contar sobre uma tarefa que recebi hoje no trabalho. É uma matéria de capa. Tenho que ir para a Irlanda.”

      “Querida, que notícia maravilhosa. Que emocionante! Parabéns. Mas porque sua voz está tão abatida?”

      Keira virou de barriga para baixo. “Zach. Ele está irritado. Ele basicamente disse que se eu fosse tudo estaria acabado entre nós.”

      “Tenho certeza que ele não falou sério,” sua mãe disse docemente. “Você sabe como os homens são. Você acabou de ferir o ego dele colocando suas prioridades acima dele.”

      Keira distraidamente arrancou o canto de uma fronha. “Tem mais a ver com o casamento de Ruth amanhã,” ela explicou. “Ele acha que o estou abandonando, deixando-o em uma má situação. Como se a vida dele fosse desmoronar se aparecesse sem uma companhia.” Ela riu ironicamente, mas foi recebida com silêncio no outro lado da linha.

      “Oh,”, sua mãe disse.

      “Oh o quê?” Keira perguntou, fechando a cara.

      A voz de sua mãe havia perdido um pouco da receptividade. Havia uma vertente na voz que Keira reconhecia muito bem, visto que tinha escutado milhares de vezes quando criança. Desaprovação.

      “Bem, não me dei conta que você perderia o casamento da irmã dele,” ela disse.

      “E isso muda as coisas em sua opinião?” disse Keira, engrossando um pouco.

      Sua mãe respondeu na voz que Keira reconhecia como “diplomática.” “Se você já tivesse esse compromisso antes. E é a irmã dele. Chegar sozinho em casamentos é realmente horrível. Todos olham e sussurram. Ele vai se sentir bem desconfortável.”

      “Mãe!” lamentou Keira. “Não estamos mais na década de 50. O conforto de um homem não é mais importante que a carreira de uma mulher!”

      “Não foi isso que quis dizer, querida,” sua mãe disse. “Eu quis dizer que Zachary é um jovem adorável e não há nada errado em priorizar um casamento. Você não quer ser igual à sua irmã, sempre naqueles websites de relacionamento, tendo aquelas noites horríveis com homens que dizem ter 1,80 m quando na verdade têm apenas 1,60 m!”

      “Mãe!” Keira gritou novamente, colocando um fim na incoerência de sua mãe. “Preciso que seja solidária nesse momento.”

      Sua mãe suspirou. “Estou sendo. Estou muito feliz por você. E eu amo sua… paixão. Eu amo.”

      Keira revirou os olhos. Sua mãe não era muito boa em ser convincente.

      “Apenas acho que nesta situação você deveria ficar com seu namorado. Quero dizer, o que realmente importa mais? De qualquer forma, estará pedindo demissão daquele emprego daqui três anos para começar a ter filhos.”

      “Ok, mãe, pare de falar agora!” interrompeu Keira. Ter filhos estava tão longe de seu radar que era uma sugestão absurda.

      “Querida,” sua mãe disse calmamente. “É muito nobre que queira trabalhar tanto. Mas o amor também é importante. Tão importante quanto. Escrever este artigo realmente significa mais para você do que o Zachary?”

      Keira percebeu que estava segurando o telefone firmemente. Ela soltou um pouco. “Tenho que ir, mãe.”

      “Pense sobre o que eu disse.”

      “Vou pensar.”

      Ela desligou, seu coração pesado. A euforia que tinha sentido antes tinha evaporado completamente. Só havia uma pessoa que poderia animá-la nesse momento, e esta era Bryn. Ela rapidamente encontrou os detalhes de contato de sua irmã mais velha e ligou.

      “Oi irmãzinha,” Bryn disse quando atendeu. “Você perdeu o brunch.”

      “Estava trabalhando,” Keira respondeu. “Joshua arrastou todos nós para o escritório, acho que apenas para se mostrar em frente do Elliot sobre essa matéria de capa da Irlanda que ele iria escrever. Só que ele escorregou e… bem, ele quebrou a perna.”

      “Você está brincando?” exclamou Bryn, rindo histericamente. “Como isso aconteceu?”

      Logo, Keira sentiu sua infelicidade começar a derreter, tamanho era o poder de Bryn.

      “Foi insano,” ela disse. “Eu vi o osso dele. E, então, ele gritou sobre como ele tinha arruinado suas calças caras!”

      As duas irmãs riram juntas.

      “E o que aconteceu depois?” perguntou Bryn, sendo a plateia cativa que Keira tinha buscado no Zachary e em sua mãe.

      “Ele estava sendo carregado na maca pelos paramédicos e percebi que a reunião estava prestes a começar—Elliot odeia quando as pessoas se atrasam—então fui lá e sentei. E acredito que chamei a atenção dele por causa disso, e ele me deu o artigo da Irlanda.”

      “Não acredito!” exclamou Bryn. “Você está brincando? Minha irmã caçula está escrevendo a história de capa?”

      Keira sorriu. Ela sabia que Bryn não compreendia completamente a extensão de como isso era importante para ela e estava fingindo pelo menos 20% de seu entusiasmo, mas ela valorizava isso. Foi o tipo de reação que ela esperava de Zach.

      “Sim. É ótimo. Mas eu tenho que ir para Irlanda amanhã, então perderei o casamento de Ruth.”

      “Oh, grande coisa. E daí?” Bryn disse. “Isso é muito mais importante. Na verdade, nunca achei que você gostasse de Ruth.”

      “Não gosto. Mas gosto do Zach,” disse Keira, incitando Bryn a considerar o porquê ir para a Irlanda de um dia para o outro pode não ser a coisa mais fácil de fazer no mundo. “Eu deixei ele bastante bravo dessa vez.”

      Bryn exalou. “Olha. Mana. Eu sei que isso é difícil. E eu gosto do cara, acredite em mim, eu gosto. Mas você tem que ir! Você tem que fazer isso. Odeio ser a pessoa a te dizer isso, mas você não deveria ficar com um cara que te impede de seguir adiante. Você só vai ficar ressentida com ele se ceder às suas exigências.”

      “E ele ficará ressentido comigo se eu não ceder.”

      “Isso. Essa é uma triste realidade, mas às vezes a vida atrapalha o amor. Duas pessoas podem ser certas uma para a outra, mas o momento pode ser errado.”

      Keira sentiu uma dor no peito por terminar com Zachary a favor de sua carreira. Mas talvez Bryn estivesse certa. Talvez não fosse o momento certo para eles.

      “Então, o que você vai fazer?” perguntou Bryn, despertando Keira de seu devaneio.

      Keira respirou fundo. “Sabe de uma coisa, já aguentei muita porcaria subindo a escada corporativa para desistir no último obstáculo. Não posso desperdiçar isso.”

      Keira sentiu sua motivação voltando. Ela estava triste com a hipótese de deixar Zachary para trás, mas não conseguia enxergar outra opção. Recusar esta oportunidade seria o final de sua carreira. Não havia outro caminho.

      Ela tinha que ir.

      CAPÍTULO TRÊS

      O alarme de Keira a acordou em um horário estupidamente cedo na manhã seguinte, soando como uma sirene. Ela rolou e o desligou e, então, percebeu que o outro lado da cama estava vazio. Zach não tinha dormido lá na noite passada.

      Ela levantou, esfregando os olhos, e deu uma espiada na sala de estar. Nada de Zach. Tal como ela previu, ele não tinha voltado para a casa na noite passada. Ele deve ter ficado na casa de Ruth.

      Repelindo sua decepção e tristeza, Keira tomou um banho rápido, lutando para impedir que a água quente a arrastasse de volta para cama, e se vestiu com roupas confortáveis para a longa viagem.

      Ela pegou a mala, e verificou se estava com as passagens e o itinerário que Heather lhe dera. Satisfeita


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