A Última Missão Da Sétima Cavalaria. Charley Brindley

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A Última Missão Da Sétima Cavalaria - Charley Brindley


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metal da estrutura gemia conforme o avião era torcido para a direita, e então pareceu se estabilizar por um momento.

      Alexander deu um jeito de abrir caminho até a cabine do piloto. Quando ele puxou a maçaneta, a porta voou, atingindo seu capacete e quase arrancando seu braço. Ele se empurrou pela entrada, se inclinando contra o vento que uivava pela porta aberta.

      "Puta merda!"

      Ele piscou, desacreditado do que via: Toda a parte da frente do C-130 tinha ido embora, incluindo os assentos do piloto e do copiloto. O assento do navegador ainda estava no lugar, mas estava vazio. Quando ele olhou através do buraco onde deveria estar a frente do avião, ficou apavorado ao vê-la rodopiando em direção ao topo de uma montanha irregular, não mais do que três quilômetros à frente deles.

      “Todos para fora!” gritou em seu microfone. O soldados o encararam, paralisados, como se não entendessem suas ordens. “Pela parte de trás, AGORA!”

      Ele correu para a traseira do avião, decidindo que era melhor liderá-los do que empurrá-los para fora. Era como estar em cima de um daqueles pisos malucos em uma casa de ilusões do parque de diversões, onde o chão ondula para cima, para baixo, e para os lados. Era impossível manter o equilíbrio com a aeronave deformada balançando e estremecendo no ar.

      Enquanto o avião rodava, a lataria se rasgava, rangendo pela cabine como uma criatura viva sendo dilacerada. Alexander foi jogado contra um dos homens. Mãos fortes agarraram seus ombros, impedindo que ele rolasse pelo convés.

      Na parte de trás do avião, ele se ajoelhou para destravar um dos cintos na caixa de armas. Quando a trava se soltou, ele agarrou o segundo cinto, mas a fivela estava presa, sendo puxada pela tensão. Enquanto ele lutava com a trava, uma mão segurando uma faca passou pela sua cabeça e cortou o cinto. Ele olhou para cima e viu o rosto sorridente da soldado Autumn Eaglemoon.

      Eaglemoon deu um tapa na lateral de seu capacete, em cima da orelha direita. Alexander checou a chave do seu comunicador; estava desligada.

      “Droga,” sussurrou, “a porta deve ter atingido.” Ele a ligou novamente. “Alguém consegue me ouvir?”

      Vários soldados responderam.

      A aeronave sacudiu para a esquerda, arremessando a caixa de armas pela traseira. A corda estática se esticou, puxando as cordas de abertura dos dois paraquedas laranjas da caixa.

      Alexander sinalizou aos seus soldados para o seguirem enquanto ele pulava, mas assim que deixou a aeronave ele percebeu que havia esquecido de conectar sua corda estática ao cabo aéreo. Ele se virou de costas para ver seus soldados o seguindo como uma família de pintinhos verde militar seguindo sua mãe. Seus paraquedas ondulavam conforme se abriam um após o outro.

      Deus, espero que todos consigam.

      A asa direita do C-130 se soltou e girou em direção a eles. Metade dela havia se perdido, inclusive o motor de popa. O motor que restou pegava fogo, deixando uma trilha espiral de fumaça cinza.

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      “Puta merda!” Alexander assistiu horrorizado a asa em chamas girando em direção às suas tropas. “Cuidado! A asa!”

      Os soldados esticaram os pescoços, mas seus paraquedas sacudindo bloqueavam a visão do que estava acima. Como uma ceifadeira, a asa espiralou pelo ar, passando apenas três metros abaixo de um dos soldados.

      “Joaquin!” o soldado gritou em seu comunicador. “Vire para a direita!”

      O soldado Ronald Joaquin puxou sua linha de controle e foi se virando lentamente para a direita, mas não foi o suficiente. A ponta quebrada da asa pegou quatro das cordas do seu paraquedas e o desviou para o lado com um puxão violento. Seu paraquedas ruiu e ele foi arrastado pela asa, que ainda girava.

      “Aperte a fivela para se soltar!” Alexander gritou em seu comunicador.

      “Filho da mãe!” Joaquin gritou.

      Ele batia na fivela do paraquedas enquanto era arrastado pela asa. Finalmente, ele agarrou a fivela e puxou para abrir e se livrar das cordas que o prendiam à asa. Ele caiu por dez segundos, então se virou para ter certeza de que estava livre da asa antes de acionar seu paraquedas reserva. Quando o paraquedas reserva se abriu, ele começou a respirar novamente.

      “Ufa! Essa foi por pouco,” exclamou.

      “Bom trabalho, Joaquin,” Alexander disse.

      Ele observou a asa com o paraquedas sendo arrastado atrás dela enquanto caiam em direção às árvores lá embaixo. Ele então puxou a sua corda de abertura e escutou um woosh do pequeno paraquedas piloto que puxava o principal de sua mochila, e sentiu o solavanco do paraquedas principal se abrindo.

      A asa deformada atingiu a copa das árvores na diagonal, cortando os galhos superiores e caindo no chão. Um fiapo de fumaça subiu e o tanque de combustível se rompeu, liberando uma nuvem de chamas e fumaça preta que ondulava acima das árvores.

      Alexander observou o horizonte. “Que estranho,” ele disse enquanto rodava, tentando ver seus soldados e contar os paraquedas, mas não conseguia enxergar nada além do toldo do seu próprio paraquedas. “Quem está online?” gritou em seu microfone. “Respondam pelos números.”

      “Lojab,” ouviu em seu comunicador.

      “Kawalski,” Kawalski gritou. “Lá vai o avião, para o sudeste.”

      O C-130 era seguido por uma trilha de fogo e fumaça como um meteoro enquanto se inclinava para as montanhas. Um segundo depois, explodiu em uma bola de fogo.

      “Puta merda,” Alexander resmungou. “Ok, pelos números. Já contei Lojab e Kawalski.”

      Ele contava os soldados conforme eles diziam seus nomes. Todos os soldados tinham um número designado; o Sargento Alexander era o número um, o cabo Lojab era o número dois, e assim por diante.

      Mais alguns disseram seus nomes, e então restou o silêncio. “Dez?” chamou Alexander, “Droga!” Ele puxou sua linha de controle direita. “Sharakova!” gritou. “Ransom!” Sem resposta.

      “Ei, Sargento,” Kawalski interferiu pelo comunicador.

      “Sim?”

      “O comunicador da Sharakova ainda não está funcionando, mas ela conseguiu pular. Está bem acima de você.”

      “Ótimo. Obrigado, Kawalski. Alguém está vendo o Ransom?”

      “Estou aqui, Sargento,” Ransom respondeu. “Acho que desmaiei por alguns minutos quando bati na lateral do avião, mas eu estou acordado agora.”

      “Bom. Contando comigo, somos treze” continuou Alexander. “Todo mundo está online.”

      “Eu vi três tripulantes do C-130 saírem do avião,” Kawalski disse. “Eles abriram os paraquedas bem embaixo de mim.”

      “O que aconteceu com o capitão?” Lojab perguntou.

      “Capitão Sanders,” Alexander chamou em seu microfone. Esperou um momento. “Capitão Sanders, está me ouvindo?”

      Não houve resposta.

      “Ei, Sargento,” alguém disse no comunicador. “Não íamos pular entre nuvens?”

      Alexander olhou para baixo — a camada de nuvens não estava ali.

      Era isso que estava estranho; nada de nuvens.

      “E o deserto?” outro perguntou.

      Abaixo deles não havia nada além de verde em todas as direções.

      “Não


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