A Última Missão Da Sétima Cavalaria. Charley Brindley

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A Última Missão Da Sétima Cavalaria - Charley Brindley


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diabos de língua é essa?” Alexander perguntou.

      “Nada que eu já tenha ouvido,” Lojab disse, parado atrás de Alexander enquanto segurava seu rifle M16.

      “Eu também,” Joaquin disse do outro lado de Alexander.

      O homem olhava de um rosto para o outro. Estava obviamente assustado por conta destes estranhos, mas com muito mais medo de algo que estava atrás dele.

      Muitos outros passaram correndo, e o homem sacudiu seu braço até ele se soltar e puxou seu boi com ele, tentando escapar.

      “Você quer que eu faça ele parar, Sargento?” Lojab perguntou.

      “Não, deixe ele sair daqui antes que tenha um ataque do coração.”

      “As palavras dele definitivamente não eram língua pachto.”

      “Nem árabe.”

      “Ou urdu.”

      “Urdu?”

      “É o que os paquistaneses falam,” Sharakova respondeu. “E inglês. Se eles fossem paquistaneses, provavelmente teriam entendido seu inglês, sargento.”

      “Sim.” Alexander observou as últimas pessoas desaparecerem na trilha. “Foi o que pensei. E eles eram muitos brancos para serem paquistaneses.”

      “Oh-oh,” Kawalski exclamou.

      “O que é agora?” Alexander perguntou.

      “Elefantes.”

      “Definitivamente estamos na Índia.”

      “Eu duvido que a gente estivésse tão fora de curso,” Alexander disse.

      “Bom,” Kawalski disse, “você pode perguntar para aquelas duas garotas onde estamos.”

      “Que garotas?”

      “Em cima dos elefantes.”

      “Noventa por cento dos indianos falam inglês,” Ledbetter disse.

      “Ei, Apache,” Joaquin disse, “Lead Butt falou ‘indianos.’”

      “Tudo bem; eles são indianos,” Eaglemoon respondeu.

      “Por que não nativos do subcontinente asiático?”

      Alexander balançou a cabeça em negação. “Nós não estamos na Índia. Provavelmente fazem parte de uma trupe de circo.”

      “Sério? Bom, eles devem ter feito um show dos diabos para assustar assim todas aquelas pessoas.”

      “Kawalski,” Alexander perguntou, “as duas mulheres estão armadas?”

      “Sim.”

      “Com o que?”

      “Arco e flecha, e...”

      Alexander encarou Joaquin, que ergueu as sobrancelhas.

      “E o que, Kawalski?”

      “Beleza. São duas gostosas.”

      “O Kawalski acha que qualquer coisa com seios é gostosa,” Kady disse no comunicador.

      “Que estranho, Sharakova; eu nunca achei que você fosse gostosa.”

      “Você nunca me viu usando um vestido.”

      “Obrigado Deus pelas pequenas alegrias.”

      “A que distância elas estão, Kawalski?” Alexander perguntou.

      “Cinquenta metros.”

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      “Por serem elefantes, até que estão bem quietos.”

      “Provavelmente andando na ponta dos pés.”

      “Fiquem quietos!” Alexander disse. “Pode ser uma armadilha. Estejam prontos para tudo.”

      Quando os elefantes ficaram lado a lado com Alexander, ele não viu nenhum sinal de emboscada, e as duas mulheres não pareciam ameaçadoras. Ele saiu de trás da árvore e levantou sua mão em um gesto amigável.

      “Olá.”

      A mulher que estava mais perto dele soltou uma exclamação.

      “Talvez essas pessoas nunca tenham visto capacetes do exército.”

      Alexander tirou seu capacete e passou a mão pela cabeça quase careca. As mulheres se encararam e falaram algo que ele não conseguiu entender.

      “Agora você está realmente assustando elas, sargento,” Kawalski disse. “Coloque de volta.”

      “Muito engraçado.”

      Elas olharam para baixo encarando Alexander, mas não tentaram parar os animais. O primeiro elefante tinha cerca de dois metros de altura até o ombro, e o outro era um metro mais alto, com orelhas do tamanho das portas de um caminhão de dezoito rodas. Ele era guiado por uma mulher jovem e magra de cabelo ruivo. A mulher que guiava o elefante menor era muito parecida, mas seu cabelo era loiro. As duas tinham uma espécie de emblema ou marca em seus rostos.

      Alguns metros a frente, Lojab saiu de uma moita. Ele tirou seu capacete e fez uma reverência, então se endireitou e sorriu para a loira.

      “Olá, madame. Aparentemente eu perdi o meu Porsche. Você pode me levar até o McDonald’s mais próximo?”

      Ela sorriu, mas não disse nada. Ele a observou balançar para frente e para trás em um movimento fácil, fluido, perfeitamente sincronizado com os movimentos do elefante, como uma dança erótica entre mulher e fera. Lojab caminhou ao lado do animal, mas então percebeu que teria que correr para acompanhar.

      “Para onde as senhoritas vão? Talvez poderíamos nos encontrar hoje à noite e tomar uma cerveja, ou duas, ou cinco.”

      Ela disse três ou quatro palavras, mas nada que ele pudesse entender. E então voltou a prestar atenção no caminho à frente.

      “Ok.” Ele parou no meio da trilha e assistiu ela esticar a mão para tirar um galho de árvore do caminho. “Te encontro lá, perto das oito horas.”

      “Lojab.” Karina apareceu e parou atrás dele. “Você é patético.”

      “O que você quer dizer? Ela disse pra encontrá-la hoje à noite no Bar e Churrascaria do Joe.”

      “Ah, beleza. Em que cidade? Kandar? Carachi? Nova Delhi?”

      “Vocês repararam na tatuagem delas?” Joaquin perguntou.

      “Sim, bem nos rostos,” Kady disse.

      Joaquin fez que sim com a cabeça. “Parecia o tridente do diabo com uma cobra, ou alguma coisa assim.”

      “Elefante chegando,” Kawalski disse.

      “Devemos nos esconder, sargento?”

      “Por que se incomodar?” Alexander respondeu.

      O terceiro elefante era guiado por um jovem. Seu longo cabelo arenoso estava preso para trás com uma tira de couro. Ele estava nu até a cintura, seus músculos bem definidos. Olhou para os soldados, e da mesma forma que as mulheres, carregava um arco e uma aljava de flechas nas costas.

      “Eu vou tentar um pouco de espanhol com ele.” Karina removeu seu capacete. “Cómo se llama?”

      O jovem a ignorou.

      “A qué distancia está Kandahar?” Ela se voltou para o sargento Alexander. “Eu perguntei a ele qual a distância até Kandar.”

      O


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