O Gato Sortudo. L.M. Somerton

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O Gato Sortudo - L.M. Somerton


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de 1,70m tinha sido benéfica. Não quando tentava ser servido em seu bar de fetiche favorito, embora ser espremido entre todos aqueles gatos vestidos de couro preto fosse sempre tolerável. Ele bufou. Não na hora de pegar sua marca preferida de batatas fritas no supermercado, que sempre estava na prateleira de cima. Colocada ali, ele tinha certeza, pelo assistente adjunto esnobe como vingança por Landry ter recusado sua oferta para um boquete rápido no banheiro dos funcionários. Até parece. Nunca nas refeições em família, quando se sentava entre seus irmãos gêmeos mais velhos, como um munchkin loiro entre dois figurantes de Vikings. Ele deu marcha ré, balançando o bumbum para evitar um prato com padrão de salgueiro balançando em um balde de latão para carvão. Seus joelhos doíam e ele bateu o cotovelo em uma tela de lareira de ferro fundido, mas resgatou a bala de canhão amassada que fazia uma tentativa de fuga sob pilhas oscilantes de troncos.

      “Bem, essa é uma visão bonita.”

      “Ei!” Landry preferiu ficar indignado do que lisonjeado. Ele tentou se levantar rápido demais e bateu com a cabeça em um carvalho sólido, livre de carunchos. “Foda-me!” Ele finalmente conseguiu chegar ao ar livre e levantou-se, esfregando o cabelo já bagunçado para deixá-lo ainda mais bagunçado.

      “Isso é um pedido?”

      Landry olhou para cima… e para cima… para um par de olhos azuis claros cintilantes. O cliente, porque era quem Landry imaginou que o recém-chegado deveria ser, era lindo de morrer, minha-bunda-é-sua e ele estava sorrindo. Bem, sorrindo com malícia.

      “Homem engraçado. Em que posso ajudá-lo, senhor?” Landry cerrou os dentes e lembrou-se de que o Sr. Lao, seu chefe, bateria nele como um inseto se fosse sarcástico com um cliente em potencial. Embora, nessa ocasião, poderia valer a pena mexer com o homem.

      “Outra pergunta sugestiva.”

      Landry revirou os olhos. Cabelo preto, olhos azuis, uma barba por fazer e queixo esculpido não significavam passe livre. “O salão de massagens fica três portas abaixo, pouco antes da igreja de São Pedro. Você pode conseguir qualquer coisa de corpo inteiro e depois confessar tudo no espaço de uma hora.” Ele fez uma tentativa ineficaz de espanar a poeira dos joelhos do seu jeans preto rasgado. Olhos Azuis enfiou a mão dentro da jaqueta e tirou uma carteira, que ele abriu para exibir um distintivo do Departamento de Polícia de Seattle e uma carteira de identidade.

      “Gage Roskam. Seu chefe está por aí?”

      Landry ficou mais excitado do que intimidado pelo distintivo. Policial mais algemas significavam um momento sexy. Todo policial que ele já conheceu tinha uma atitude ‘não se meta comigo’ e uma inclinação natural para controle — exatamente o tipo de homem com o qual Landry gostava de mexer. Ele bateu os cílios. “E o que faz você pensar que não sou o chefe?”

      “Você não é um chinês de sessenta e oito anos chamado Jian Lao?”

      “Muito observador, Policial. Todo aquele treinamento deu resultado.” Landry colocou uma pitada extra de balanço em seus quadris enquanto caminhava em direção ao caixa na parte de trás da loja.

      “Colocando o dinheiro dos seus impostos para trabalhar, pirralho.”

      “Ei! Você não deveria me chamar de senhor, já que é um servidor público e tudo mais?”

      “Nos seus sonhos e você deveria mostrar mais respeito pela aplicação da lei.”

      “Você vai me obrigar?”

      “Você tem sorte por eu estar de plantão ou eu o inclinaria sobre a superfície plana mais próxima e lhe daria a surra que você está implorando.”

      “Essa cantada está no manual do grande policial mau?” Landry se moveu rapidamente para trás do caixa, aliviado por alcançar sua cintura e, portanto, esconder sua ereção crescente. “Porque eu não acho que seja muito profissional.”

      “Uso uma linguagem apropriada à situação.” Gage sorriu. “Posso lhe dar o número do meu distintivo se você quiser fazer uma reclamação. Por outro lado, se quiser se envolver em uma conversa profunda e significativa sobre sua atitude, você pode usar esse número.” Ele pegou uma caneta de um pote ao lado da caixa registradora e em seguida rabiscou seu número na folha de cima da pilha de papel de embrulho.

      Landry mordiscou o lábio inferior. Ele recebia muitas propostas, mas havia algo em Gage que o atraía. Ele poderia muito bem ter tatuado ‘Dominador’ na testa e isso provocou o lado submisso de Landry. Ele também repreendeu Landry sobre sua atitude sarcástica, que teve o efeito duplo de estimular o intelecto de Landry enquanto ele decidia sobre a réplica mais adequada e de lhe dar vontade de cair de joelhos. Ele resistiu à última opção.

      “Agora é você que está sonhando. Sr. Lao não está aqui.” Landry verificou seu relógio. “E como ele saiu para almoçar com um bando de amigos do seu clube de boliche, eu não o espero de volta tão cedo. Então, há algo em que possa ajudá-lo que não envolva a minha prisão?”

      Gage deu a ele um olhar intenso, que fez Landry se contorcer e desejar ter vestido uma calça mais folgada naquela manhã. “Tudo bem. Tenho algumas fotos que quero que você dê uma olhada.” Gage pegou seu telefone.

      “Quão pervertidas elas são?” Landry perguntou. “Porque acho que você deveria saber que há algumas coisas que eu simplesmente não estou interessado.”

      “Somente algumas coisas? Você me surpreende. Você está interessado em receber bens roubados?”

      “Não! Claro que não.” Landry se indignou. “Antiguidades Treasure Trove é um estabelecimento respeitável. Sr. Lao não compra nada sem verificar sua procedência e eu não compro nada porque o Sr. Lao ainda não permite. Não sei dizer a diferença entre dinastia Ming e lixo turístico feito em algum emprego escravizante e clandestino em Kowloon, embora ele esteja tentando me ensinar. Sou uma espécie de aprendiz dele.”

      “Se eu lhe mostrar um punhado de fotos, você saberia se tem os itens em estoque?”

      “Isso eu posso fazer.” Landry não pôde deixar de se orgulhar um pouco. “Sr. Lao tem dificuldade em lembrar qual é o dia da semana. Ele confia em mim para colocar as mãos em qualquer coisa que os clientes estejam procurando e, nesse lugar…” Ele apontou para o espaço cavernoso cheios de fileiras e mais fileiras altas de estoque. “Isso é nada menos do que um milagre.”

      “Então há algum lugar onde possamos nos sentar, porque isso pode levar um tempo?”

      “Vou querer um vanilla late extragrande e magro e um brownie.”

      Gage suspirou. “Você tem sorte de eu ser um homem paciente. Onde você sugere que eu vá para comprá-los?”

      “Agora isso depende.” Landry bateu um dedo nos lábios. “Você não parece um cara Starbucks, mas há um descendo o quarteirão se isso o deixa feliz. O café ao lado é um lugar pequeno e independente e há pouquíssimas coisas que eu não faria por um suprimento regular dos seus produtos assados.”

      “Qual é a aparência de um homem Starbucks? Não, não me diga. Não preciso saber.”

      “Minha cooperação está condicionada a provisões.”

      “Então você está me dizendo que aceita subornos?”

      “Absolutamente. Desde que envolvam chocolate. Ou café. De preferência ambos e em grandes quantidades.”

      “Vou demorar cinco minutos. Não vá a lugar nenhum.”

      “Talvez você devesse me algemar, Policial.” Landry piscou.

      “É Detetive e não me tente.” Gage caminhou em direção à saída. Landry manteve o olhar colado no traseiro do homem, desejando que seu casaco não o cobrisse tão bem. Ele lambeu os lábios e empurrou a palma da mão na ereção.

      “Calma, garoto. Comporte-se. Você vai me meter em tantos problemas… Não que eu não apreciasse me


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