Atração De Sangue. Victory Storm
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Atração de Sangue
Victory Storm
Copyright ©2019 Victory Storm
Email: [email protected]
Sito web: www.victorystorm.com
Editore libro tradotto: Tektime
Tradutor (de italiano para português): Silvia Rodriguez
Capa do livro: Festball © ISO K° by Fotolia.com
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do livro pode ser reproduzida ou divulgada por qualquer meio, fotocópia, microfilme ou outro, sem a permissão do autor.
Este livro é um trabalho de fantasia. Personagens e lugares mencionados são invenções do autor e destinamse a conferir veracidade à narrativa. Qualquer analogia com fatos, lugares e pessoas, vivos ou mortos, é absolutamente aleatória.
Atração de Sangue
TRILOGIA DE SANGUE #1
Victory Storm
Tradutor: Silvia Rodriguez
Quando todas as tuas certezas desaparecem e não sabes mais quem és,
só te resta fugir. Fugir deles e da sua sede de sangue…
O teu sangue!
Vera acabou de descobrir a existência de vampiros e agora tem que escapar. Numa fuga entre Dublin e Londres, Vera torna-se a presa de uma espécie sanguinária e feroz, porque no seu sangue esconde-se a arma para destruir a raça vampírica. A persegui-la está Blake, um dos vampiros mais antigos e fortes do mundo, mas um estranho destino lhes está reservado. Aquele que devia ser um confronto entre o bem e o mal resultará numa estranha e explosiva atração que mudará os rumos das suas vidas, revelando os segredos que se escondem no passado de ambos.
PRÓLOGO
16 de novembro de 2018
«Vera Campbell.»
Acenei com a cabeça em concordância.
«Dezassete anos. Cabelos e olhos castanhos, rosto pálido, não particularmente alta, demasiado delgada... Em resumo, insignificante» comentou a madre superiora com um tom carregado de desprezo, fazendo deslizar o olhar sobre o meu corpo em pé, diante dela, tenso como uma corda de violino.
A enésima punhalada nos confrontos do meu físico pouco vistoso. Já o sabia, ouvi-lo dizer tornava a coisa ainda mais óbvia e brutal.
«Das notas do teu último boletim escolar, parece-me que por baixo do aspeto físico também exista muito pouco» continuou a freira com voz severa e maligna, folheando o meu fascículo pessoal que cobria a sua poderosa secretária.
«Verdadeiramente, nunca tive uma insuficiência no boletim escolar e esforço-me...» protestei. Tudo bem que eu era desagradável à vista, mas ignorante não!
Para além disso, não era culpa minha se tinha faltado muitas vezes às aulas por causa da minha saúde.
«Por acaso, disse-te que podias falar?» gritou a mulher cheia de indignação.
Senti-me desfalecer. Há quase vinte minutos que permanecia ali, em pé, em tensão, perante a reitora do colégio católico, onde passarei, de certeza, ao menos os próximos dois meses, longe da minha tia Cecília, o meu único verdadeiro ponto de referência. Sem contar tudo aquilo que passei nos últimos dias, nem com o verdadeiro motivo daquela estadia forçada!
«Órfã de mãe. Pai desconhecido. Confiada à guarda de Cecília Campbell, uma freira que abandonou o hábito para tomar conta da sobrinha. Mmh... Aqui diz também que estás doente... Uma forma muito rara de anemia» Leu a madre superiora numa outra folha com um tom de puro desprezo.
Pareceu-me receber uma bofetada em plena face. Não estava habituada a provocar repugnância quando se falava da minha saúde. Geralmente, era rodeada de carinho e compreensão.
«Tem aqui até mesmo uma recomendação em relação à tua dieta. Rica de proteínas e muita carne de porco ou bovina, mal passada. Nada de aves» comentou a mulher, como se estivesse prestes a vomitar.
Não consegui concordar. Sentia-me o alvo principal daqueles olhos cinzentos, que pareciam querer atravessar-me como punhais.
«Como se não bastasse aqui está escrito também que deves beber, pelo menos uma vez por mês, 50 cl de liquido retirado do sistema arteriovenoso de porcos ou bovinos... Onde já se viu! Beber sangue animal? Isto é escandaloso!» deixou escapar a reitora, com o rosto todo vermelho de repulsa, continuando a ler o meu processo, no qual, aparentemente, alguém se tinha dado ao incómodo de escrever sobre mim e sobre a minha vida.
Apetecia-me responder-lhe que aquele era o único modo para manter-me viva e que a minha tia tinha feito mil sacrifícios para salvar-me, depois que lhe fui confiada após a morte da minha mãe, que faleceu pouco depois do parto.
Para além disso, a minha tia dizia sempre que beber sangue não era assim tão chocante, pois em certos países do oriente era habitual beber o sangue quente de cobra para combater os reumatismos logo, não era uma coisa assim tão estranha.
«O teu médico não sabe que hoje em dia existem as transfusões?».
«Sim, mas infelizmente descobriu-se que para haver benefícios mais imediatos e prolongados no tempo, o meu organismo reage melhor quando também está envolvido o aparelho digestivo» sussurrei, tropeçando nas palavras. Nem mesmo eu tinha percebido verdadeiramente o motivo pelo qual as transfusões não me fortaleciam tanto quanto beber a minha “hemodose”, como lhe chamávamos a minha tia e eu.
Às vezes, a anemia conseguia enfraquecer-me a ponto de perder os sentidos. Bastava o meu “remédio” e rapidamente recuperava a minha audição e vista perfeitas e a sensação de fadiga, que sentia anteriormente, desaparecia por completo.
A madre superiora emitiu um longo suspiro, deixando-se afundar na poltrona dura e negra, sobre a qual estava confortavelmente sentada, enquanto eu nem sequer tinha tido a autorização para me sentar.
«Se estás aqui, é só porque o cardeal Siringer me pediu pessoalmente, mas quero deixar bem claro que isto não é um refúgio para desadaptados, mas um ilustre colégio, que segue e respeita a vontade do Senhor».
O padre Dominick já me tinha falado daquele prestigioso colégio, antigo castelo de Melmore, que se erguia sobre as ruínas sagradas da Melmore Abbey, uma das abadias mais antigas e que resistiu às diversas guerras na Irlanda. Sabia que ali estaria segura, mas naquele momento sentia-me numa prisão escura e fria. Até o clima me era adverso. O inverno estava a chegar e sabia que por muito tempo não voltaria a ver o sol. Para além disso, aquela zona era muito propícia a precipitações e muros de neblina.
Se quisesse sobreviver, tinha que encontrar alguma coisa bela, caso contrário enlouqueceria.
«Bem. Podes ir. Encontrarás a Irmã Agatha que te acompanhará ao teu quarto, onde estarão dois uniformes que deves vestir sempre, uma roupa de ginástica e o horário das aulas, que deves começar a frequentar a partir de amanhã de manhã.
Tens uma hora para guardar as tuas coisas e dirigir-te à igreja para a missa. Sê pontual» dispensou-me a madre superiora com um aceno de mão.
Fiz tanto esforço a mover-me e a voltar-me que tive a impressão que tinha criado raízes.
Não