Cativeiro. Brenda Trim

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Cativeiro - Brenda Trim


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infelicidade.

      — Quero que você fique com isso, caso eu não tenha permissão para voltar. Certifique-se de escondê-los dos outros, sob o colchão — aconselhou Liv, jogando o conjunto na direção dele.

      Ele o pegou sem desviar os olhos dos dela. Olhando para trás, ela sentiu o rubor retornar às suas faces, mas não desviou o olhar desta vez.

      Se nunca mais o visse, queria que ele soubesse que ela realmente se importava com ele. Esperava que ele o visse em seu íntimo, onde o olhar dele penetrava em sua alma.

      Forçando-se a interromper o controle que ele exercia sobre ela, ela se virou para sair da sala.

      — Lawson.

      O tom de barítono grave enviou um arrepio por sua espinha, e ela se virou para encará-lo. Olhos cinza-aço roubaram seu fôlego e enfraqueceram seus joelhos. Ele lhe disse o seu nome. Uma palavra, mas foi o suficiente.

      Sorrindo, ela respondeu:

      — É um prazer conhecê-lo, Lawson. — Outra curvatura no lábio superior dele lhe disse que o sentimento era mútuo.

      Saindo da sala e fechando a porta, Liv despencou no chão do corredor. Que Deus a ajudasse, estava ofegante. Exultante, triunfante, tonta. Estava em êxtase. Outra vitória para o Time da Liv

      Animada para contar a Jim sobre seu pequeno milagre, ela se dirigiu à sala de descanso, onde disse que o encontraria. Certamente haveria vários funcionários almoçando, o que significava que ela não estaria sozinha com ele. Ela não estava com humor para flertar ou lhe dar esperanças, e, com certeza, não estava com humor para seus avanços indesejados. Com sorte, a informação dela agradaria Jim, e ele concordaria que ela deveria continuar vendo Lawson.

      E logo após seu encontro com Jim, havia um velho amigo que ela precisava ver. Ele era a única pessoa que conhecia que tinha conexões influentes, para não mencionar bolsos profundos. Se alguém podia ajudar Lawson, era ele.

      Lawson.

      Só de pensar no nome dele, sentiu outro arrepio percorrer sua espinha.

      Capítulo Cinco

      

      Liv levou seu jipe até a guarita de segurança e parou, apertando o botão da janela enquanto Nick saía da pequena construção de tijolos.

      — Ei, Srta. Kimbro. É bom vê-la de novo — cumprimentou ele com um largo sorriso.

      Nick era o guarda do dia na casa de Bart e Liv gostava dele. Era um amor de pessoa, lembrando-a do Papai Noel, com seus cabelos brancos e barba bem aparada.

      — Ei, você, Papai Nick. Fico feliz em vê-lo também. Já faz algum tempo — respondeu ela, retribuindo o sorriso.

      Os olhos dele brilharam e ele piscou. Estava acostumado com o apelido que ela lhe deu e não parecia nem um pouco ofendido.

      — Realmente, faz. Bart está ansioso para vê-la, então vá até a casa. Mas certifique-se de se despedir antes de sair — gritou ele, enquanto ela se afastava de sua posição na guarita.

      — Irei — gritou ela de sua janela antes de apertar o botão novamente para evitar o calor do verão. Era um dos verões mais quentes já registrados, e a umidade havia subido muito nos últimos tempos. Não havia nada pior do que sair de casa e sentir que precisava tomar outro banho antes de chegar ao veículo.

      Quente ou não, ela amava sua cidade. Belas montanhas, mudança de estações, cultura artística vibrante e uma seleção infinita de restaurantes e vida noturna. Ela gostava de caminhadas, ciclismo e passeios de barco, e as três coisas estavam ao seu alcance em sua cidade natal. Se quisesse se vestir bem para uma noite fora ou relaxar com uma cerveja à beira do lago, ela poderia pular em seu jipe e fazer qualquer coisa, em um espaço de tempo de trinta minutos de sua casa.

      E, para sorte dela, Bart tinha um barco incrível que sempre estava disponível para ser levado para um cruzeiro. Como Cassie sempre dizia, você não precisa de um barco, precisa de um amigo com um barco. Liv riu enquanto pensava em sua amiga louca, então desceu de seu jipe e caminhou até os degraus da frente da grande mansão.

      Sim, Bart tinha se dado muito bem, supôs ela, olhando para a casa de tijolos aparentes. Ela o conhecia desde o ensino fundamental e foram namorados no ensino médio. Seguiram caminhos separados quando foram para a faculdade, mas permaneceram muito próximos. Bart havia sido presidente do clube de debate e orador da turma de formandos, então Liv não se surpreendeu quando ele seguiu carreira política.

      O que a chocou, e a muitas outras pessoas, foi a nomeação de Bart como governador de seu Estado. Era o homem mais jovem a ser empossado no cargo, e isso foi divulgado em todos os noticiários do ano anterior.

      Olhando em volta para a grande propriedade, Liv não conseguia imaginar como sua vida teria sido se eles tivessem ficado juntos. A esposa de um governador estava muito longe de sua vida de cupons e lojas de descontos. Felizmente, Bart nunca a tratou com condescendência ou agiu de maneira superior. Não era o estilo dele. Ele era pé no chão e muito carinhoso.

      Estendendo a mão para bater na intrincada porta de vidro e chumbo, ela se assustou quando ela porta se abriu e Bart a abraçou com força. Ele era vários centímetros mais alto do que seu metro e setenta e cinco, então seus pés deixaram o chão quando ele a puxou para perto.

      — Droga, TKO1, onde você esteve no mês passado? Senti falta do seu traseiro — admitiu ele, apertando-a com mais força. Se ele não a soltasse, ela poderia acabar com uma costela quebrada.

      — Ei, BS — gritou ela, empurrando o peito dele até ele afrouxar o abraço.

      Ele lentamente a colocou no chão, e ela não deixou de notar a rigidez entre as pernas dele quando ela deslizou por sua virilha. Liv não tinha certeza de como agir. Bart era, de longe, o solteiro mais cobiçado da cidade e ela ouvira boatos de que sua cama nunca esfriava. Perto dela, ele era apenas um bom amigo.

      Se Bart ainda tinha um fraco por ela, ele nunca mencionou ou tomou uma atitude a respeito. Eram amigos próximos e ela sempre poderia contar com ele, mas terminava aí. Então, mais uma vez, ele era um homem, e o Sr. Feliz entre suas pernas provavelmente não precisava de muito incentivo.

      — Não deixe ninguém por aqui ouvi-la me chamar assim. Iria se espalhar como um incêndio — brincou Bart, agarrando a mão de Liv e levando-a para a cozinha.

      — Você não precisa ser um Einstein para descobrir. São suas iniciais, seu bobo — provocou ela.

      Os apelidos que deram um para o outro começaram no ensino médio. TKO era o dela, porque ele disse que ela era um nocaute total. O de Bart era BS, que, por acaso eram suas iniciais, mas significava “boca suja” porque ela nunca sabia quando ele estava brincando ou sendo sincero. Mais uma vez, grandes qualidades de um político.

      — Ha, ha, muito engraçada, espertinha. Está com fome? Pedi a Patricia para fazer um almoço. Espero que possa ficar um pouco. Estou com a agenda livre esta tarde — informou-lhe Bart, quando eles entraram na grande cozinha gourmet.

      — Sim, estou morrendo de fome. Posso ficar um pouco. Teria trazido um biquíni se soubesse que você tinha o dia de folga — respondeu ela, enquanto os dois se sentavam em banquinhos ao redor de uma grande bancada no centro da cozinha. De novo, ela não precisava de piscina, apenas de um amigo com piscina.

      Patricia aproximou-se e colocou duas travessas, uma cheia de carnes e queijos variados, e a outra com biscoitos e um cacho com as maiores uvas que Liv já havia visto. Pareciam ameixas, de tão grandes, e seu estômago roncou ao vê-las.

      — Olá, Srta. Olivia. Chá doce, suponho? — perguntou ela, pegando dois copos de um armário próximo.

      — Sim, por


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