Casamento por conveniência. Emma Darcy
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© 2002 Emma Darcy
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Casamento por conveniência, n.º 690 - agosto 2020
Título original: The Arranged Marriage
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
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Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-545-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
Isabella Valeri King olhou para a sobrinha do marido, aprovando a força que via no rosto de Elizabeth. Aquela mulher, considerada matriarca dos King de Kimberley, compreendia o que significava a família: propriedade, herança, conceitos passados de geração para geração.
Tinha de haver casamento.
E filhos.
Elizabeth tinha três filhos, todos casados há cerca de um ano, um deles esperando o primeiro filho. Ela podia estar satisfeita. Mas Isabella não estava. Dos seus três netos, apenas Alessandro planeava casar-se, e não era uma união que ela aprovasse.
A mulher que Alessandro escolhera não era a melhor para ele.
Mas como fazê-lo entender?
E como convencê-lo a desistir dela?
O casamento aconteceria em Dezembro, depois da colheita da cana-de-açúcar. Estavam em Maio. Isabella dispunha de seis meses para mostrar a Alessandro que Michelle Banks nunca se adaptaria ao seu estilo de vida. Era egoísta, vaidosa, mas muito astuta quando decidia abrir o seu próprio caminho, e certamente usara o sexo para envolver Alessandro e conquistá-lo.
Por quanto tempo a atracção poderia durar depois do casamento?
E uma mulher tão determinada a manter o corpo esbelto não podia pensar em ter filhos. Michelle concordaria em dar à luz ao menos um bebé, ou lançaria mão de adiamentos, desculpas e recusas directas?
– Esta é uma localização maravilhosa, Isabella – elogiou Elizabeth, admirada, olhando além da Enseada de Dickinson, para o canavial do outro lado.
Estavam sentadas ao lado da fonte, a beber chá, e a paisagem vista dali era muito diferente da de Kimberley. Ali havia o verde intenso do norte de Queensland, e em torno de toda a terra dominada pelo Homem existia a floresta tropical, tão primitiva nas suas características únicas como o coração vermelho da Austrália.
Isabella lembrou-se de como a terra fora conquistada com esforço; o trabalho duro de limpeza, as folhagens traiçoeiras e as plantas venenosas, o calor, a humidade, as febres, as serpentes. Nascera entre os canaviais, filha de imigrantes italianos, há setenta e oito anos.
Com excepção do breve período passado em Brisbane, quando conhecera e se casara com Edward King, antes de ele e o seu irmão, Enrico, terem ido para a guerra na Europa, aquele sempre fora o seu lar, naquela montanha sobre Port Douglas. Para lá tinha retornado, uma das viúvas da guerra, para dar à luz o filho que Edward deixara no seu ventre antes de partir, o seu amado Roberto.
– O meu pai escolheu este lugar para a minha mãe, que era de Nápoles – explicou Isabella à visitante. – Ela queria estar perto do mar.
Elizabeth sorriu, demonstrando o seu apreço pela história.
– É muito romântico… o seu pai construiu este castelo para a mulher amada!
– Não exagere – corrigiu ela com um sorriso indulgente. – É só uma villa. Como as velhas villas de Roma. Antigamente, este lugar era conhecido como Villa Valeri. Mas, como o meu irmão não voltou da guerra e eu me casei com Edward, os meus filhos e netos carregam o nome King. Depois da morte do meu pai, os habitantes daqui passaram a chamar à propriedade Castelo King, e o nome foi adoptado por todos.
– Isso entristece-a? Afinal, o seu pai construiu