O Livro de Urântia. Urantia Foundation

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O Livro de Urântia - Urantia Foundation


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circuito da mente do Agente Conjunto, chamamos mente; mente, como um atributo do Espírito Infinito — e mente, em todas as suas fases. A toda e qualquer coisa que é sensível ao circuito material da gravidade, centrado no Paraíso inferior, chamamos matéria — matéria-energia, em todos os seus estados metamórficos.

      0:6.2 (9.4) ENERGIA é um termo que usamos em um sentido inclusivo amplo, aplicado aos reinos espiritual, mental e material. Força é também usada assim amplamente. Poder tem o seu uso geralmente limitado à designação do nível eletrônico da matéria, no grande universo, que é sensível à gravidade linear ou material. Poder é também empregado para designar soberania. Não podemos ater-nos às vossas definições, geralmente aceitas, de força, energia e poder. Há uma tal pobreza de linguagem, que devemos atribuir significados múltiplos a esses termos.

      0:6.3 (9.5) A energia física é um termo que denota todas as formas e fases fenomênicas do movimento, seja de ação ou seja de potencial.

      0:6.4 (9.6) Ao abordarmos as manifestações da energia-física, geralmente usamos os termos força cósmica, energia emergente e poder do universo. Essas expressões são empregadas freqüentemente como se segue:

      0:6.5 (9.7) 1. A força cósmica abrange todas as energias que derivam do Absoluto Inqualificável, mas que até o momento não reagem à gravidade do Paraíso.

      0:6.6 (9.8) 2. A energia emergente abrange as energias que reagem à gravidade do Paraíso, mas que ainda não são sensíveis à gravidade local ou linear. Esse é o nível pré-eletrônico da matéria-energia.

      0:6.7 (9.9) 3. O poder do universo inclui todas as formas de energia que, conquanto permaneçam ainda sensíveis à gravidade do Paraíso, são sensíveis diretamente à gravidade linear. Esse é o nível eletrônico da matéria-energia e de todas as evoluções subseqüentes.

      0:6.8 (9.10) Mente é um fenômeno que denota a presença-atividade do ministério vivo e também de sistemas variados de energia; e isso é verdadeiro para todos os níveis de inteligência. Na personalidade, a mente intervém continuamente, entre o espírito e a matéria; e desse modo, o universo é iluminado por três espécies de luz: a luz material, a luz do discernimento intuitivo-intelectual e a luminosidade do espírito.

      0:6.9 (10.1) Luz — a luminosidade do espírito — é um símbolo verbal, uma figura de discurso que conota a manifestação da personalidade característica dos seres espirituais de várias ordens. Essa emanação luminosa não está relacionada, sob nenhum ponto de vista, à luz do discernimento intuitivo-intelectual nem às manifestações da luz física.

      0:6.10 (10.2) MODELO ORIGINAL pode ser projetado como energia material, espiritual ou mental, ou como qualquer combinação dessas energias. Pode estar presente nas personalidades, identidades, entidades ou na matéria não vivente. Mas o modelo é arquétipo e permanece como tal; apenas as cópias são múltiplas.

      0:6.11 (10.3) O modelo original, ou arquétipo, pode configurar a energia, mas não a controla. A gravidade é o único controle da matéria-energia. Nem o espaço nem o arquétipo são sensíveis à gravidade, mas não há nenhuma relação entre o espaço e o arquétipo; o espaço não é nem modelo, nem modelo potencial. O modelo é uma configuração da realidade que já pagou todo o seu débito à gravidade; a realidade de qualquer arquétipo consiste nas suas energias, nos seus componentes de mente, de espírito ou de matéria.

      0:6.12 (10.4) Em contraste com o aspecto do total, o modelo original revela o aspecto individual da energia e da personalidade. As formas da personalidade, ou da identidade, são modelos resultantes da energia (física, espiritual ou mental), mas não são inerentes a ela. Essa qualidade da energia ou da personalidade, em virtude da qual o arquétipo é levado a surgir, pode ser atribuída a Deus — à Deidade — ao dom de força do Paraíso e à coexistência da personalidade e do poder.

      0:6.13 (10.5) O modelo arquetípico é o desenho-mestre do qual as cópias são criadas. O Paraíso Eterno é o absoluto dos modelos; o Filho Eterno é a personalidade-modelo; o Pai Universal é a fonte-ancestral direta de ambos. E, assim, pois, o Paraíso não outorga arquétipos, e o Filho não pode outorgar a personalidade.

      0:7.1 (10.6) O funcionamento da Deidade no universo-mestre é dual no que diz respeito às relações de eternidade: Deus, o Pai; Deus, o Filho; e Deus, o Espírito, são eternos — são seres existenciais — enquanto Deus, o Supremo; Deus, o Último; e Deus, o Absoluto, são Personalidades em factualização da Deidade, das épocas pós-Havona no tempo-espaço e nas esferas tempo-espacialmente transcendidas da expansão evolucionária do universo-mestre. Essas personalidades em factualização, da Deidade, são eternas no futuro, desde o tempo em que, quando e como, nos universos em crescimento, se personalizam em poder, por meio da técnica de factualização experiencial dos potenciais criativos associativos das Deidades eternas do Paraíso.

      0:7.2 (10.7) A Deidade é, portanto, dual na sua presença:

      0:7.3 (10.8) 1. Existencial — seres de existência eterna; passada, presente e futura.

      0:7.4 (10.9) 2. Experiencial — seres em factualização, no presente pós-Havona; mas de existência sem fim, ao longo de toda a eternidade futura.

      0:7.5 (10.10) O Pai, o Filho e o Espírito são existenciais — existenciais, em factualidade (embora todos os potenciais sejam supostamente experienciais). O Supremo e o Último são totalmente experienciais. O Absoluto da Deidade é experiencial na factualização, mas existencial na potencialidade. A essência da Deidade é eterna, mas apenas as três pessoas originais da Deidade são eternas inqualificavelmente. Todas as outras personalidades da Deidade têm uma origem, mas são eternas no seu destino.

      0:7.6 (10.11) Tendo alcançado a expressão existencial da Deidade de Si próprio, no Filho e no Espírito, o Pai está agora alcançando a expressão experiencial nos níveis até então impessoais e irrerevelados da deidade, que são Deus, o Supremo, Deus, o Último, e Deus, o Absoluto; essas Deidades experienciais, todavia, não são, plenamente existentes agora, pois estão em processo de factualização.

      0:7.7 (11.1) Deus, o Supremo, em Havona, é o reflexo do espírito pessoal da Deidade trina do Paraíso. E esse relacionamento associativo da Deidade está agora se expandindo criativamente, para o exterior, no sentido de Deus, o Sétuplo; e está sintetizando-se no poder experiencial do Supremo Todo-Poderoso no grande universo. A Deidade do Paraíso, existencial em três pessoas, está, assim, evoluindo experiencialmente em duas fases da Supremacia, ao passo que essas fases duais se estão unificando em poder de personalidade como um Senhor único, o Ser Supremo.

      0:7.8 (11.2) O Pai Universal, por livre escolha, alcança a liberação dos vínculos da infinitude e das correntes da eternidade por meio da técnica da trinitarização, a tríplice personalização da Deidade. O Ser Supremo está, ainda agora, evoluindo como uma unificação sub-eterna da personalidade, da manifestação sétupla da Deidade, nos segmentos tempo-espaciais do grande universo.

      0:7.9 (11.3) O Ser Supremo não é um criador direto, exceto como pai de Majeston, mas é um coordenador sintético de todas as atividades entre Criador e criatura no universo. O Ser Supremo, agora se factualizando nos universos evolucionários, é a Deidade correlacionadora e sintetizadora da divindade tempo-espacial, da Deidade trina do Paraíso, em associação experiencial com os Supremos Criadores do tempo e do espaço. Quando finalmente factualizada, essa Deidade evolucionária constituirá a fusão eterna do finito e do infinito — na união perpétua e indissolúvel entre o poder experiencial e a personalidade espiritual.

      0:7.10 (11.4) Toda a realidade finita no tempo-espaço, sob o impulso diretivo do Ser Supremo em evolução, está empenhada em uma mobilização sempre-ascendente e em uma unificação perfeccionante (na síntese de poder-personalidade) entre todas as fases e valores da realidade finita, em associação com fases variadas da realidade do Paraíso, com a finalidade e propósito


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