Um Rastro De Esperança. Блейк Пирс

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Um Rastro De Esperança - Блейк Пирс


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isso de forma equitativa. Eu amoleci, eu acho. E logo por essa época, nosso amigo cometeu um erro."

      "Qual foi?" perguntou Keri, sentindo uma sensação formigante que só vinha quando ela sentia alguma coisa grande prestes a ser revelada.

      Thomas Anderson olhou para ela e ela podia dizer que ele estava lutando com algum tipo de grande decisão interna. Então, sua fronte deixou de se franzir e seus olhos clarearam. Ele parecia ter tomado uma decisão.

      "Você confia em mim?" ele perguntou em voz baixa.

      "Que diabos de pergunta é essa? Mas nem fod─"

      Mas antes que ela terminasse a sentença, ele empurrou a mesa que os separava, colocou as algemas em seus punhos ao redor do pescoço dela e puxou-a para o chão, escorregando em um canto da sala de interrogatório.

      Quando o Oficial Kiley invadiu a sala, Anderson usou seu corpo como um escudo, mantendo-a na frente dele. Ela sentiu uma picada aguda no pescoço e olhou para baixo para ver o que era. Parecia uma alça de escova de dente afiada. E estava pressionada contra sua jugular.

      CAPÍTULO SETE

      Keri estava completamente desnorteada. Um instante antes, Anderson estava se desmanchando com o pensamento da sua filha perdida. Agora ele estava segurando um pedaço de plástico supera fiado na sua garganta.

      Seu primeiro instinto foi fazer um movimento para quebrar a sua pegada. Mas ela sabia que não funcionaria. Não havia como ela fazer qualquer coisa antes que ele fosse capaz de enfiar a estaca plástica em sua veia.

      Além disso, alguma coisa não estava certa. Anderson nunca havia lhe dado a sensação de que ele tinha malícia em relação a ela. Ele parecia realmente gostar dela. Ele parecia querer ajudá-la. E se ele realmente tivesse câncer, esse era um exercício infrutífero. Ele mesmo disse que logo estaria morto.

      Essa é a maneira de evitar a agonia, sua versão de suicídio por um policial?

      "Largue isso, Anderson!" gritou o Oficial Kiley, sua arma apontada na direção deles.

      "Abaixe sua arma, Kiley," disse Anderson surpreendentemente calmo. "Você vai alvejar a refém acidentalmente e então sua carreira estará acabada antes que tenha sequer começado. Siga o procedimento. Alerte seu superior. Traga um negociador até aqui. Não deve demorar. O departamento tem sempre um de plantão. Provavelmente alguém pode estar nessa sala em dez minutos."

      Kiley ficou ali, sem saber como proceder. Seus olhos se moviam de um lado para o outro entre Anderson e Keri. Suas mãos tremiam.

      "Ele está certo, Oficial," disse Keri, tentando seguir o tom tranquilizador de Anderson. "Apenas siga o procedimento padrão e vai tudo funcionar. O prisioneiro não vai a lugar nenhum. Saia e verifique se a porta está trancada. Faça suas chamadas. Estou bem. O Sr. Anderson não vai me machucar. Ele claramente quer negociar. Então você precisa trazer alguém que tenha autorização para fazer isso, OK?"

      Kiley assentiu com a cabeça, mas seus pés permaneceram enraizados no lugar.

      "Agente Kiley," Keri disse, desta vez mais firmemente, "vá lá fora e chame o seu supervisor. Agora mesmo!"

      Isso pareceu fazer Kiley acordar. Ele recuou para fora da sala, fechou e trancou a porta, pegou o telefone na parede, nunca os perdendo de vista.

      "Não temos muito tempo," Anderson sussurrou no ouvido da Keri enquanto ele relaxava ligeiramente o plástico pressionando contra sua carne. "Desculpe-me por isso, mas é a única forma que eu poderia me certificar que poderíamos conversar em total confidência."

      "Sério?" Keri sussurrou de volta, metade furiosa, metade aliviada.

      "Cave tem pessoas em todos os lugares, aqui e lá fora. Depois disso, eu estou acabado com certeza. Não vou durar até o fim da noite. Posso nem durar a hora. Mas estou mais preocupado com você. Se ele acha que você sabe tudo que sei, ele pode apenas eliminar você, independentemente das consequências."

      "Então, o que você sabe?" perguntou Keri.

      "Eu disse a você que Cave cometeu um erro. Ele veio a mim e disse que estava preocupado com você. Ele havia feito uma verificação e encontrou que um dos seus capangas sequestrara sua filha. E, como você descobriu, foi Brian Wickwire─o Colecionador. Cave não mandou ou sabia sobre isso. Wickwire operava muito por conta própria e várias vezes Cave ajudava a facilitar o transporte das garotas depois do fato. Foi o que ele fez com Evie e ele nunca pensou duas vezes."

      "Então, ele não tinha Evie como alvo?" perguntou Keri. Ela havia suspeitado dessa maneira, mas queria ter certeza.

      "Não. Ela era apenas uma bonita garota loira pela qual Wickwire pensou que pudesse conseguir um bom preço em troca. Mas depois que você começou a resgatar meninas e gerar manchetes, Cave voltou nos seus registros e viu que ele estava ligado ao rapto dela através de Wickwire. Ele estava preocupado que você eventualmente encontrasse um caminho até ele e me pediu para esconder Evie em algum lugar bem secreto e para mantê-lo fora disso. Ele não queria saber."

      "Ele estava cobrindo seus rastros antes mesmo que eu suspeitasse que ele estivesse envolvido?" perguntou Keri, impressionada com a visão de futuro de Cave.

      "Ele é um cara esperto," concordou Anderson. "Mas o que ele não percebeu foi que ele estava pedindo exatamente a pessoa errada por ajuda. Ele não poderia saber. Afinal, eu sou aquele que o corrompeu em primeiro lugar. Por que ele suspeitaria de mim? Mas eu tomei a decisão de ajudá-la. Claro, eu fiz o fiz de forma que eu pensei que me manteria protegido."

      Apenas então Kiley abriu uma fresta da porta.

      "O negociador está a caminho," ele disse, sua voz tremulante. "Ele estará aqui em cinco minutos. Apenas fiquem calmos. Não faça nada maluco, Anderson."

      "Não me faça fazer nada maluco!" Anderson gritou de volta para ele, pressionando a escova de dente de volta no pescoço de Keri e perfurando sua pele sem querer. Kiley fechou rapidamente a porta.

      "Ai," ela disse. "Acho que você arrancou sangue."

      "Desculpe-me," ele disse, soando surpreendentemente acanhado. "É difícil manejar esparramado no chão assim."

      "Apenas controle um pouco, OK?"

      "Vou tentar. Há muita coisa acontecendo, sabe? Enfim, eu conversei com Wickwire e disse-lhe para colocar Evie em um local em Los Angeles onde ela iria ser bem cuidada, caso precisássemos dela mais tarde. Eu queria ter certeza de que ela não saísse da cidade. E eu não queria que ela passasse... por mais do que ela precisava."

      Keri não respondeu, mas ambos sabiam que não havia qualquer coisa que ele pudesse fazer a respeito dos anos antes disso e os horrores que sua filha deve ter sofrido nesse período. Anderson continuou rapidamente, claramente não querendo atrasar-se mais do que ela nesse pensamento.

      "Eu não sabia o que ele fez com ela, mas acabou que ele a colocou com o cara mais velho que você encontrou eventualmente."

      "Se você havia decidido me ajudar, por que você simplesmente não descobriu a localização dela por conta própria?"

      "Duas razões", disse Anderson. "Primeiro, Wickwire não ia me dar a localização dela. Era informação privilegiada e ele a mantinha bem guardada. Segundo, e não estou orgulhoso disso, sabia que seria preso se trouxesse sua filha para você."

      "Mas você foi preso intencionalmente de qualquer maneira, alguns meses depois por sequestros de crianças," protestou Keri.

      "Eu fiz isso posteriormente, quando percebi que precisava tomar ações drásticas. Eu sabia que eventualmente você pesquisaria por sequestradores e traficantes de crianças e acabaria me achando. E eu sabia que poderia te colocar no caminho certo sem fazer Cave suspeitar de mim. Quanto a ser preso intencionalmente, isso é verdade. Mas você pode se lembrar de que eu me defendi no tribunal. E se você verificar o registro de corte de perto, você vai descobrir que tanto o promotor e o juiz cometeram vários erros, erros aos quais eu os induzi,


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