Caçador Zero. Джек Марс

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Caçador Zero - Джек Марс


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      É isso. Eu só tenho que me colocar em uma situação desesperadora.

      Reid agarrou o freio de emergência logo atrás do câmbio de marchas e puxou-o para cima. Imediatamente, veio um ruído horrível de dentro do Trans Am e o cheiro de algo queimando. Ao mesmo tempo, suas mãos giraram o volante para a direita e o Trans Am derrapou com força, sua extremidade traseira mais uma vez cruzando o canteiro como se ele estivesse tentando girar na direção oposta.

      Os dois carros da polícia seguiram o exemplo, pisando no freio e tentando dar a volta. Mas quando eles pisaram no freio, voltados para o sul, Reid continuou no giro, completando um total de trezentos e sessenta graus. Ele empurrou o freio de emergência, mudou de posição e pisou fundo novamente. O carro esportivo deu um solavanco e deixou os policiais confusos literalmente na poeira.

      Reid soltou um grito de vitória enquanto seu coração pulsava no peito. Sua excitação, no entanto, foi de curta duração. Ele estava com o pé firme no acelerador, tentando manter a velocidade, mas o Trans Am estava perdendo força. A agulha do velocímetro caiu para cento e cinquenta, depois cento e quarenta e cinco diminuindo rapidamente. Ele estava na quinta marcha, mas sua manobra de freio elétrico deve ter destruído um cilindro, ou então sugado poeira para dentro do motor.

      O grito ensurdecedor de sirenes piorou as más notícias. As duas viaturas estavam atrás dele e se aproximando rapidamente, agora acompanhadas por uma terceira. O tráfego da rodovia se afastou para abrir caminho, já que Reid tinha que entrar e sair das pistas, tentando desesperadamente manter a agulha do velocímetro alta em pouquíssimo tempo.

      Ele grunhiu. Seria impossível escapar da polícia nesse ritmo. Eles não estavam a mais de cinquenta metros atrás dele e estavam se aproximando. As viaturas formavam um triângulo, um em cada pista, com o terceiro dividindo a linha atrás deles.

      Eles vão tentar a manobra PIT - enganchar o carro e forçá-lo para o lado.

      Vamos, Mitch. Onde está minha distração? Ele não fazia ideia do que o mecânico tinha planejado, mas realmente precisava dele no momento em que as viaturas diminuíam a distância até o carro esportivo, que já falhava.

      Ele obteve sua resposta no instante seguinte, quando algo imenso entrou em sua visão periférica.

      Na direção sul da rodovia, um caminhão articulado invadiu o canteiro central à, pelo menos, cento e dez por hora, seus pneus enormes saltando violentamente sobre os sulcos na grama. Quando alcançou a pista novamente - indo na direção errada - balançou perigosamente e o tanque de prata, que o caminhão estava puxando, virou para o lado, caindo sobre ele.

      CAPÍTULO SETE

      Por um instante, o tempo desacelerou quando Reid percebeu, ele e o carro inteiro estavam enterrados na sombra de uma máquina de dezoito rodas que praticamente deixou o chão.

      Naquele momento, estranhamente imóvel, ele pôde ver, claramente, as grandes letras azuis estampadas na lateral do tanque - “POTÁVEL”, diziam - quando o caminhão se abaixou, pronto para esmagá-lo, o Trans Am, e qualquer esperança de encontrar suas filhas.

      Seus hemisférios cerebrais pareciam ter se fechado à sombra do enorme caminhão, mas seus membros se moviam como se tivessem mentes próprias. O instinto tomou conta quando a mão direita agarrou o freio de mão novamente e puxou. A mão esquerda girou a roda no sentido horário e o pé esmagou o pedal do acelerador contra o tapete de borracha. O Trans Am virou de lado e saiu em disparada, paralelo ao caminhão, de volta à luz do sol e saindo de baixo dele.

      Reid sentiu o impacto do caminhão esmagando a estrada mais do que ouviu. O tanque de prata bateu no asfalto entre o Trans Am e os carros da polícia, chegando a menos de trinta metros. Freios gritaram e as viaturas derraparam para o lado quando o enorme tanque de prata se abriu nas juntas trincadas e liberou sua carga.

      Nove mil galões de água limpa caíram em cascata e correram sobre os carros da polícia, empurrando-os para trás como uma corrente agressiva.

      Reid não parou para ver a repercussão. O Trans Am mal chegava a cento e dez com o pedal todo para baixo, então ele se endireitou e seguiu na estrada o melhor que pôde. Os policiais encharcados, sem dúvidas reportaram o carro suspeito com as placas não registradas; haveria mais problemas pela frente se ele não deixasse a estrada em breve.

      O telefone tocou, a tela exibindo apenas a letra M.

      — Obrigado, Mitch — respondeu Reid.

      O mecânico grunhiu, o que parecia ser seu principal método de comunicação.

      — Você sabia onde eu estava. Você sabe onde eu estou agora. — Reid balançou a cabeça. — Você está rastreando o carro, não é?

      — Ideia do John — disse Mitch simplesmente. — Ele achou que você poderia se meter em algum problema. Tinha razão.

      Reid começou a protestar, mas Mitch interrompeu.

      — Pegue a próxima saída. Vire à direita na River Drive. Há um parque com um campo de beisebol. Espere lá.

      — Esperar lá por quê?

      — Transporte. Mitch desligou. Reid riu. O objetivo do Trans Am era ser clandestino, ficar fora do alcance da agência - não trocar a CIA por outra pessoa que pudesse rastreá-lo.

      Porém, sem isto, você já teria sido apanhado.

      Ele engoliu a raiva e fez o que lhe foi dito, guiando o carro pela saída, mais oitocentos metros pela interestadual e em direção ao parque. Ele esperava que o que quer que Mitch guardasse para ele fosse rápido; tinha muito terreno para cobrir rapidamente.

      O parque estava vazio para um domingo. No campo de beisebol, um grupo de garotos da vizinhança estava jogando um jogo sem compromisso, então Reid estacionou o Trans Am no terreno de cascalho do lado de fora da cerca de arame atrás da primeira base e esperou. Ele não sabia o que estava procurando, mas sabia que tinha que se mexer depressa, então abriu o porta-malas, pegou sua mochila e esperou ao lado do carro por qualquer coisa que Mitch tivesse planejado.

      Ele suspeitava que o mecânico grisalho era mais do que apenas um informante da CIA. Ele era “um especialista em aquisição de veículos”, disse Watson. Reid se perguntou se Mitch era um recurso, alguém como Bixby, o excêntrico engenheiro da CIA especializado em armas e equipamentos portáteis. E se esse fosse o caso, por que ele estava ajudando Reid? Nenhuma lembrança surgiu em sua cabeça quando ele pensou na aparência áspera de Mitch, sua atitude de grunhir. Havia uma história esquecida ali?

      O telefone tocou no bolso. Era Watson.

      — Você está bem? — o agente perguntou.

      — Tanto quanto posso, considerando tudo. Embora a ideia de Mitch de uma “distração” possa ser um pouco ambiciosa demais.

      — Ele faz o trabalho. De qualquer forma, seu palpite estava certo. Um dos meus homens encontrou a queixa de um Caddy de doze anos roubado de um parque industrial em Nova Jersey esta manhã. Ele capturou uma imagem de satélite do lugar. Adivinha o que ele viu?

      — O SUV branco desaparecido — Reid se aventurou.

      — Correto — confirmou Watson. — Parado no estacionamento de uma pilha de lixo chamado Starlight Motel.

      Nova Jersey? Sua esperança desabou. Rais levara suas garotas ainda mais para o norte - sua viagem de duas horas acabou de se tornar uma de, pelo menos, três horas e meia para ter alguma esperança de se aproximar. Ele pode estar as levando para Nova York. Uma área metropolitana grande, fácil de se perder. Reid tinha que conseguir uma pista melhor sobre ele antes que isso acontecesse.

      — A agência não tem conhecimento do que nós sabemos ainda — Watson continuou. — Eles não têm nenhuma razão para conectar o Caddy roubado a suas filhas. Cartwright confirmou que estão seguindo as pistas que tinham e mandando Strickland para o norte em direção à Maryland. Mas é apenas questão de tempo.


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