Caçador Zero. Джек Марс

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Caçador Zero - Джек Марс


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era? — Reid perguntou.

      — Ainda não. Mas estamos trabalhando nisso. Eu tenho um técnico infiltrado fazendo varreduras na rádio da polícia e mantendo um olho em transmissões via satélite. Assim que algo for relatado, você saberá.

      Reid grunhiu. Sem um documento de identificação, eles não conseguiriam encontrar o veículo. Mesmo que não fosse uma grande vantagem, ainda assim era algo para ir atrás, e ele estava ansioso para seguir o rastro. Ele abriu a porta do Trans Am quando perguntou:

      — Qual saída?

      Agente Watson sacudiu a cabeça.

      — Não vá até lá, Kent. Estará cheio de policiais e tenho certeza de que o Agente Strickland está a caminho.

      — Serei cuidadoso. — Ele não confiava que a polícia ou este agente novato encontraria tudo o que ele conseguiria encontrar. Além disso, se Rais estivesse jogando assim, da forma com que Reid achava que ele faria, poderia haver outra pista na forma de uma provocação, algo destinado apenas a ele.

      A foto de suas garotas relampejou novamente em sua memória, a que Rais enviara do telefone de Maya, e isso o lembrou de uma última coisa.

      — Aqui, fique com isso por mim. — Ele entregou a Watson seu celular pessoal. — Rais tem o número da Sara, e eu tenho o telefone dela encaminhando para o meu. Se alguma coisa acontecer, eu quero saber a respeito.

      — Claro. A cena do crime está na saída sessenta e três. Você precisa de mais alguma coisa?

      — Não se esqueça de pedir para a Maria me ligar. — Ele ajeitou o banco atrás do volante do carro esportivo e acenou para Watson. — Obrigado. Por toda sua ajuda.

      — Não faço isso por você — Watson lembrou sombriamente. — Faço isso por aquelas crianças. E Zero, se eu for descoberto, se ficar comprometido de alguma forma, se eles descobrirem o que estou fazendo com você, eu caio fora. Você entendeu? Não posso me dar ao luxo de entrar na lista negra da agência.

      O instinto inicial de Reid foi uma rápida onda de raiva - isso é sobre minhas filhas e ele tem medo de ser colocado na lista negra? - mas ele a sufocou tão rápido quanto ela surgiu. Watson era um aliado inesperado em tudo isso e o homem estava se arriscando pelas meninas. Não por ele, mas pelas suas duas filhas, que ele só conhecera brevemente.

      Reid assentiu com firmeza.

      — Eu entendo.

      Ao mecânico solene e de poucas palavras, acrescentou:

      — Obrigado, Mitch. Aprecio sua ajuda.

      Mitch grunhiu em resposta e pressionou o interruptor para abrir a porta daquela vaga da garagem, enquanto Reid subia no Trans Am. O interior era todo de couro preto, limpo e agradável. O motor ligou imediatamente e cantou sob o capô. Um modelo de 1987, seu cérebro lhe disse. Motor V8 de 5,0 litros. Pelo menos duzentos e cinquenta cavalos de potência.

      Ele saiu da Third Street Garage e dirigiu-se para a estrada, com as mãos firmemente enroladas no volante. Os horrores que estavam girando em sua cabeça anteriormente foram substituídos por uma determinação de aço, uma determinação sólida. Tinha um disque-denúncia. A polícia estava agindo. A CIA estava agindo. E agora ele também estava na estrada atrás delas.

      Estou a caminho. Papai está indo até vocês.

      E até ele.

      CAPÍTULO CINCO

      — Vocês deveriam comer. O assassino gesticulou para uma caixa de comida chinesa na mesa de cabeceira ao lado da cama.

      Maya negou com a cabeça. A comida já tinha esfriado há muito tempo e ela não estava com fome. Em vez disso, ela se sentou na cama com os joelhos dobrados, Sara encostada nela com a cabeça no colo da irmã mais velha. As meninas foram algemadas juntas, o pulso esquerdo de Maya com o direito de Sara. Onde ele havia conseguido as algemas, ela não sabia, mas o assassino as avisara várias vezes que, se uma delas tentasse alguma coisa para escapar ou fizesse barulho, a outra sofreria como consequência.

      Rais estava sentado em uma poltrona perto da porta do quarto sujo do motel, com carpete laranja e paredes amarelas. O quarto cheirava a mofo e o banheiro cheirava a água sanitária. Eles estavam lá há horas; o antigo despertador de cabeceira informava, em números vermelhos de LED, que eram duas e meia da manhã. A televisão estava ligada, sintonizada em um canal de notícias com o volume baixo.

      Uma caminhonete branca estava estacionada do lado de fora, a poucos metros da porta; depois de escurecer, o assassino a roubou de um estacionamento de carros usados. Foi a terceira vez que eles trocaram de carro naquele dia, da caminhonete de Thompson para o sedan azul e agora para o SUV branco. Cada vez que mudavam, Rais mudava de direção, seguindo primeiro para o sul, depois para o norte e depois para o nordeste em direção à costa.

      Maya entendeu o que ele estava fazendo; um jogo de gato e rato, deixando os veículos roubados em locais diferentes, para que as autoridades não tivessem ideia de para onde estavam indo. O quarto de motel ficava a menos de dezesseis quilômetros de Bayonne, não muito longe da fronteira de Nova Jersey e Nova York. O próprio motel era uma faixa de prédios tão degradada e, francamente, nojenta que dirigir por ele dava a impressão de estar fechado há anos.

      Nenhuma das meninas dormiu muito. Sara cochilou nos braços de Maya, por vinte ou trinta minutos de cada vez antes de despertar com um sobressalto e um gemido enquanto acordava de qualquer sonho que estivesse tendo e lembrava onde estava.

      Maya lutou contra o cansaço, tentando ficar acordada o máximo que podia - Rais tinha que dormir uma hora, ela sabia, e isso poderia lhes proporcionar alguns preciosos minutos que precisavam para fugir. Porém, o motel estava localizado em um parque industrial. Ela viu quando eles chegaram que não havia casas por perto nem outros negócios que estariam abertos a essa hora da noite. Ela nem tinha certeza de que alguém estaria no escritório do motel. Elas não teriam para onde ir a não ser vagar durante a noite, e as algemas as atrasariam.

      Por fim, Maya sucumbiu ao cansaço e, a contragosto, cochilou. Ela tinha dormido por menos de uma hora quando acordou com um ligeiro suspiro e depois suspirou novamente quando, surpresa, viu Rais sentado na poltrona a apenas um metro de distância.

      Ele estava olhando diretamente para ela, os olhos bem abertos. Apenas assistindo.

      Isso fez a pele dela arrepiar... Até que um minuto inteiro passou, depois outro. Ela o observou, encarando de volta, seu medo se misturando com curiosidade. E então ela percebeu.

      Ele dorme de olhos abertos.

      Ela não tinha certeza se isso era mais perturbador do que acordar e encontrá-lo olhando para ela ou não.

      Então ele piscou, e ela deu mais outro suspiro assustado, o coração pulando em sua garganta.

      — Nervos faciais danificados — ele disse baixinho, quase um sussurro. — Eu ouvi dizer que pode ser bastante perturbador. — Ele gesticulou para a caixa de sobras de comida chinesa que havia sido entregue no quarto, horas antes. — Vocês deveriam comer.

      Ela negou com a cabeça, embalando Sara em seu colo.

      O canal de notícias em baixo volume repetia as principais manchetes do dia anterior. Uma organização terrorista foi considerada responsável pela liberação de um vírus mortal de varíola na Espanha e em outras partes da Europa; seu líder, assim como o vírus, tinha sido apreendido e vários outros membros estavam sob custódia das autoridades. Naquela tarde, os Estados Unidos tinham retirado oficialmente sua proibição internacional de viagem a todos os países, com exceção de Portugal, Espanha e França, onde havia ainda alguns incidentes isolados de varíola alterada. Mas todos pareciam confiantes de que a Organização Mundial da Saúde tinha a situação sob controle.

      Maya suspeitava que seu pai tivesse sido enviado para ajudar nesse caso. Ela se perguntou se ele tinha sido o responsável por derrubar o líder. Ela se perguntou se ele já estava de volta ao país.

      Se


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