Anjo De Ouro (Anjos Caídos #5). L. G. Castillo

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Anjo De Ouro (Anjos Caídos #5) - L. G. Castillo


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vi um velho amigo e, hum, havia dança. Ah, inferno, isso não é ele. O que vocês dois estão fazendo aqui, afinal?

      Os olhos castanhos de Lash se arregalaram por um momento, surpresos e imediatamente Jeremy se sentiu culpado por descontar neles.

      – Desculpa. Tem sido um pouco difícil. O que está acontecendo?

      – Sem problemas, eu entendo – disse Lash. – Eu sei que tem sido difícil. Tem sido difícil para todos nós. Queremos que você volte para casa.

      – Eu não estou pronto. – Nem mesmo perto disso.

      – Você não tem escolha, meu amigo – disse Uri. – Não há uma maneira fácil de dizer isso. Michael está chamando você de volta e convocou a corte dos arcanjos também.

      – Ele o que? Não, você está enganado. – Jeremy aprendeu sobre a corte angelical dos arcanjos quando se tornou o arcanjo da morte. Isso é ruim. Muito ruim.

      – Receio que não. Você está sendo julgado por desobediência angelical.

      O estômago de Jeremy torceu. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. O último arcanjo a ser julgado fora seu pai.

      – O que acontece se eu não voltar?

      – Você deve voltar. – O rosto de Uri estava mortalmente sério.

      – Ele vai, Uri. Cara, relaxe. – Lash riu nervosamente. – Jeremy, toda a nossa família está esperando por você. Assim como Naomi.

      Jeremy ouviu a hesitação em sua voz. Mesmo se ele voltasse, não seria o mesmo. Ele sabia que seria punido por sua desobediência, eles o baniriam como fizeram com Lash.

      O pensamento dos arcanjos o punindo fez seu sangue ferver. Seus anos de serviço abnegado não signifivam nada para eles? Ele sempre fora seu servo mais leal e, no momento em que queria, precisava de um descanso, eles queriam julgá-lo por desobediência.

      Uh-uh. Ele não voltaria. De jeito nenhum.

      – Não. Eu vou ficar aqui. – Ele ficou surpreso com a calma que sentiu quando disse isso. Ele estava até um pouco feliz por isso. Então, eles o baniriam. E daí? Ele já havia se banido. Tudo o que seu castigo significaria é que ele não seria capaz de voltar quando quisesse. O que eles dariam a ele? Dez? Vinte anos?

      Houve um segundo de silêncio e choque antes que Lash e Uri falassem ao mesmo tempo.

      – Jeremy, você deve reconsiderar.

      – De jeito nenhum, mano! Vou te arrastar de volta para lá, se for preciso.

      Jeremy levantou a mão, silenciando-os.

      – É isso que eu quero fazer.

      – Podemos resolver isso – disse Lash. – Naomi…

      – Isso não é apenas sobre ela. Isso é sobre mim. Eu não consigo explicar.

      Ele mal podia entender, mas não queria voltar. Ele queria ficar. Talvez estivesse sendo teimoso e se realmente fosse honesto consigo mesmo, era sua tentativa juvenil de se impor diante do homem, ou no seu caso, dos arcanjos.

      – Diga à família que estou bem e que não se preocupem – disse Jeremy, acabando os argumentos de Lash para que voltasse. Ele não queria perturbar seu irmão, mas precisavam partir antes que ele mudasse de idéia.

      – Você está louco? – Lash gritou. – Diga à família para não… desculpe, mano, eu tenho que fazer isso.

      Houve um rosnado alto seguido por um corpo duro batendo nas costas de Jeremy. Seu rosto bateu na areia. Lash deu ordens enquanto os braços de Jeremy batiam.

      – Depressa, Uri, agarre as pernas dele! Droga, Jeremy, corte as unhas de vez em quando, certo?

      – Saia de cima de mim!

      – Não!

      – Saia! – Jeremy resmungou, empurrando Lash para longe dele. Antes que pudesse se levantar, Lash estava nele novamente.

      – De jeito nenhum! Você vai voltar comigo!

      Jeremy jogou Lash longe dele novamente e ficou de pé.

      Lash ofegou, recuperando o fôlego. Areia cobrindo seus cabelos e rosto enquanto determinados olhos castanhos seguravam os de Jeremy. Ele se agachou, preparando-se para enfrentar Jeremy novamente.

      – Uri e eu estamos arrastando sua bunda de volta para casa. Certo, Uri?

      – Não podemos – disse Uri.

      – Um inferno que não podemos.

      – O que eu quero dizer é que ele tem que vir por vontade própria. Jeremy, você deve saber o que está arriscando se ficar. Você está mais vulnerável agora, e Saleos usará isso a seu favor.

      – Eu posso lidar com Saleos. – Jeremy ignorou o fato de que estava vagando no deserto de Nevada há pouco tempo atrás.

      – Não é apenas sua família que precisa de você. Todos nós precisamos de você. A guerra é iminente. É só uma questão de tempo.

      – E você tem a minha palavra de que estarei ao seu lado no momento em que acontecer. – Parecia que a guerra sempre fora iminente. Jeremy não estava preocupado.

      – Por favor, Jeremy – disse Lash. – Não queremos perder você.

      O coração de Jeremy doeu com a expressão no rosto de Lash. Ele não podia voltar, ainda não.

      – Não se preocupe, irmão. Não há nada que Saleos tente que fará com que me junte a ele.

      7

      Alguém poderia pensar que ele estaria um pouco preocupado com Michael realizando um julgamento por suas ações. Qualquer anjo em sã consciência teria pelo menos aparecido.

      Mudando para sua forma angelical, Jeremy bateu as asas e pulou para o céu. Ele adorava voar. Se havia algo com que se preocupava, era não ser capaz de voar. Quando Lash foi punido, seu voo fora limitado.

      Jeremy não conseguiria lidar com isso, precisava voar. Fazia parte de quem ele era. Não havia nada como ter o vento batendo em seu rosto e um ruído branco afastando todo a bagunça dentro de sua cabeça.

      Ele bateu as asas, o simples movimento o impulsionando mais rápido. Cara, isso era exatamente o que ele precisava para limpar sua mente. Não havia nada para se preocupar. Fazia semanas desde que Uri e Lash o tinham visitado e ele ainda possuía todos os seus poderes angelicais.

      Eles já devem ter feito o julgamento. Nada havia mudado; nenhum fogo e enxofre chovendo sobre ele, apenas paz. Portanto, esse deve ser o seu castigo ‒ o paraíso na Terra, por quem sabe quanto tempo.

      Ele riu enquanto subia mais alto sobre as montanhas verdes. A vista era deslumbrante. Abaixo, a água azul cercava a exuberante ilha do jardim. Acima, nuvens brancas como algodão flutuavam contra um céu azul profundo.

      Sim, esse era o tipo de punição para ele.

      Mesmo sentindo falta da sua família, essa fora a melhor decisão que poderia ter tomado, colocando alguma distância entre ele e Naomi. Talvez ela o tenha perdoado, mas ele ainda não confiava em si mesmo perto dela.

      Ele continuou sua vida em Kauai como se nunca tivesse ido embora. Ele procurou por Bob e Susan, esperando alugar a pequena cabana de praia novamente. Felizmente, eles estavam no meio de uma reforma e não tinham outro inquilino. Ele não se importava com as paredes não pintadas ou o piso semi-acabado. De fato, contribuir e ajudar Bob a pintar e colocar pisos era a melhor coisa para ele, chegava a ser terapêutico.

      A única coisa que sentia falta era de ter sua moto. Ele não conseguira encontrar outra igual, então teve que se contentar com a que pegou na loja local de carros usados. Ele queria algo mais agradável e rápido, mas considerando que ficaria na Terra por um longo tempo, ele teria que ter mais cuidado com seu dinheiro.

      E então havia Leilani e Sammy.

      Música familiar veio do restaurante da Candy quando ele voou sobre o restaurante. Era


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