Anjo De Ouro (Anjos Caídos #5). L. G. Castillo

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Anjo De Ouro (Anjos Caídos #5) - L. G. Castillo


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real quanto o chocolate. – Jeremy pegou um guardanapo da mesa e passou ao lado da boca de Sammy. – Vejo que você ainda gosta de comer Sammiche.

      O rosto de Sammy congelou e ele soltou a mão de Jeremy.

      Jeremy estremeceu quando percebeu o que havia feito. Ele não precisava ler mentes para saber o que Sammy estava pensando. A expressão entristecida em seu rosto dizia tudo. Ele era um lembrete do passado doloroso de Sammy.

      Droga! Por que eu estou aqui? Tudo o que ele fazia era trazer dor às pessoas com quem se importava. Era óbvio que Leilani e Sammy haviam seguido em frente. Ele deveria tê-los deixado em paz, em vez de ser um lembrete do pior dia de suas vidas.

      – Sinto muito, Sammy. Eu não quis…

      Houve um barulho alto e um baque seguido de um coro de risadas. Alguém gritou o nome de Leilani, que foi seguido por uma série de maldições. A platéia riu mais alto.

      Os olhos de Jeremy subiram para o palco. Candy estava deitada de costas, com os braços e as pernas se agitando. Atrás dela estava Leilani, com a boca ligeiramente aberta enquanto ela o encarava e Sammy.

      Emoções inundaram seu rosto. Choque, felicidade, tristeza e outra coisa.

      Aquele olhar. Aqueles olhos.

      O atraia para ela.

      Ele queria abrir caminho através da multidão rindo, esquecer que ele era um arcanjo e tirar ela e Sammy de lá.

      Aquele olhar em seu rosto era desejo.

      Ela estava desejando ele.

      Pare com isso! Ele cravou as unhas na palma da mão.

      Ela era uma garota jovem e impressionável. Ele era uma representação de um passado que ela havia perdido. Ela ansiava por esse passado, não por ele. Tinha que se lembrar que eram amigos. O mínimo que ele podia fazer era garantir que ela estivesse bem.

      Ele acenou, sorrindo.

      Leilani piscou, e então seu rosto se franziu em uma carranca. Um fogo acendeu em seus olhos que o deixarou sem fôlego. Ele agarrou a cadeira ao lado dele, mal ciente do assento de metal entortando sob a pressão de seus dedos.

      Leilani marchou para fora do palco, ignorando o olhar mortal de Candy e passando por um homem mais velho vestindo uma camisa havaiana.

      – Vamos aplaudir essas belas moças – disse o homem. – E, claro, um agradecimento especial a nossa adorável Candy Hu.

      Candy ficou entre encarar Leilani e sorrir para a multidão quando saiu do palco.

      Candy não era a única com olhos prontos para destruir.

      – Uh, oh. Leilani está chateada – Sammy disse enquanto seguia direto para eles. – Corra, Jeremy.

      Se não fosse um arcanjo, ele seguiria o conselho de Sammy. Quanto mais perto ela chegava, mais assustadora ela parecia.

      – Eu acho que pode ser um pouco tarde para isso, amigo.

      – O que diabos você está fazendo aqui, Garoto de Ouro? Los Angeles ficou chata para você?

      – Aloha para você também – disse ele, dando-lhe o sorriso mais charmoso.

      Ela fez uma pausa. Os olhos dela vidrados se suavizando. Era a mesma expressão que a maioria das mulheres usava sempre que ele soltava todo o seu charme.

      – Eu estava tendo um tempo de folga e pensei em dar uma olhada em você e Sammy. Parece que vocês dois estão indo muito bem. Então, você está dançando agora?

      Houve um silêncio desconfortável enquanto ela o olhava inexpressivamente.

      – Leilani? – Ele acenou com a mão na frente do rosto dela.

      O que havia de errado com ela? Ele nunca a viu tão quieta.

      Seu rosto ficou vermelho e mais vermelho. Sua respiração saiu em suspiros ásperos. Os lábios rubis se moveram, mas nenhuma palavra estava saindo.

      – Corra, agora – Sammy sussurrou. – Ela vai explodir.

      – Ótimo? Você realmente acha que estamos indo muito bem? – ela cuspiu, sua voz subindo com cada palavra que ela falava. – Garoto, como você é sem noção. Eu deveria saber melhor. Não acredito que cai na sua conversa mole. Amigos. Certo. – Ela deu uma risada.

      – O que você quer dizer? Eu sou seu amigo.

      – Claro que você não sabe. Como você pode? Você não é um de nós. Você vem para a ilha fingindo ser um amigo. Você fez Sammy gostar de você, minha família gostou de você. E eu… – Pausando, ela mordeu o lábio trêmulo.

      – Leilani. – Ele estendeu a mão para tocar sua bochecha.

      Ela se afastou da mão dele, encarando-a. – Você fez todo mundo gostar de você e então, no minuto seguinte, você se foi. Simples assim. – Ela estalou os dedos.

      – Ele foi ao hospital – disse Sammy.

      – Já falamos sobre isso antes, Sammy. Você estava confuso – ela disse suavemente, afastando os cabelos da testa suada.

      – Eu não estava confuso. Diga a ela, Jeremy. Você estava lá.

      – Bem…

      – Viu o que você fez? – Ela retrucou. – Você fez um menino de cinco anos alucinar sobre você. Ele queria tanto que você estivesse lá que te imaginou lá! – Ela então se virou para Sammy, abaixando a voz e falando com ele calmamente. – Você estava tomando muitos medicamentos. Ele não estava lá.

      Jeremy abriu a boca, prestes a dizer que estava lá. Ele esteve ao lado deles a cada segundo, mas não podia deixar que soubessem quem ele realmente era.

      – Eu sinto muito. Eu não sabia sobre o acidente. Eu tive que ir por causa de negócios da família – ele finalmente disse.

      – Tanto faz. Eu não posso lidar com você agora, tenho que voltar ao trabalho. Sammy, eu disse para você esperar na cozinha.

      – Eu posso olhar ele – disse Jeremy. – Podemos colocar a conversa em dia.

      – Sim! – O rosto de Sammy se iluminou.

      – Não, não vamos cair nessa de novo.

      – Ah, vamos lá, Leilani. Por favor – Sammy implorou.

      – Tenho certeza de que ele tem outras coisas que precisa fazer. Talvez em outra ilha?

      Ela estava chateada, e com razão. Ele sabia que tinha que ir, mas não queria, não com ela brava assim. Ele estava prestes a defender sua causa quando alguém gritou, e o som da bateria soou nos alto-falantes.

      A platéia gritou e berrou enquanto cinco homens vestidos com sarongues vermelhos na altura da coxa corriam pela platéia.

      Enquanto corriam para o palco, um deles com uma tatuagem tribal cobrindo o braço estava no centro, girando um bastão de fogo. Ele parou de segurar o fogo bem acima da cabeça e levou-o aos lábios. Ele cuspiu líquido e o fogo soprou acima de sua cabeça. A platéia rugiu de alegria.

      – Não vá embora ainda, Jeremy. Você tem que ver Kai fazer sua dança do fogo. Eu o ajudei a aprender alguns movimentos – disse Sammy, parecendo orgulhoso.

      Esse é o Kai?

      Ele olhou com admiração para o homem quase do mesmo tamanho que ele, girando dois cajados de fogo. Ele os girava tão rápido que se turvavam em um grande círculo de fogo.

      Aquele era o garoto que Leilani chamava de Chucky? Ele não era mais um garoto. Ele era um homem.

      Os outros dançarinos flanquearam o lado de Kai, fazendo as meninas da platéia gritarem ainda mais. Eles pareciam pequenos em comparação com o corpo maciço de Kai.

      Eles trabalhavam em harmonia enquanto o fogo girava sobre suas cabeças, ao redor de seus corpos e sob as pernas.

      – Ele não é ótimo? – Os olhos de Sammy brilharam


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