O Gato Sortudo. L.M. Somerton

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O Gato Sortudo - L.M. Somerton


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redor da base do seu pênis, o que não foi fácil em seu estado atual. De jeito nenhum ele queria gozar na calça como um adolescente enquanto estava em um encontro, então disse a si mesmo que obedecer era prático. Aceitação não fez suas bolas doerem menos ou tornou mais fácil colocar seu pênis rígido de volta na calça jeans. Ele fechou o zíper com grande cuidado, questionando-se se ir sem cueca tinha sido uma boa ideia. Ele puxou a barra da camisa, esperando que fosse comprida o suficiente para cobrir seu constrangimento.

      “Puta merda. Eu deveria ter usado uma calça mais larga.” O contorno do seu pênis sob o jeans macio estava claro para qualquer um ver. A porta do banheiro se abriu.

      “Isso é tempo suficiente, vamos lá.” Gage segurou com firmeza o pulso de Landry e em seguida o rebocou em direção à porta da frente. Sem resistir, Landry permitiu que ele liderasse o caminho.

      “Você vai agir como um homem das cavernas a noite toda?”

      “Agir?” Gage piscou e encolheu os ombros. “Bastante. Alguma objeção?”

      Landry estava focado em não tropeçar na escada, mas não conseguia pensar em um único bom motivo para Gage se comportar de maneira diferente. Ele manteve o silêncio, imaginando como seria esse encontro. Ele tinha uma ideia de que o plano de Gage para uma boa noite não se encaixaria nas normas sociais. Landry não era a ovelha negra de sua família — mais como o cordeiro arco-íris pervertido que todos queriam proteger — mas ele nunca se considerou normal, o que quer que isso fosse. Manda ver, Detetive. A noite prometia ser o início de uma grande nova aventura.

      Capítulo Quatro

      Gage manteve a mão nas costas de Landry até a vaga no estacionamento. Havia algo sobre o homem que fazia Gage querer tocar. Ele se perguntou o quanto Landry precisou se contorcer para vestir a calça porque ela poderia ter sido pintada com spray. Não que Gage se opusesse, longe disso, mas poderia ter sido divertido assistir as contorções, especialmente porque ele tinha certeza de que não haveria espaço para roupas íntimas sob o jeans.

      “Qual é o seu carro?” Landry perguntou, examinando os veículos estacionados. “Não, não me diga. É o Lexus.”

      “Quanto você acha que os detetives ganham?”

      “Não é o Prius? Por favor, não, eu tenho que manter um mínimo de credibilidade nas ruas.” Landry pulou na ponta dos pés.

      “Tente o outro lado da rua, espertinho.”

      “Oh meu Deus, é o Jeep surrado, não é?” Landry atravessou a rua correndo sem verificar o trânsito. “Você tem andado em terrenos acidentados nessa coisa? Porque eu vi menos sujeira na via expressa depois de três dias seguidos de chuva.”

      “É camuflagem.” Gage abriu a porta do passageiro. “Entre, e ninguém nunca lhe disse para olhar para os dois lados antes de atravessar a rua?” Ele esperou até que Landry estivesse em segurança dentro do Jeep antes de contornar o veículo para se sentar ao volante.

      “Está assustadoramente limpo aqui.” Landry colocou o cinto de segurança. “Estava esperando caixas de donuts Krispy Kreme, copos para viagem, embalagens de hambúrguer...” Ele passou um dedo pelo painel como se estivesse procurando por poeira. “Você mandou limpá-lo só para mim?”

      “Não, eu não mandei. Passo mais tempo neste carro do que na delegacia. Não gosto de viver em um chiqueiro.”

      “Cheira... a limão.” Landry apertou vários botões.

      “Talvez um dia eu peça para você lavá-lo.” Gage afastou a mão errante de Landry do CD player com um tapa antes de ligar a ignição. “Nu.”

      “Isso não parece divertido... embora haja vantagens em ficar molhado e ensaboado. É confortável aqui. Eu gosto disso.” Landry puxou o porta-luvas. “Trancado. Foi mal.”

      “Sou um policial. O que você espera encontrar ali?” Gage manteve os olhos na rua.

      “Uh, não sei... donuts ou um kit de primeiros socorros? Oh meu Deus! Está trancado porque você tem uma maldita arma ali?”

      “É uma de reserva, e por que você tem uma obsessão por policiais e donuts?”

      “Não me diga que é um mito urbano porque isso vai me destruir.”

      Gage pensou em alguns de seus colegas. “Não, é verdade. A maioria dos policiais que conheço funciona à base de adrenalina, cafeína e açúcar.”

      “Mas você não?”

      “Sou conhecido por me deixar levar pela ambrosia de chocolate ocasional, embora não faça ideia por que estou admitindo isso para você.”

      “Você está me deixando com fome e sou bom em fazer as pessoas falarem. Elas parecem se abrir para mim. Não tenho ideia do porquê.”

      “Porque elas querem ter a chance de falar? Preciso investir em um novo conjunto de mordaças.” Gage suspirou. “Então, o que você dirige?”

      “Um skate conta?” Landry mordiscou uma unha.

      “Pare com isso ou vou amarrar suas mãos atrás das costas.”

      Landry enfiou as mãos debaixo das coxas. “Não é justo.”

      “Então, você tem uma licença ou alguém com bom senso decidiu que você seria uma desvantagem ao volante?”

      “Ei! Posso dirigir, mas prefiro ser passageiro. O trânsito em Seattle é muito assustador e as pessoas gritam comigo quando eu perco o sinal verde porque tem uma música boa no rádio.”

      Gage tentou acompanhar, mas decidiu desistir como uma causa perdida. Ele dirigiu os próximos cinco minutos ouvindo metade dos comentários de Landry sobre tudo o que eles passavam. “Estamos aqui. Ore por uma vaga no estacionamento.”

      “Ali, ao lado da caçamba de lixo!”

      “Lugar legal.” Gage deu ré com o carro em uma vaga que provavelmente teria perdido. Ele desligou a ignição e em seguida virou-se para Landry. “Eu deveria dizer que o restaurante que vamos é um pouco diferente. Chama-se The Bowline.”

      Landry ofegou. “Você está brincando comigo! É impossível conseguir uma mesa naquele lugar. Sempre quis ir lá, porque todo mundo no clube fala sobre isso.”

      “Que clube você frequenta?” Gage perguntou.

      “Sou membro do Scorch.”

      “Boa escolha. É a opção mais segura nesta cidade.”

      “Eu sei. Estive em alguns outros em noites abertas, mas os proprietários do Scorch são bons rapazes. Eles verificam todos e os submissos obtêm taxas de adesão realmente baixas. Vamos mesmo ao The Bowline? Porque se formos, eu posso deixar você chegar à segunda base hoje à noite.”

      “Sim, nós vamos e eu quero você no seu melhor comportamento. Os donos são meus amigos.”

      “Sim, Senhor.” Pela primeira vez, não havia um traço de sarcasmo no tom de Landry. Havia um toque de admiração.

      Mitch abriu a porta do restaurante antes que Gage alcançasse a campainha.

      “Bem-vindos ao The Bowline!” Ele os conduziu para dentro. “É bom te ver, Gage e esse é...?”

      “Landry, conheça Mitchell Alvarez-Cross, conhecedor de vinhos e office boy geral deste lugar, enquanto seu marido, Diego, faz sua magia na cozinha.”

      “É um prazer conhecê-lo. De verdade. Não acredito que estou aqui.” Landry olhava com os olhos arregalados para tudo.

      “Parece que sua reputação o precede,” Gage disse, divertido.

      “E assim deve ser.” Mitch sorriu. “Deixe-me mostrar sua mesa.”

      Gage seguiu Mitch pelo restaurante, ziguezagueando entre as mesas ocupadas por uma mistura


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