Tempo de esperança. Daphne Clair

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Tempo de esperança - Daphne Clair


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      Editado por Harlequin Ibérica.

      Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Núñez de Balboa, 56

      28001 Madrid

      © 2002 Daphne Clair

      © 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

      Tempo de esperança, n.º 695 - setembro 2020

      Título original: The Riccioni Pregnancy

      Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

      Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

      Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

      ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

      ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

      Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

      I.S.B.N.: 978-84-1348-573-7

      Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

      Sumário

       Créditos

       Capítulo 1

       Capítulo 2

       Capítulo 3

       Capítulo 4

       Capítulo 5

       Capítulo 6

       Capítulo 7

       Capítulo 8

       Capítulo 9

       Capítulo 10

       Capítulo 11

       Capítulo 12

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      Capítulo 1

      Estavam a segui-la. Em silêncio, invisíveis, tinha ficado em pele de galinha com o sinal de advertência. Atrás dela, a noite escondia um caçador.

      Tinha passado por aquelas ruas estreitas centenas de vezes, à luz do dia e na escuridão, e nunca tinha ficado nervosa. Até aquele momento.

      A luz dos faróis era ofuscada pelos troncos das árvores que rodeavam a rua, preenchendo-a de sombras. As raízes saltavam por entre a cerca. Deveria ter mudado de sapatos antes de sair do trabalho. Os que trazia tinham um salto demasiado alto e podia ser um perigo na escuridão.

      Tropeçou e, murmurando, olhou rapidamente por cima do ombro, com o coração nas mãos.

      Nada. Mas seria fácil para qualquer pessoa que não quisesse ser vista, esconder-se atrás de uma árvore ou atrás de algum carro estacionado em ambos os lados da rua.

      O instinto fez com que acelerasse o passo, procurando a chave no bolso.

      Deteve-se por um momento na porta do vizinho, olhando novamente para trás. Estava uma sombra por baixo das árvores ou era apenas uma brisa a mover os troncos…?

      Imaginou-se a bater à porta, pedindo que a abrissem, observou a alegre e frenética família Tongan a deixá-la entrar, enviando os rapazes à procura do estranho perseguidor. Mas, na casa não havia luzes, nem vozes, nem música.

      E se estava enganada? E se havia um atacante invisível que apenas existia na sua imaginação?

      A porta da sua casa estava apenas a alguns metros, uma casinha de dois pisos que recordava o passado colonial da Nova Zelândia.

      «Não corras», pensou. Em breves segundos estaria no caminho de ladrilhos, quando finalmente tirou a chave do bolso.

      Estava no terceiro degrau da entrada quando o portão chocou contra a cancela e, ao voltar-se, angustiada, viu que uma alta figura masculina se aproximava.

      Aterrorizada, voltou-se para a porta, mas ficou com o salto alto preso no último degrau e perdeu o equilíbrio. Ao levantar o braço para procurar apoio, deixou cair a chave da mão.

      À beira do pânico, apoiou-se na ombreira da entrada, ouviu a chave cair no chão e viu o desconhecido baixar-se para as apanhar.

      Não podia fugir. Estava presa, com uma porta fechada nas suas costas. E, diante dela, um homem com a sua chave na mão.

      Precisava respirar fundo para poder gritar, esperando que alguém a ouvisse, que alguém a ajudasse.

      Desceu as escadas num salto e uma mão grande, enorme, tapou-lhe a boca, estrangulando o grito.

      Levantou um joelho para lhe bater, mas o homem estava atrás dela. Tentou mordê-lo, mas não conseguia. Levantou o pé para lhe dar um pontapé letal, mas o canalha parecia estar preparado e apenas encontrou ar. Tentou dar-lhe uma cotovelada, mas ele segurou o seu braço e deu-lhe a volta, esmagando-a contra o seu duro corpo.

      – Querida, não – murmurou ao ouvido com uma voz rouca.

      Querida? Essa palavra fez com que ficasse rígida. Querida? A fúria superou o medo.

      O homem deixou de a apertar e ela aproveitou para soltar-se, levantou a mão direita e deu-lhe uma bofetada na cara que se ouviu em toda a rua, foi tão forte que fez com que desse um passo atrás.

      – Canalha! – gritou.

      O seu rosto era invisível na escuridão, mas observou-o a dar um passo atrás. Soltou uma gargalhada.

      Ela respirou profundamente para levar ar aos seus pulmões. Dava-lhe voltas à cabeça e parecia estar a flutuar no espaço, no escuro e confuso espaço. Teve que respirar novamente para poder falar:

      – Dá-me a chave – disse e rangeu os dentes.

      O homem apertou-lhe o nariz com dois dedos.

      Ela tentou soltar-se, mas ele não a largou e os seus dedos roçaram-se. Quando finalmente conseguiu tirar-lhe a chave, deu meia volta e tentou encontrar a fechadura, mas tremia tanto que não era capaz de fazê-lo.

      Então, o homem tirou-lhe a chave e colocou-a correctamente na fechadura. Depois, abriu a porta e colocou uma mão nas suas


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