Vampiros Gêmeos. Amy Blankenship

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Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship


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e sorrindo de volta. Hyakuhei lançou um grunhido descontrolado no fundo do peito. Ele observou com imensa satisfação quando a bebida do homem se estilhaçou em sua mão, fazendo pequenos pedaços de vidro penetrarem na sua pele.

      O homem amaldiçoou e rapidamente se levantou, indo em direção ao banheiro enquanto segurava sua mão ferida. Hyakuhei sorriu... o homem não estava mais olhando para ela.

      Kyoko franziu a testa e suspirou frustrada quando o cara que chamara sua atenção no espelho de repente saltou e correu para o banheiro. Ela fez uma cara amuada, fazendo com que o perseguidor não visto no espelho sorrisse, entretido. Tomando outro gole da bebida não alcoólica que Amni lhe dera, Kyoko decidiu não mais olhar no espelho.

      Seu olhar, em vez disso, se dirigiu à pista de dança, onde as luzes estavam piscando em um pandemônio selvagem. A súbita vontade de juntar-se àquela massa de corpos que a rodeava a dominou e ela deslizou do seu assento. Kyoko segurou no balcão até que conseguisse se equilibrar, e então cruzou a pista com a intenção de encontrar alguém... qualquer um.

      Ela se perguntou se era assim que um gato se sentia no cio, então culpou o álcool e a solidão exacerbada por esse pensamento.

      A atmosfera no clube mudou de repente, tornando-se mais espessa com o poder das trevas. Kyoko não se sentiu mal porque o álcool que ela consumira havia diminuído seus sentidos e os tornado inúteis. Se ela estivesse prestando atenção... ela teria visto quatro homens muito atraentes entrarem no clube.

      A atenção de Hyakuhei afastou-se da menina quando os quatro homens entraram. Ele lhes deu uma rápida geral e desdenhou. Por fora, para seres humanos desavisados, eles apenas pareciam quatro amigos curtindo uma noite na cidade. Para Hyakuhei, eles eram vampiros à procura de sua refeição noturna, e, talvez, um pouco de preliminares.

      Ele levantou quando os quatro vampiros se separaram, imediatamente indo em direções diferentes. No entanto, um estava se dirigindo para a pista de dança, seus olhos fixos na fêmea de cabelos castanhos que o cativara. Os olhos escuros de Hyakuhei observaram a boate, vendo os outros três, que agora olhavam para a pista de dança com interesse. Quando seu olhar atravessou o bar, ele percebeu que o barman também sentira a mudança no ar, embora ele não tivesse descoberto de onde estava vindo. No entanto, ele tinha se empalidecido... e esse era um belo truque para um vampiro.

      Kyoko balançou com a música, sentindo-se um pouco aturdida, mas, honestamente, ela não se importava. Mesmo que seus olhos estivessem fechados, ela podia sentir o olhar faminto de alguém devorá-la e isso fazia sua pele palpitar deliciosamente... ela podia sentir os olhos a percorrendo como se fossem mãos.

      Ela deslizava sua própria mão em seu corpo enquanto dançava. Concentrando-se na música, ela se perdeu no movimento enquanto um par de mãos grandes se colocava em seus quadris. Elas não estavam impedindo seus movimentos, mas, em vez disso, estavam se movendo com ela... sensualmente.

      Muito devagar, um corpo quente pressionou-se contra suas costas e ela se inclinou contra ele, deixando sua cabeça cair em um ombro largo. Ela não conseguiu se conter e gemeu quando as mãos se moveram de seus quadris para sua barriga. Ela sentiu os dedos esfregarem sua pele nua debaixo da bainha de sua blusinha, enquanto a outra vagava vagarosamente pela frente de seu corpo, esbarrando em seus seios antes de suavemente cobrirem a lateral de seu rosto.

      "Dance para mim," uma voz escura e sensual sussurrou em seu ouvido.

      Kyoko sentiu seus batimentos cardíacos abrandarem e achou difícil respirar. Essa voz era o sexo encarnado e ela tinha que ver o rosto que a acompanhava. Quando ela se virou em seus braços, o estranho a empurrou para longe, depois a trouxe de volta, mais perto do que há um segundo.

      Seu olhar se encontrou com um par de olhos azuis profundos, quase hipnóticos, e sua respiração parou, em admiração. Ele tinha longos cabelos pretos ondulados que balançavam de um lado para o outro com seus movimentos. Kyoko ficou alegremente confusa... quando foi que ela tinha começado a dançar com ele? Seu rosto era suave... quase feminino em sua perfeição. Ele tinha um fraco bronzeado que a fazia querer tocá-lo com lábios cheios que eram um tom mais vermelho do que o normal.

      Kyoko sentiu seu corpo começar a se aquecer por dentro... ou talvez fosse todo o álcool que tinha bebido.

      Ela podia ouvir a música erótica pulsando de algum lugar e gemeu quando o joelho do homem se pressionou entre suas coxas até que a perna dele estivesse pressionada contra seu centro. Kyoko não conseguiu desviar o olhar enquanto o corpo dela começava a se mover contra o dele despreocupadamente. Parecia que cada nervo em seu corpo estava vivo com sensações... ela podia até sentir o ar circulando em volta deles de tanto calor.

      Quando ela se recostou um pouco para olhar para ele, o braço dele a puxou mais perto com um rápido movimento, e ela ofegou quando sentiu os lábios dele contra a pele de seu pescoço. Ela podia sentir cada centímetro do corpo dele pressionado contra ela enquanto continuavam a dança sedutora. O resto da boate estava girando, mas ele estava muito estável... alinhado com ela e muito grande.

      Em seu estado de embriaguez, ela sequer percebeu que a música estava começando a desaparecer em uma batida abafada... tudo o que ela conhecia naquele momento era o homem que a segurava.

      Amni sentiu a onda de poder percorrer o clube a partir da pista de dança. Não era incomum sentir isso naquela hora da noite e ele geralmente ignorava isso. Por reflexo, olhou para a outra extremidade do bar e notou que Kyoko havia desaparecido. Seus olhos se arregalaram e ele fez uma rápida varredura no clube.

      A bebida que ele estava misturando caiu de sua mão e bateu no chão com um ruído alto. Ele olhou para os espelhos atrás do balcão e viu Kyoko dançando... com ela mesma! Seu rosto estava corado, os lábios, levemente separados e os olhos fechados. Ele poderia ter jurado que ela estava no meio de um clímax.

      Movendo-se em pânico, Amni correu para a abertura no balcão para que ele pudesse sair e expulsar o demônio que a segurava. Ele não sentia o desejo de matar a tanto tempo que o chocou a rapidez com que o impulso retornou... o desejo de matar alguém de sua própria raça.

      "Droga, Kyoko." Ele grunhiu entre dentes cerrados. Se ela estava tão desesperada... desesperada o suficiente para pegar um vampiro, então ele dormiria com ela e daria fim nisso.

      Amni parou em seus passos quando viu Tadamichi em pé em sua frente. O senhor dos vampiros nem olhou para ele, mas Amni sabia que ele estava ali apenas para evitar que ele ajudasse Kyoko. Amni se aproximou o suficiente para estar a uma curta distância de seu mestre, esperando que ele entendesse a dica sutil. Quando isso não aconteceu, Amni inclinou a cabeça ligeiramente, em uma tensa submissão. Seus olhos azuis ficaram excessivamente brilhantes e gelados diante do bloqueio, mas ele não ajudaria se fosse morto por sua insolência.

      "Mestre, por favor... Ela não percebe..." Amni sussurrou, sabendo que o ancião podia ouvi-lo alto e claro. "Deixe-me ir antes que ela caia na mesma sina que eu." Ele silenciosamente se encolheu com o insulto implícito que soltou de seus lábios, mas, na verdade, nunca se orgulhara do fato de ser um vampiro. Ele não pediu pela maldição. "Ela é minha amiga."

      A resposta que Amni recebeu foi um grunhido baixo que fez os copos de vinho atrás dele tremerem nas plataformas em que estavam pendurados.

      "Eu não sou seu mestre, garoto." Hyakuhei colocou-o em seu lugar de uma vez por todas.

      Amni sentiu o choque penetrá-lo enquanto ele nervosamente dava um passo para trás. Seus olhos se alargaram, sabendo que acabara de conhecer o lendário irmão gêmeo de Tadamichi. Perto assim, ele sentia a diferença entre eles e essa diferença dificultou sua respiração.

      Ele virou e agarrou a borda do balcão enquanto olhava para Kyoko, com


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