Vampiros Gêmeos. Amy Blankenship

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Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship


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mortal.

      Kyoko caminhou lentamente como se não tivesse preocupação nenhuma no mundo. Ela sabia que ela parecia delicada e indefesa... era pouco mais que uma criança, na verdade. Ela se sentia bem com isso porque era um bom alvo. A noite da cidade era viva e retumbante, mas se você virasse no canto errado, ela poderia se transformar em sombras escuras com bordas mortais... para humanos.

      Seus lábios insinuaram um sorriso enganador quando ela virou e se dirigiu a um desses longos becos escuros. Ao ouvir o leve eco de seus próprios passos, ela manteve seu olhar à frente, mesmo ao notar uma sombra se afastando da parede, no meio do caminho.

      Abaixando os cílios para que ela não se entregasse, Kyoko notou a roupa dele e teve que suprimir um sorriso. Parecia que ele viera da parte rica da cidade. Uma coisa que ela notava sobre os vampiros na cidade era que a maioria deles poderia ter tido trabalhos de modelo antes de serem transformados... sexy e mortal.

      Ela virou a cabeça para cima, sabendo que o demônio estava prestes a se mover. Fiel ao seu papel... ela deu um grito quase silencioso... ela não queria chamar a atenção de pessoas inocentes passando pela calçada, era apenas um estratagema para parecer assustada e sair correndo.

      Passando por ele, ela correu e depois se dirigiu para o lugar mais sombrio do beco, como se estivesse tentando se esconder dele. Assim que ela se virou, ele grudou nela violentamente, colocando as palmas das mãos em cada lado da cabeça dela como se ela fosse tentar escapar.

      O vampiro agressivo empurrou seu corpo contra o dela enquanto ele olhava para ela com olhos azuis e frios. "Você gostaria de se juntar a mim para o jantar?" Sua voz tinha um senso de humor perverso que ela não deveria perceber.

      Kyoko quase sorriu ao ouvir o pedido ambíguo. "Claro... desde que seja bife." Suas mãos deslizaram ao redor dele e ele sorriu até que sentiu a dor entrar por suas costas até a frente dele. Ele olhou para a ponta da luz brilhante que se espalhava no seu peito e abriu a boca, sem som.

      Ao ver a garota presa na parede, Hyakuhei agarrou o peitoril da janela decidido que ele seria egoísta e não permitiria ao vampiro sua última refeição. Empurrando-se para frente, seus pés caíram no chão exatamente quando a menina saiu da sombra, sozinha.

      Hyakuhei não se moveu quando ela pareceu não o notar. Ele recuou para as sombras e observou ela tirar um par de calças da escuridão. Ele ergueu uma sobrancelha ao perceber que era a roupa do vampiro que acabara de atacá-la.

      "Deve haver uma maneira melhor de se livrar deles," murmurou Kyoko. "De qualquer maneira, quem já ouviu falar de um vampiro derretendo? Nunca vou me acostumar com isso. Deveria ser mais como nos filmes... puf e eles sumiam." Ela continuou enquanto alcançava o bolso dianteiro das calças e tirou um maço de cigarros. "Guarde aqueles para mais tarde, nunca se sabe quando vou precisar de um favor. Por que diabos um vampiro está fumando?"

      Ela segurou as calças na frente dela e fez uma careta com a gosma na frente lentamente pingando. "Eca," ela disse infantilmente antes de começar sua busca nos bolsos traseiros. "Vamos ver aqui," ela sussurrou. "Pente, isqueiro... cartão da academia local... fio dental?" Kyoko olhou para o produto de higiene dental antes de jogá-lo para trás. "Agora esse é um pensamento grosseiro."

      Deixando cair a calça, tirou o casaco dos restos do vampiro e começou a procurar ali. "Beleza, isso é mais promissor," disse ela um pouco mais alto. "Tiffany e Co., definitivamente vale a pena vender. HA, bingo," exclamou Kyoko quando pescou a carteira da criatura morta.

      Abrindo, tirou os cartões de crédito, um a um, olhando para eles. "Cartão bancário, MasterCard, Visa... uau, cartão American Express... Não saia de casa sem ele." Ela deixou cair os cartões de crédito no chão e tirou o dinheiro. "Ponto!" Kyoko gritou quando viu o quanto havia lá. "Outro mês sem ter que fazer sexo com Yohji para ter um lugar para viver, a vida é boa." Ela terminou ao colocar o dinheiro no bolso e jogou a jaqueta em uma lata de lixo.

      Hyakuhei arqueou uma sobrancelha, ouvindo a jovem. "Ela é louca," pensou para si mesmo. Ele deixou o sorriso mais breve aparecer em seus lábios quando ela aliviou o vampiro morto de todo seu dinheiro. Quando ela voltou para a calçada, ele saiu da escuridão e lentamente caminhou em direção ao local onde o outro vampiro estava.

      Vendo que o que restou era uma poça de poeira negra, ele alcançou no bolso um fósforo e o acendeu, jogando-o sobre os restos. O beco se iluminou por cerca de cinco segundos antes de se apagar... não deixando nada para trás.

      Ele estava tendo dificuldades em aceitar que uma mera mulher humana tivesse feito isso com um vampiro. Ela estava vestida indecentemente, aparentemente tinha alguns parafusos a menos na cabeça e era uma ladra mestra, considerando todas as joias sem valor que ela deixara para trás. Prova disso era o Rolex falso que tinha queimado com o resto do híbrido morto.

      Ele inalou, ainda cheirando o perfume persistente da menina. Que estranho uma vestida tão provocativamente ainda ser virgem. Ele olhou para o lugar queimado no chão já não se importando como ela o matara... se ela não tivesse... ele teria.

      Quando ele pisou na calçada, seu olhar lentamente girou na direção que ela tomou. Pela primeira vez em muito tempo, Hyakuhei sentiu uma agitação em seu sangue. Esta noite ele caçaria e, antes do amanhecer... ele a provaria.

      *****

      Kyoko gemeu ao ver a multidão ainda reunida na entrada do Submundo. Era fim de semana e o lugar parecia ser badalado. Ela deslizou pela fila e se dirigiu ao segurança, dando-lhe um simples aceno de cabeça antes de se esquivar debaixo do braço que segurava a porta aberta para ela. Todos os seguranças a conheciam de vista, pois ela vivia acima da boate.

      Uma vez dentro, ela se dirigiu direto para a porta que dizia: "Não entre". Apertando o código no painel da porta, ela estendeu a mão e abriu, deixando-a fechar atrás dela. Ela suspirou assim que o barulho se tornou um rugido abafado. Sentindo o punhado de dinheiro apertado em sua mão, ela subiu as escadas. Demônios não eram o único perigo da cidade e ela não iria caminhar a noite toda com o dinheiro no sutiã.

      Parando perto das pequenas caixas com fechaduras no final do corredor, ela digitou outro código e abriu uma delas para verificar sua correspondência. Normalmente estava vazio, mas Kyoko sorriu ao ver o envelope solitário descansando dentro e o pegou, reconhecendo a letra do avô no espaço do endereço.

      Ao fechar a caixa postal, ela subiu outro lance de escadas. O segredo para ficar em forma... viver no terceiro andar sem elevador. Ela parou antes de chegar ao último andar e contou o dinheiro, vendo que só teria vinte dólares depois de dar a Yohji seu dinheiro do aluguel.

      Yohji... ela se retraiu. Kyoko sabia que ele queria que ela lhe pedisse mais tempo para pagar o aluguel, mas ela se ferraria se isso acontecesse. Yohji era escória para ela, mas ela tinha que ser legal com ele já que ele era quem recolhia seu aluguel todos os meses. Era ele também quem consertava as coisas e ele tinha a palavra sobre quem alugava e quem era expulso.

      Ela caminhou até sua porta, e mal colocou a chave na fechadura quando a porta do corredor se abriu. Kyoko reclamou em seu interior antes de se virar e dar um sorriso tenso a Yohji. O que ele era... psíquico?

      "Como está indo Gostosinha?" Yohji perguntou enquanto se apoiava contra a moldura de sua porta, como se estivesse sendo legal.

      "Está indo," respondeu Kyoko, de repente desejando que ela estivesse usando um enorme sobretudo que escondesse tudo aquilo para que ele estava olhando tão ansiosamente. "Ah, eu tenho o dinheiro do aluguel, por sinal." Ela entregou o dinheiro que contou cuidadosamente, não se atrevendo a se aproximar da porta dele. Na última vez que ela chegou perto, ele a convidara para entrar.

      Os ombros de Yohji visivelmente caíram quando seus olhos a secaram novamente, "Muito bem, entre e eu vou te dar um recibo." Ele esperava que ela


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