Vampiros Gêmeos. Amy Blankenship

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Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship


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daquele que parecia ser o mais novo quando acrescentou: "Ou pelo menos todos eles pensavam que eram verdadeiros irmãos."

      Ele estendeu a mão e acariciou a bochecha da estátua, deixando seus dedos rastrearem o caminho que uma lágrima tinha deixado... congelado no tempo. "Meu querido Kamui. Ele sabia que o que os guardiões tinham feito estava errado. É por isso que ele parece tão triste. É uma pena meu irmão nunca o ter conhecido."

      Tadamichi voltou-se para o próximo irmão. "Kotaro era forte de espírito, mas possessivo sobre o que ele afirmava ser dele." Seus olhos brilhavam como se estivessem vendo o passado. "Ele estava disposto a morrer se precisasse... tudo pelo amor de uma mulher."

      Descartando a estátua com um acenar de mão, ele se aproximou da próxima, quando seus olhos escureceram. Este era o mais perigoso dos irmãos. "Toya... ele era uma criatura muito interessante. Tão cheio de fogo e fúria, e, ainda assim, como ele poderia amar uma mulher com tanta ferocidade não consigo entender. Isso levou a muitas batalhas entre ele e os outros irmãos. Ele era o mais possessivo dela. Estou surpreso que eles nunca se destruíram em seu absurdo."

      Ele se virou para a estátua final. A mão do homem estava na frente dele como se estivesse lançando um feitiço. Tadamichi sabia a verdade sobre o feitiço de Shinbe... o vazio estava em movimento conforme eles o jogaram no portal do tempo... selando-o dentro dele. "Shinbe era sábio além de sua idade, mas ele era tolo o suficiente para alterar o destino... todos eles eram." Seus olhos se endureceram enquanto se perguntava se a sacerdotisa ainda estava com eles.

      "A menina pode nos destruir." A voz de Yuuhi não tinha nenhuma emoção enquanto ele estava na frente da estátua que parecia conter o verdadeiro significado de raiva. "Ela me faz lembrar dele, Mestre."

      Tadamichi olhou estranhamente para o guardião que a criança havia indicado, "Toya?"

      Yuuhi finalmente virou os olhos negros para Tadamichi enquanto suas palavras assustadoras ecoavam: "Toya, ele é quem está dentro dela... isso é o que pode nos matar."

      Os olhos de Tadamichi subiram para a raiva de Toya e, de repente, ele se sentiu mais vivo do que nunca. O que era a vida sem um motivo para viver? Então... ela voltou para esse reino. Ele sentia saudade das guerras de antigamente. Anjos e demônios eram a mesma coisa... só que um tinha uma reputação melhor. Se a verdade fosse dita, eles eram todos assassinos.

      Substituindo a pedra com a imagem mental do que o guardião de prata fora, ele sorriu preguiçosamente, sabendo que o guardião podia ouvi-lo; todos podiam. Tudo estava em silêncio e tão parado como sempre. Mas no fundo das almas das estátuas... ele podia sentir o poder como um terremoto, restrito por meio das minúsculas algemas do tempo.

      "Então, mesmo neste estado aprisionado, todos vocês encontraram uma maneira de lutar." Tadamichi cantarolou sua curiosidade. "Será que vocês a sentem? Vocês a querem?" Ele baixou os cílios quando sentiu uma onda de poder varrer toda a sala em resposta. "Talvez vocês devessem ter forçado ela a ficar do seu lado do portal do tempo... como vocês fizeram da última vez."

      Ele se afastou das estátuas, deixando-as com um aviso assombrado. "É uma pena que você não possa acompanhar sua sacerdotisa desta vez."

      Kyoko acordou com um susto, sabendo que o sol estava se pondo. Era como um despertador biológico para ela e já fazia... ela nem lembrava mais quanto tempo. Ela se levantou sabendo que era hora de ir trabalhar. Ela só desejava estar sendo paga por isso.

      Uma sirene distante chamou sua atenção para a janela a tempo de pegar os últimos raios de luz deixando o céu da cidade. Ela podia ouvir o som fraco do tocar de música das casas noturnas na área onde ela morava. Ela havia escolhido um apartamento no coração da cidade por um motivo.

      Ela podia sentir a vibração através da sua cama... O Submundo era o nome da boate sobre a qual ela morava. O aluguel era barato porque não havia como alguém viver aqui e esperar ter qualquer descanso, a menos que fosse durante o dia. É aí que Kyoko acreditava na sorte.

      Onde mais poderia ter encontrado um lugar que funcionava durante as mesmas horas que ela? Não havia pessoas rudes correndo para cima e para baixo nos corredores... a menos que você contasse Yohji, mas ele geralmente não fazia nada, a menos que fosse no início da manhã quando ela chegava em casa ou à noite, antes de ir para o trabalho.

      Falando em aluguel... o dela estava atrasado. Ela teria que prestar contas logo se não quisesse lidar com Yohji, o irmão do locador, que morava do outro lado do corredor dela. Na última vez que ela atrasou com o aluguel, ele de fato ofereceu para que ela trabalhasse para ele para cobrir a dívida. Ele pareceu bem desapontado quando ela lhe entregou o aluguel em seu total, menos de uma hora depois.

      Ela olhou para o celular, vendo o símbolo de mensagem piscar, e sorriu. Ao clicar nos botões que poderiam conectá-la a algo familiar, ela ouviu a voz de sua mãe, sem sequer prestar atenção ao que estava dizendo. Ela já sabia, de qualquer maneira.

      "Olá Kyoko, é sua mãe," Kyoko imitou as palavras na secretária eletrônica. "Eu realmente queria que você ligasse, nós sentimos muito sua falta. Gostaríamos de saber quando você volta para casa, para que eu possa fazer o seu jantar favorito. Tama esteve muito bem no outro fim de semana, mas já está começando a ter recaídas por não te ver. Você está comendo bem ou precisa de algum dinheiro? Por favor, ligue, eu amo você."

      Kyoko balançou a cabeça e deixou o correio de voz continuar a tocar o resto das mensagens. Uma era de Yohji, lembrando-a que o aluguel era devido. "Sim, sim... imundo." Ela apagou sua mensagem. O outro era de seu irmão mais novo, Tama, falando-lhe sobre sua última namorada, avisando ela para não contar ao avô senão ele espalharia rumores realmente embaraçosos sobre ela e Tasuki. Era uma ameaça vazia e ambos sabiam disso.

      "Você vai ter que fazer melhor do que isso, irmãozinho," disse Kyoko no telefone.

      Ela tinha saído de casa para mantê-los seguros. Não havia como contornar o fato. Desde que ela era pequena, ela tinha medo dos demônios no mundo... mas isso não significava que ela quisesse que seu irmãozinho soubesse que os monstros dos filmes eram reais e esperavam na escuridão. Era como se ela fosse a única que podia vê-los andando entre os inocentes... alimentando-se deles.

      Os demônios costumavam parecer pessoas normais até que tivessem sua vítima encurralada. Os demônios dentro da cidade estavam se multiplicando a um ritmo perigosamente rápido e ela estava tendo problemas para acompanhar o ritmo e ajudar a manter as chances dos humanos. Na verdade, ela sentia que estava perdendo a guerra.

      Aqueles seres humanos que ela estava tentando proteger deram ao mal um nome através de livros e filmes... vampiros. Era apenas um nome, porém... vampiro, demônio, para ela era o mesmo. Ela encolheu os ombros. Com ela era quase como um espelho de dois sentidos porque, embora pudesse detectar os vampiros... eles também sabiam quando ela entrava em uma sala lotada. Ela não pensava que eles pudessem detectar seu poder... não era o que parecia atraí-los para ela... era mais como um sino de jantar com ela como o prato principal.

      Ela já havia até mesmo ido ao médico uma vez para ver se ela tinha um tipo estranho de sangue... pensando que ele estava os atraindo para ela. Mas o doutor tinha dado a ela um laudo perfeito. O que dava a ela arrepios frios foi que, quando ela estava saindo do escritório, o médico a impediu e pediu que ela doasse sangue. Estranho... foi bem estranho.

      Por algum motivo, os vampiros sempre foram atraídos para ela e ela tinha que lutar contra eles. Talvez o médico simplesmente não estivesse procurando a coisa certa. Uma expressão triste deslizou por seu rosto, pois sabia que era por isso que ela tinha que permanecer


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